Anestésico vencido e microagulhamento com sangue: Anvisa mira clínicas de estética de BH

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou uma operação em diferentes cidades brasileiros com o foco de fiscalizar clínicas de estética. Belo Horizonte é um dos oito municípios da lista.

A operação Estética Segura, iniciada na terça-feira (11), já interditou duas clínicas em Goiânia e em BH. Na capital mineira, a unidade fechada tinha anestésicos vencidos e sem data de validade, além de fios e cânulas utilizados em procedimentos invasivos sem registro na Anvisa.

A Anvisa não confirmou quantas clínicas belo-horizontinas entraram na mira da ação, mas destacou que, em um dos estabelecimentos, os fiscais acharam instrumentos de uso único para microagulhamento da pele sendo reutilizados e apresentando restos de sangue.

Além de BH, a Anvisa vistoriou estabelecimentos em Brasília (DF), Goiânia (GO), São Paulo (SP), Osasco (SP), Barueri (SP), Anápolis (GO) e Porto Alegre (RS).

A operação, segundo o órgão federal, tem como objetivo aumentar a segurança para a saúde dos clientes. A instituição informou que todas as 19 clínicas fiscalizadas no primeiro dia da operação tinham algum tipo de irregularidade.

“Entre os problemas identificados pelas equipes em diversas cidades, estão produtos sem registro para comercialização e uso no Brasil e medicamentos manipulados em grande escala por farmácias, que não podem funcionar como fábricas. Equipamentos descalibrados, reutilizados de forma indevida, e produtos armazenados sem controle de temperatura também foram identificados”, detalhou a Anvisa.

“Havia também estabelecimentos realizando procedimentos invasivos sem possuir autorização para tal atividade ou sem profissional de saúde habilitado. Eventuais irregularidades relacionadas à habilitação profissional serão notificadas aos conselhos profissionais, que são os órgãos responsáveis pela fiscalização do exercício profissional no Brasil”, completou.

As clínicas com irregularidades foram autuadas e vão responder processo. “Futuramente, no decorrer do processo sanitário, as empresas autuadas, além de pagar multas, devem receber penalidades que podem variar de advertência a cancelamento de autorização e de licença, de acordo com os termos da Lei 6.437/1977”, concluiu.

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