Transferência de R$ 3 bilhões por Pix é a maior da história, confira o recorde para pessoa física

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Em 2024, o Pix consolidou sua liderança como a principal ferramenta de pagamento instantâneo no Brasil. Além de atingir recordes históricos, a modalidade também passou por mudanças significativas com a nova fiscalização da Receita Federal, que começou a monitorar transações acima de R$ 5 mil.

A medida, que gerou dúvidas e especulações sobre possíveis tributações, foi explicada pelo órgão como uma forma de melhorar o controle financeiro e combater irregularidades. Entenda os recordes, as novas normas e como essas alterações podem impactar os usuários do Pix.

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Pix em 2024: Números Impressionantes

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Imagem: Freepik/ Edição: Seu Crédito Digital

Desde seu lançamento, o Pix tem revolucionado a forma como os brasileiros realizam pagamentos e transferências. No ano de 2024, a ferramenta alcançou dois marcos importantes:

  • O maior valor já transferido em uma única operação, no montante de R$ 3 bilhões, realizado em 1º de outubro.
  • A maior transação para pessoa física, no valor de R$ 195 milhões, ocorrida em 20 de dezembro.

Esses dados demonstram a crescente confiança e aderência do público ao sistema. De acordo com o Banco Central (BC), o Pix encerrou 2024 com 171,5 milhões de usuários cadastrados e 816,7 milhões de chaves ativas.

Categorias de Chaves Mais Utilizadas

Entre os tipos de chaves cadastradas, as aleatórias lideram com mais de 392 milhões de registros, seguidas por números de celular (150 milhões), CPF (141 milhões) e e-mail (119 milhões). Essa diversidade de opções torna o Pix acessível e prático para diferentes perfis de usuários.

Perfil Demográfico e Regional

O relatório do BC também revelou dados sobre o perfil dos usuários. Pessoas entre 30 e 39 anos foram as que mais utilizaram o Pix em dezembro de 2024, representando 29,69% das transações. Outras faixas etárias também participaram ativamente:

  • 20 a 29 anos: 26,31%
  • 40 a 49 anos: 22,97%
  • 50 a 59 anos: 11,39%

Em termos regionais, o Sudeste concentrou 42,8% das transações, seguido pelo Nordeste (26,57%), Sul (12,26%), Norte (9,94%) e Centro-Oeste (8,43%).

Receita Federal Reforça Monitoramento

A partir de 1º de janeiro de 2025, as instituições financeiras passaram a ser obrigadas a reportar à Receita Federal movimentações mensais superiores a R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.

Essa mudança tem como objetivo reforçar o combate à sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros, como ocultação de bens.

O Que Muda na Prática?

Embora a nova regra não crie impostos ou taxas sobre o Pix, ela aumenta o monitoramento das transações financeiras. Instituições de pagamento, que antes não precisavam reportar operações de usuários, agora terão de enviar essas informações para a Receita, seguindo a prática já adotada por bancos tradicionais.

Entre as informações que deverão ser compartilhadas estão:

  • Nome completo, CPF e endereço do titular;
  • Montantes movimentados mensalmente;
  • Informações de residência fiscal no exterior, quando aplicável.

Periodicidade de Relatórios

Os dados serão enviados em duas etapas anuais:

  1. Até o último dia útil de fevereiro, para informações do segundo semestre do ano anterior.
  2. Até o final de agosto, para dados do primeiro semestre do ano em curso.

Essa periodicidade permite à Receita monitorar possíveis irregularidades com maior precisão.

Esclarecimentos Sobre Tributos

A medida gerou preocupação entre usuários sobre uma possível criação de tributo para transações via Pix. No entanto, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que a Constituição Federal proíbe a criação de impostos sobre movimentações financeiras.

“Nem existe essa possibilidade. É uma fake news”, destacou o secretário, explicando que a fiscalização tem caráter administrativo e visa melhorar o gerenciamento de riscos financeiros.

Combate à Sonegação e Crimes Financeiros

A Receita argumenta que o aumento da fiscalização é necessário para identificar inconsistências, como movimentações incompatíveis com a renda declarada pelos contribuintes. Essa iniciativa faz parte de um esforço mais amplo de modernização e integração de dados financeiros.

Como Isso Afeta os Usuários?

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Imagem: shutterstock e Freepik: Edição: Seu Crédito Digital

Embora as mudanças sejam direcionadas principalmente às instituições financeiras, os usuários também precisam estar atentos. Manter registros claros das movimentações financeiras e garantir que todas as transações estejam de acordo com as normas fiscais é essencial para evitar problemas com o Fisco.

Recomendações Para Evitar Dores de Cabeça

  1. Documente suas transações: Guarde comprovantes de transferências e pagamentos acima de R$ 5 mil.
  2. Declaração de Imposto de Renda: Certifique-se de que os valores movimentados estejam alinhados com sua declaração anual.
  3. Cuidado com fraudes: O aumento da fiscalização pode levar a tentativas de golpes. Evite compartilhar informações financeiras com terceiros.

Futuro do Pix: Expectativas para 2025

O Pix deve continuar crescendo em 2025, com expectativas de novas funcionalidades, como operações internacionais e maior integração com serviços financeiros. A fiscalização mais rigorosa pode trazer benefícios ao sistema, garantindo mais segurança e confiabilidade para os usuários.

Enquanto isso, os recordes de 2024 mostram que o Pix se tornou indispensável para milhões de brasileiros, seja para transações simples ou operações de grande porte.

Imagem: Gustavomellossa / Shutterstock.com

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