Golpes do Pix vão explodir até 2028 e causar perdas bilionárias, entenda

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O sistema de pagamento instantâneo Pix, criado pelo Banco Central, revolucionou a forma como os brasileiros realizam transações financeiras. No entanto, essa inovação também trouxe à tona uma onda crescente de fraudes.

Segundo dados alarmantes, o Brasil já é um dos países que mais registram golpes relacionados ao Pix, com perdas estimadas em R$ 11,4 bilhões (ou 1,937 bilhões de dólares). O cenário se agrava, e a previsão é que até 2028, o país lidere um crescimento de 94% nas perdas bilionárias com esses tipos de golpes.

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A Natureza dos Golpes

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Imagem: Freepik/ Edição: Seu Crédito Digital

Como os Golpistas Agem

Os golpes que envolvem o Pix são frequentemente perpetrados por criminosos que utilizam táticas de convencimento para induzir as vítimas a realizar transferências imediatas. Entre as estratégias mais comuns estão a simulação de familiares solicitando dinheiro emprestado, a criação de lojas falsas e até mesmo a usurpação da identidade de autoridades. A rapidez e a facilidade das transações via Pix tornam as vítimas vulneráveis a esse tipo de fraude.

De acordo com a pesquisa realizada pela ACI Worldwide, os golpes mais frequentes no Brasil incluem:

  • Golpes de Compra (22%): As vítimas são enganadas ao transferirem dinheiro para adquirir produtos que nunca serão entregues.
  • Golpes de Investimento (21%): As pessoas são persuadidas a investir em produtos ou empresas fraudulentas, com promessas de retornos financeiros que nunca se concretizam.
  • Pagamentos Antecipados (17%): Neste caso, a vítima faz um depósito adiantado por um produto ou serviço, mas o valor vai para uma conta falsa.

A Explosão dos Golpes

Fatores que Contribuem para o Crescimento

A explosão no número de fraudes e nas perdas financeiras está ligada ao aumento da segurança nos aplicativos de bancos e fintechs. Com a implementação de tecnologias como reconhecimento facial e biometria, torna-se mais difícil para os criminosos invadirem contas e roubarem senhas. Como resultado, os golpistas estão mudando suas táticas e focando em convencer as pessoas a realizar transações por meio de sistemas de pagamento instantâneo, como o Pix.

Cleber Martins, head de inteligência de pagamentos e soluções de risco da ACI Worldwide, explica que dois fatores principais levam as pessoas a cair nesses golpes:

  1. Senso de Urgência: Os criminosos criam um ambiente de pressão, levando as vítimas a acreditarem que estão diante de uma oportunidade única. Esse impulso faz com que as pessoas ajam rapidamente, sem pensar nas consequências.
  2. Confiança Herdada: Os golpistas frequentemente se passam por figuras ou instituições confiáveis, como policiais ou até familiares. A utilização de tecnologias de inteligência artificial para simular vozes e vídeos de conhecidos torna esses golpes ainda mais convincentes. Martins ilustra essa tática: “Imagina que você recebe uma videochamada do seu pai. A infração simula ser seu pai te ligando com a voz e com o vídeo do seu pai falando: ‘eu preciso da sua ajuda aqui’”.

Prevenção: Tecnologia e Educação

O Desafio do Brasil

Diante das perdas bilionárias previstas para os próximos anos, o Brasil enfrenta um desafio urgente: equilibrar a evolução tecnológica com uma educação mais eficaz para prevenir fraudes. A combinação de tecnologia e conscientização pode ser a chave para conter o avanço dos golpes, segundo Martins.

Ele destaca que, embora tecnologias de inteligência artificial possam colaborar na identificação de fraudes, a dificuldade está na adoção dessas inovações. Iniciativas como as do Banco Central, que compartilham informações sobre contas problemáticas, são um passo na direção certa, mas têm limitações frente à rapidez com que os criminosos se adaptam. “O crime não fica usando aquela conta para sempre, ele cria outra”, afirma Martins.

A Importância da Colaboração

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Imagem: Freepik/ Edição: Seu Crédito Digital

Integração entre Instituições

Para Martins, a integração de tecnologias colaborativas entre bancos, fintechs e o Banco Central é essencial para superar a visão limitada que os criminosos exploram. Ele defende que apenas a adoção de uma tecnologia de inteligência artificial colaborativa permitirá que os bancos tenham uma visão mais ampla das infrações, aumentando a eficácia na detecção e prevenção de fraudes.

Essa colaboração é fundamental para criar um ambiente mais seguro para os usuários do Pix. A troca de informações e a criação de um sistema de alerta em tempo real podem ajudar a mitigar os danos e proteger os consumidores.

Conclusão

Os golpes envolvendo o Pix representam um desafio crescente para o Brasil, que já lidera as perdas bilionárias relacionadas a fraudes em sistemas de pagamento instantâneo. As táticas dos golpistas estão se tornando cada vez mais sofisticadas, explorando a urgência e a confiança das vítimas.

Para enfrentar esse problema, é crucial que o país invista em tecnologia e educação, promovendo uma cultura de conscientização sobre os riscos e as melhores práticas para realizar transações financeiras seguras.

A colaboração entre instituições financeiras e o Banco Central será fundamental para fortalecer a segurança do sistema e proteger os consumidores. Somente através de um esforço conjunto será possível reduzir as fraudes e garantir que o Pix continue a ser uma ferramenta eficaz e segura para os brasileiros.

Imagem: releon8211 / Shutterstock.com – Edição: Seu Crédito Digital

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