Gigante do petróleo deve demitir até 9 mil funcionários; entenda a situação

barril aberto exibindo o petróleo sendo derramado

A Chevron, uma das gigantes do setor petrolífero mundial, anunciou na quarta-feira (12) uma drástica redução em seu quadro de funcionários, com cortes que variam entre 15% e 20% da força de trabalho global. Isso significa que até 9.000 empregados podem ser demitidos, em um movimento estratégico para reduzir custos e aprimorar a eficiência operacional.

A decisão ocorre em um cenário de incertezas no mercado de energia, impulsionado por oscilações no preço do petróleo, avanços na transição energética e desafios econômicos globais. A empresa justificou a medida como parte de um plano de reestruturação para manter sua competitividade em um setor que enfrenta crescente pressão por eficiência e sustentabilidade. Quer saber mais detalhes desse assunto? Então abaixo, continue a leitura!

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Reestruturação e cortes até 2026

O vice-presidente da Chevron, Mark Nelson, afirmou em um comunicado que as demissões começarão ainda este ano e continuarão até 2026. Ele destacou que a decisão não foi tomada de forma fácil, mas é necessária para manter a competitividade da empresa a longo prazo. “A liderança responsável exige tomar essas medidas para melhorar a competitividade de longo prazo da nossa empresa”, disse Nelson.

Os cortes fazem parte de um plano anunciado em dezembro de 2023 para reduzir bilhões de dólares em despesas operacionais e investimentos. A empresa pretende simplificar sua estrutura organizacional e adotar novas tecnologias para aumentar a produtividade e reduzir custos.

Impacto no mercado e desempenho financeiro

O impacto imediato da notícia foi sentido no mercado financeiro. As ações da Chevron caíram mais de 1,5% na quarta-feira (12), refletindo a preocupação dos investidores com o desempenho da companhia.

A decisão da Chevron está alinhada com uma tendência mais ampla na indústria de petróleo. Tanto a Chevron quanto a ExxonMobil registraram queda nos lucros anuais em 2024, apesar de um recorde de produção de petróleo no ano passado. O negócio de refino, no entanto, viu suas margens reduzidas, contribuindo para o prejuízo no quarto trimestre.

Redução contínua da força de trabalho

A Chevron tem reduzido gradualmente seu quadro de funcionários ao longo da última década. Em 2013, a empresa contava com aproximadamente 65.000 funcionários, número que caiu para cerca de 46.000 ao final de 2023. A nova rodada de demissões marca mais um passo nessa direção, demonstrando o compromisso da companhia com a eficiência operacional.

A diretora financeira da Chevron, Eimear Bonner, afirmou que a empresa planeja aumentar o uso de tecnologias emergentes, como robótica, drones e inteligência artificial, para substituir funções antes desempenhadas por humanos e, assim, reduzir despesas.

O que esperar para o futuro?

Petróleo
Imagem: Reprodução / Abespetro

Com a crescente digitalização do setor de energia, a Chevron busca manter-se competitiva adotando novas abordagens para suas operações. Isso inclui o uso de dados para otimizar exploração e produção, além de investimentos em fontes alternativas de energia.

No entanto, os cortes também levantam preocupações sobre o impacto social e econômico da redução de empregos em massa. A empresa afirma que fornecerá suporte aos funcionários afetados durante a transição, mas detalhes sobre esses programas ainda não foram divulgados.

Considerações finais

A decisão da Chevron de cortar até 9.000 empregos reflete um esforço para manter a competitividade em um setor em transformação. Enquanto a empresa busca otimizar sua eficiência com novas tecnologias, os impactos sociais e econômicos dessas mudanças ainda precisam ser avaliados.

Nos próximos anos, será crucial observar como a Chevron e outras gigantes do petróleo se adaptarão às novas demandas do mercado e à transição para fontes de energia mais sustentáveis.

Imagem: Corona Borealis Studio / Shutterstock

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