Huawei Cloud Brasil vai vender Pangu, a sua IA, como serviço ao B2B

Ana Paula Lobo, de Barcelona

Depois de três anos de preparação ao Brasil, a inteligência artificial Pangu, feita pela Huawei, está tropicalizada para o português – que se tornou a terceira língua disponível da IA depois do mandarim e do inglês- e já há aplicações disponíveis para serem vendidas às indústrias de manufatura, mineração, varejo, governo, finanças e fintechs, adiantou Yang Hua, presidente da Huawei Cloud do Brasil, durante entrevista em Barcelona, no Mobile World Congress. Ele não quis adiantar prazos, mas garantiu que o serviço vai ficar disponível comercialmente ‘em breve’.

A Pangu, na prática, explica Hua, é um framework de trabalho de inteligência artificial que atende as dores do mercado corporativo. “Nossa briga é dar inteligência às aplicações das empresas”, pontua o executivo, que admite: O Brasil ganha relevância estratégica para o avanço da Pangu. “Escolhemos o português pela força do mercado nacional. Pela força do mercado de cloud no Brasil. Sim, temos concorrentes na nuvem pública, mas nós temos uma especialização que eles não têm”,ressaltou Yang Hua.

Em Barcelona, as aplicações do Pangu ganharam visibilidade, em especial, o Pangu-Weather, modelo de previsão de IA a demonstrar uma precisão maior do que os métodos numéricos tradicionais de previsão do tempo. Ele permite uma melhoria 10.000 vezes maior na velocidade de previsão, reduzindo o tempo de previsão do tempo global para apenas alguns segundos. Na prática, na China, o Pangu foi capaz de reduzir o cálculo de um tufão de cinco horas para 10 segundos, usando como base dados de 40 anos de previsões climáticas disponíveis na China.

Indagado sobre o espaço da Huawei Cloud no mercado nacional de computação em nuvem, Yang Hua, assegura que tudo está acontecendo como o previsto pela companhia. “O crescimento é enorme. Estamos com contratos relevantes com o governo, como o da nuvem soberana com o Serpro, com a Dataprev”, adianta. E ao ser cobrado sobre o papel da empresa diante das rivais americanas- AWS, Google e Azure, da Microsoft – o executivo minimizou a concorrência. “O mercado de cloud é enorme. Nós somos B2B. e essa será a nossa marca”, insistiu.

Ana Paula Lobo viajou a Barcelona a convite da Huawei do Brasil

Adicionar aos favoritos o Link permanente.