Declaração sem erros do Imposto de Renda pode te render uma boa restituição

Com a proximidade do período de declaração do Imposto de Renda 2025, previsto para ocorrer entre março e maio, cresce a preocupação dos contribuintes brasileiros em evitar erros que possam resultar em multas ou, pior ainda, cair na temida malha fina da Receita Federal.

A boa notícia é que uma declaração feita corretamente não apenas evita problemas, mas pode garantir uma restituição mais vantajosa. Plataformas de simulação e serviços digitais podem ser aliados poderosos para garantir que todas as informações estejam corretas e otimizadas para um melhor retorno financeiro.

Quem precisa declarar o Imposto de Renda 2025?

A obrigatoriedade de declaração do Imposto de Renda 2025 é definida com base nos rendimentos obtidos em 2024. Deve declarar quem:

Leia mais:Imposto de Renda 2025: veja quem você pode incluir como dependente

Teve rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90;
Recebeu rendimentos isentos ou não tributáveis acima de R$ 200 mil;
Teve receita bruta em atividade rural superior a R$ 153.199,50;
Realizou operações na Bolsa de Valores acima de R$ 40 mil ou obteve ganho de capital na alienação de bens;
Era proprietário de bens e direitos que, somados, superavam R$ 800 mil em 31 de dezembro de 2024;
Optou pela isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de um imóvel para compra de outro dentro de 180 dias;
Passou a ser residente no Brasil em qualquer momento de 2024 e assim permaneceu até o final do ano.

Quem não se encaixa nesses critérios está dispensado da declaração, mas, em alguns casos, ainda pode valer a pena declarar para obter restituição de valores pagos indevidamente.

Como declarar o Imposto de Renda corretamente?

Escolha o melhor método de declaração

Atualmente, a Receita Federal oferece três opções principais para preenchimento e envio da declaração:

Portal e-CAC (Meu Imposto de Renda): Opção online, sem necessidade de download, acessível por computador ou celular.
Aplicativo Meu Imposto de Renda: Embora ainda não confirmado para 2025, é uma opção em dispositivos móveis para preenchimento e envio.

A escolha depende da preferência do contribuinte, mas o portal e-CAC tem sido a opção mais rápida e intuitiva.

Documentação necessária

Antes de iniciar a declaração, é fundamental reunir todos os documentos necessários. Os principais são:

Informe de rendimentos (fornecido pelo empregador, bancos e outras fontes de renda);
Comprovantes de despesas dedutíveis (educação, saúde, previdência privada, etc.);
Recibos de aluguel, financiamentos e investimentos;
Dados bancários para restituição (se aplicável).

Manter esses documentos organizados facilita o preenchimento e reduz o risco de erros.

Como evitar erros e cair na malha fina

Revise todas as informações antes de enviar: Pequenos erros de digitação podem levar sua declaração para a malha fina.
Informe corretamente os rendimentos de dependentes: Omissões podem resultar em problemas com a Receita Federal.
Não exagere nas despesas médicas: Todos os valores declarados devem ter comprovantes fiscais.
Preencha os dados bancários com atenção: Um erro pode atrasar a restituição ou gerar pendências.

Como aumentar sua restituição?

Declarar corretamente pode resultar em uma restituição maior. Algumas estratégias incluem:

Escolher o modelo de declaração correto (simplificado ou completo): O programa da Receita Federal oferece uma simulação para indicar qual opção é mais vantajosa.
Incluir todas as despesas dedutíveis: Gastos com educação, saúde, previdência privada e dependentes podem reduzir a base de cálculo.
Utilizar contribuições para previdência privada (PGBL): Permite dedução de até 12% da renda bruta tributável.
Declarar dependentes corretamente: Isso pode aumentar a restituição, mas os rendimentos dos dependentes também devem ser informados.

Prazos e multas

Embora a Receita Federal ainda não tenha confirmado as datas oficiais, espera-se que o prazo final para entrega seja até maio de 2025.

Atrasos na entrega resultam em multa de 1% ao mês sobre o imposto devido, com valor mínimo de R$ 165,74 e máximo de 20% do imposto devido.

Para quem tem direito à restituição, essa multa é descontada do valor a ser recebido.

Considerações finais

Fazer a declaração corretamente não só evita problemas com a Receita Federal, mas também pode garantir uma restituição mais vantajosa. Planeje-se, organize seus documentos e aproveite os benefícios fiscais disponíveis!