É possível perder o emprego por não pagar o consignado privado? Entenda

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O empréstimo consignado privado é uma modalidade de crédito voltada para trabalhadores do setor privado, onde as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento. Isso garante maior segurança para as instituições financeiras, resultando em taxas de juros mais baixas em comparação com outras opções de crédito.

Essa forma de crédito oferece vantagens para quem tem vínculo empregatício, pois a garantia de pagamento para as financeiras é maior, dado que as parcelas são descontadas diretamente da remuneração do trabalhador. Por conta disso, a aprovação do crédito tende a ser mais rápida e com menos burocracia.

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Como Funciona o Empréstimo Consignado Privado?

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Imagem: Freepik e Canva

Com as novas regulamentações, a solicitação do empréstimo consignado privado passou a ser online através da Carteira de Trabalho Digital. Isso possibilita que o trabalhador solicite propostas de diversas instituições financeiras, as quais são apresentadas de forma competitiva, com base em seu perfil cadastrado no eSocial.

Esse processo facilita o acesso ao crédito e permite uma maior transparência nas condições oferecidas pelas financeiras. A contratação é formalizada diretamente com a instituição escolhida, e as parcelas são descontadas mensalmente diretamente da folha de pagamento do trabalhador, até que o saldo devedor seja quitado.

Posso Perder o Emprego se Não Pagar o Consignado Privado?

Uma das principais dúvidas de quem contrata esse tipo de empréstimo é se a inadimplência pode levar à demissão. A resposta para essa questão é clara: não. O vínculo empregatício não pode ser rompido em razão da inadimplência do empréstimo consignado privado.

Embora o desconto das parcelas seja feito diretamente da folha de pagamento, o empréstimo é uma relação entre o trabalhador e a instituição financeira, não envolvendo a empresa. Portanto, não há risco de perda do emprego por não pagar as parcelas do consignado.

No entanto, se o trabalhador for demitido, ele deverá renegociar a dívida com a instituição financeira, uma vez que o saldo devedor não é perdoado. Além disso, a Lei nº 10.820 de 2003 prevê que o empréstimo consignado pode ser descontado das verbas rescisórias, com limite de até 35%.

O Que Acontece se Eu Não Pagar o Consignado Privado?

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Imagem: user25042088 – Freepik

Se o trabalhador deixar de pagar as parcelas do empréstimo consignado privado, várias consequências podem ocorrer. Entre elas, destacam-se:

Juros e Multas

Quando o pagamento das parcelas é atrasado, o saldo devedor aumenta devido à aplicação de juros e multas. Isso faz com que a dívida cresça rapidamente, tornando mais difícil a regularização.

Restrição no CPF

O banco ou a instituição financeira pode negativar o CPF do trabalhador nos órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa. Isso impacta a capacidade de contratar novos créditos e até mesmo a possibilidade de realizar compras a prazo.

Cobranças Judiciais

Em caso de inadimplência prolongada, a instituição financeira pode recorrer ao judiciário para tentar reaver a dívida. Isso pode resultar em penhoras de bens ou valores em conta bancária.

Dificuldade para Obter Novos Créditos

Com o nome negativado, o trabalhador terá dificuldades para contratar novos financiamentos ou empréstimos. As empresas de crédito analisam negativamente a inadimplência e podem até recusar novas propostas.

Como Evitar Problemas com o Consignado Privado?

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Imagem: Freepik/ Edição: Seu Crédito Digital

Evitar problemas com o empréstimo consignado privado é possível se o trabalhador tomar algumas precauções antes e durante a contratação:

1. Planeje suas Finanças

Antes de solicitar o empréstimo, é fundamental avaliar sua situação financeira e calcular o quanto pode comprometer do salário mensal. Evite assumir dívidas que não consegue pagar com facilidade.

2. Escolha uma Instituição Financeira Confiável

Pesquise sobre as instituições financeiras que oferecem o empréstimo consignado privado. Compare taxas de juros, prazos de pagamento e condições gerais de cada uma.

3. Não Comprometa Todo o Seu Salário

Não é recomendável que as parcelas do consignado consumam toda a sua renda mensal. Lembre-se de que imprevistos podem acontecer, e você precisa ter uma margem de manobra financeira.

4. Acompanhe os Descontos na Folha de Pagamento

Certifique-se de que os descontos das parcelas estão sendo feitos corretamente na sua folha de pagamento. Isso evitará surpresas no futuro.

5. Tenha uma Reserva de Emergência

Sempre que possível, tenha uma reserva financeira para emergências. Isso ajudará a lidar com imprevistos e a evitar o endividamento excessivo.

O Que Fazer se Estiver com Dificuldades para Pagar o Consignado Privado?

Se você enfrentar dificuldades para honrar as parcelas do empréstimo consignado privado, existem algumas alternativas que podem ser consideradas:

1. Negociação com o Banco

Muitas instituições financeiras oferecem opções de renegociação de dívida, com condições facilitadas para quem está com dificuldades financeiras. Entre em contato com o banco e busque uma solução.

2. Portabilidade de Crédito

Em alguns casos, pode ser vantajoso transferir a dívida para outra instituição financeira, através da portabilidade de crédito. Isso pode resultar em taxas de juros mais baixas e melhores condições de pagamento.

3. Buscar uma Renda Extra

Se possível, busque fontes alternativas de renda, como freelances ou vendas online. Isso pode ajudar a complementar a sua renda e quitar o empréstimo.

4. Corte de Gastos Supérfluos

Avalie suas despesas mensais e elimine gastos desnecessários. Um corte nas despesas pode liberar dinheiro para pagar o consignado de forma mais tranquila

Considerações finais

O empréstimo consignado privado pode ser uma excelente opção para quem precisa de crédito com taxas de juros mais baixas, mas exige cautela. É importante estar atento às condições de pagamento e garantir que o valor das parcelas não comprometa sua saúde financeira.

Se você se encontrar em dificuldades para pagar o crédito, lembre-se de que sempre há alternativas como a renegociação da dívida e a portabilidade do crédito.

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