Prefeitura de BH suspende cirurgias ortopédicas eletivas em hospitais por sobrecarga no SUS

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai suspender, a partir desta quarta-feira (22), a realização de cirurgias ortopédicas eletivas em todos os hospitais não emergenciais da rede do Sistema Único de Saúde (SUS-BH). A medida foi tomada devido à “grande demanda de cirurgias de urgência” que o SUS enfrenta e é válida para as duas próximas semanas.

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A diligência ocorre em meio à interdição do bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), na região leste de BH. A instituição é especializada em cirurgias ortopédicas eletivas e atendiam grande parte dos pacientes que dão entrada no Hospital João XXIII. Questionado, o Executivo não respondeu se os dois fatos estão relacionados.

Em nota enviada ao BHAZ, a Prefeitura de BH informou que a média diária atual é de “cerca de 100 pacientes em busca de um leito ortopédico de urgência na capital”. Segundo o Município, a maioria desses pacientes são vítimas de acidente e quedas.

“Por isso a necessidade da implementação dessa medida, de forma a garantir atendimento ágil aos pacientes que chegam aos hospitais em situações mais graves”, conclui o comunicado.

A suspensão das cirurgias ocorre nos hospitais Evangélico, Célio de Castro, Baleia, São Francisco de Assis, Clínicas (UFMG), Universitário Ciências Médicas e Santa Casa de BH.

O Hospital da Baleia disse que já “recebeu o ofício e está ciente da determinação”. A instituição disse que realizou 5.419 cirurgias de ortopedia e traumatologia de pacientes SUS em 2024. O hospital esclarece que o fluxo de pacientes atendidos com cirurgias eletivas ou de emergência é definido pela Secretaria Municipal de Saúde. (Leia a nota na íntegra abaixo).

A reportagem entrou em contato com as instituições e aguarda retorno.

Bloco cirúrgico fechado

No início do ano, o bloco cirúrgico do HMAL foi fechado por tempo indeterminado. A Fundação Hospitalar do Estado (Fhemig) disse que “durante um procedimento no HMAL, foram danificados o intensificador de imagens e outros equipamentos essenciais para a realização de cirurgias. Por isso, o bloco foi fechado para revisão”. Informações preliminares enviadas ao BHAZ dão conta de que uma paciente teria derrubado os aparelhos após acordar de uma cirurgia.

O HMAL é especializado em cirurgias ortopédicas eletivas e atende grande parte dos pacientes que dão entrada no Hospital João XXIII. Agora, porém, servidores e pacientes foram transferidos e todos os procedimentos cirúrgicos estão sendo realizados no João XXIII.

A Fundação afirmou que a transferência dos pacientes e da equipe do HMAL para o João XXIII não deixará o pronto-socorro sobrecarregado. “Em média, são realizadas cerca de 200 cirurgias por mês no HMAL. São procedimentos ortopédicos de baixa complexidade e curto tempo de internação, entre 24 horas e 48 horas, que estão sendo feitos no João XXIII. Após a cirurgia, o paciente retorna para o HMAL para sua recuperação até o momento da alta”, diz nota enviada à reportagem.

Nota na íntegra do Hospital da Baleia

O Hospital da Baleia informa que recebeu o ofício e está ciente da determinação. Esclarece que o fluxo de pacientes atendidos pela instituição com cirurgias eletivas ou de emergência é definido pela Secretaria Municipal de Saúde. Em 2024, o Hospital da Baleia realizou 5.419 cirurgias de ortopedia e traumatologia de pacientes SUS.

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