Com atraso, governo lança medidas para combater alta de preços e espera recuperar aprovação de Lula ainda neste semestre


Alckmin anuncia medidas para combater a inflação dos alimentos.
GloboNews
Com atraso, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou medidas para combater a alta dos preços de alimentos e espera recuperar a aprovação do presidente da República ainda neste primeiro semestre.
Lula vinha cobrando ações para reduzir o custo dos alimentos na mesa dos brasileiros desde o início do ano, mas só agora, em março, fez o anúncio.
Governo zera impostos de importação para tentar conter preços dos alimentos
Nesta quinta (7), o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou que o governo vai zerar a alíquota de importação de nove produtos alimentícios, entre eles carne, açúcar, café, azeite, milho, biscoitos e massas.
Especialistas avaliam que o impacto não será significativo, mas o governo precisa mostrar que está agindo e prepara novas medidas.
A meta é conter a alta do preço dos alimentos, que tem sido o principal fator de desgaste, e inverter as curvas de aprovação e desaprovação do seu governo.
Até o ano passado, a aprovação superava a desaprovação. Neste ano, as curvas se inverteram e a desaprovação passou a superar a aprovação.
O caminho para mudar esse cenário passa necessariamente por atacar o ponto mais frágil do governo neste momento, que é a alta dos preços dos alimentos.
Daí a decisão de transformar a quinta (6) numa jornada de reuniões internas do governo, depois entre governo e vários representantes do setor privado e, por fim, com o presidente Lula.
Além de zerar a tarifa de importação de nove alimentos, o governo anunciou que irá dar mais subsídios para médios produtores rurais nas culturas de produtos da cesta básica, reformular política de estoque regulatório e pedir a Estados para zerar impostos da cesta básica, como o governo federal já faz.
O governo demorou a tomar medidas para combater a alta dos preços. Anunciou ontem, mas ainda não sabe o impacto exato das medidas para o consumidor.
Espera, porém, que algumas rendam resultado imediatamente, como zerar a alíquota de importação sobre milho, o que pode baratear custo de rações para granjas no país.
Em relação a carne e café, o impacto pode não acontecer, afinal esses produtos estão com preços mais elevados fora do país também. O que pode ajudar é que haverá maior oferta dos produtos no país.
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