Marçal diz que reverterá condenação e ataca Lula em live

O empresário Pablo Marçal (PRTB-SP) afirmou na noite desta sexta-feira (21)que vai reverter a decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo,que o condenou por abuso de poder político eeconômico durante a campanha para a Prefeitura da capital paulista em 2024.

Durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, ele disse estar confiante na reversão da sentença e criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A decisão judicial atende a uma ação movida pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e pelo PSB, que acusaram Marçal de arrecadação ilícita e uso indevido da mídia durante o processo eleitoral.

A Justiça determinou sua inelegibilidade, mas a defesa do empresário pretende recorrer dentro do prazo de três dias. “A condenação carece de provas. Tenho a tranquilidade que isso será revertido”, declarou.

Na transmissão, Marçal ampliou as críticas ao governo federal e associou o cenário político brasileiro ao de outros países da América Latina. “Estou refletindo sobre o Brasil, a picanha e o Lula. Estamos virando uma filial da Venezuela”, afirmou.

Ele também reforçou sua intenção de disputar as eleições presidenciais de 2026. “O Brasil está sendo levado para não dar certo, porque há quadrilhas no poder e pessoas de bem sendo prejudicadas. Tem pessoas, de vários lugares do mundo, falando para eu concorrer, porque o Lula III é o pior governo da história. O Lula I foi sorte, o II foi um lixo. O Dilma I foi muito ruim e o II tivemos que ir para a rua tirá-la.”

Marçal defende Bolsonaro

O empresário também defendeu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha o direito de concorrer à Presidência, mas disse acreditar que ele não conseguirá reverter sua inelegibilidade.

“Eu disse para vocês que vão colocar tornozeleira eletrônica no Bolsonaro, para humilhá-lo, e depois vão colocá-lo na cadeia. Ele já está condenado”, comentou.

O empresário fez referência a denúncia da PGR contra o ex-presidente. Bolsonaro foi acusado de ter feito parte do plano de golpe contra o Estado brasileiro após perder as eleições de 2022.

No fim da transmissão, Marçal repetiu o discurso adotado durante a campanha de 2024, afirmando que sua intenção é “servir” o país. “Eu, Pablo Marçal, não vou parar por nada. Eu vou servir essa nação”, concluiu.

Denúncia

O juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral da capital paulista, argumentou que o empresário teria vendido apoio a candidatos em troca de pagamentos de R$ 5 mil.

Segundo a denúncia, Marçal teria utilizado sua influência para obter vantagens financeiras na campanha.

A decisão judicial, no entanto, absolveu a candidata a vice da chapa de Marçal, Antônia de Jesus (PRTB-SP), afastando qualquer envolvimento dela nas acusações.

Caso a condenação seja mantida em instâncias superiores, Marçal poderá enfrentar sanções que incluem inelegibilidade e pagamento de multa.