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O mercado financeiro brasileiro enfrentou um mês de volatilidade em fevereiro de 2025. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores do Brasil, encerrou o mês com uma queda de 2,64%. Fatores tanto internos quanto externos afetaram esse desempenho, criando um ambiente de incertezas que impactou diretamente o mercado de ações.

Entre os principais influenciadores dessa retração estão as decisões políticas dos Estados Unidos, como a postura tarifária do presidente Donald Trump, e as incertezas no cenário político brasileiro, envolvendo a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A seguir, vamos entender mais profundamente as razões por trás dessa queda e o que o futuro pode reservar para os investidores brasileiros.

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Fatores externos que impactaram o Ibovespa

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Imagem: TAW4 / Shutterstock.com

A cautela nos mercados internacionais teve um papel significativo na desvalorização do Ibovespa em fevereiro. A política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve forte influência nos mercados globais e, por consequência, no desempenho das Bolsas brasileiras.

A postura tarifária de Donald Trump

Em 1º de fevereiro de 2025, Trump assinou ordens executivas que previam a imposição de tarifas sobre produtos importados de países como México, Canadá e China. No entanto, a implementação dessas medidas foi adiada para março, gerando um clima de incerteza nas negociações internacionais.

Segundo analistas do Itaú BBA, uma postura mais inflexível do governo dos EUA em relação ao comércio internacional pode ter efeitos negativos sobre os mercados globais. O aumento das tarifas de importação costuma gerar uma pressão inflacionária, o que, por sua vez, eleva as perspectivas de juros mais altos. Como as ações têm uma correlação inversa com os juros, esse movimento impacta negativamente o desempenho das Bolsas, incluindo o Ibovespa.

Impactos das tarifações no Mercado Global

O aumento das tarifas de importação pode fazer com que outros países respondam com medidas semelhantes, criando uma espiral de elevação de custos no comércio global. Esse cenário prejudica os ativos de risco, como as ações, já que os investidores tendem a buscar segurança em ativos mais conservadores quando a inflação aumenta e as taxas de juros sobem.

Fatores internos: O cenário político brasileiro

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Imagem: Reprodução/Miguel Schincariol/AFP

Enquanto o cenário internacional influenciava o mercado, fatores internos também foram determinantes para a queda do Ibovespa. A principal preocupação dos investidores foi a crescente instabilidade política no Brasil, refletida na queda da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A queda de popularidade de Lula

Em fevereiro, pesquisas mostraram que o índice de aprovação do presidente Lula havia caído drasticamente, atingindo 24%. Essa queda foi vista como um reflexo das dificuldades enfrentadas pelo governo e da pressão popular por mudanças. A situação fiscal do Brasil também se deteriorou, com o governo federal lidando com a pressão de manter sua popularidade e ao mesmo tempo tentar equilibrar as contas públicas.

Em resposta a essa queda de popularidade, analistas temem que o governo Lula adote medidas populistas, o que pode agravar ainda mais a situação fiscal do país. Isso levanta preocupações sobre um possível aumento da dívida pública e uma maior incerteza econômica nos próximos anos.

O impacto nas expectativas de crescimento econômico

Com a possibilidade de medidas populistas, o mercado passou a especular sobre a capacidade do governo em implementar reformas que garantam um crescimento sustentável para o Brasil. Alguns analistas, como os da Empiricus, acreditam que o governo poderá buscar apoio popular por meio de medidas de curto prazo, mas que essas ações podem ter um impacto negativo a longo prazo.

Por outro lado, existe a expectativa de que, após 2027, o Brasil possa ter um ambiente mais favorável para o mercado, com um governo mais focado em reformas fiscais e em um modelo mais pró-mercado. Essa possibilidade alimenta a esperança de um possível rali no Ibovespa nos próximos anos.

A reação do Ibovespa: Uma análise detalhada

O Ibovespa experimentou uma volatilidade significativa durante o mês de fevereiro, com uma recuperação momentânea após a divulgação de pesquisas que mostraram uma queda acentuada na popularidade do presidente Lula. Em meados de fevereiro, o índice subiu 2,70% após a pesquisa do Datafolha revelar que a aprovação ao governo do petista havia caído de 35% para 24%, atingindo o pior índice de popularidade de Lula em seus três mandatos.

Esse pico temporário, no entanto, não foi suficiente para reverter a tendência negativa no mês. O Ibovespa fechou fevereiro com uma queda de 2,64%, refletindo uma série de fatores internos e externos que afetaram a confiança dos investidores.

Investindo no Ibovespa: Oportunidades e desafios

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Imagem: tech_BG / shutterstock.com

Apesar da queda do Ibovespa em fevereiro, especialistas ainda veem oportunidades de investimento na Bolsa brasileira. A recomendação é para que os investidores adotem uma abordagem cautelosa e apostem em papéis de empresas com balanços sólidos e baixo endividamento.

O potencial de ações de dividendos

Investir em ações de empresas que pagam dividendos pode ser uma estratégia interessante em tempos de volatilidade. Diversas corretoras e analistas têm apontado o Itaú (ITUB4), a Telefônica Brasil (VIVT3) e o Banco do Brasil (BBAS3) como as principais ações recomendadas para março de 2025, com base na expectativa de bons pagamentos de proventos.

A Ágora Investimentos, por exemplo, destaca as ações do Itaú, que reportou um lucro líquido de R$ 10,88 bilhões no quarto trimestre de 2024, como uma das melhores oportunidades. A empresa também anunciou um programa de distribuição de dividendos no valor de R$ 18 bilhões, sendo R$ 15 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).

Conclusão: O que esperar do Ibovespa no futuro?

O Ibovespa encerrou fevereiro com uma queda significativa, mas os analistas continuam otimistas para o futuro, considerando o potencial de valorização das ações brasileiras no longo prazo. As perspectivas de um ambiente mais reformista e fiscalista após 2027 oferecem uma esperança de recuperação para o mercado.

Para os investidores, a chave será manter o foco em ações de empresas que estão bem posicionadas para atravessar a volatilidade do momento e aproveitar as oportunidades futuras. Investir com cautela, mas de forma estratégica, será essencial para se beneficiar do rali que pode ocorrer nos próximos anos.

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