PC diz que policial do RJ que matou idoso em BH agiu em legítima defesa

A investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu que o policial civil do Rio de Janeiro, de 26 anos, suspeito de matar a tiros Cristóvão Miranda, de 63 anos, agiu em legítima defesa. O caso ocorreu em 22 de fevereiro, no bairro Itapoã, na Região da Pampulha de Belo Horizonte. As informações sobre o inquérito foram divulgadas nesta terça-feira (11).

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Na ocasião, o policial passava férias em BH e estava em um restaurante com os avós, a esposa e um primo. Ao sair para buscar o carro, o agente foi ameaçado de morte pelo homem, que estava em situação de rua. Diante da recusa dele em se afastar, o policial sacou a arma e atirou seis vezes, acertando cinco disparos de Cristóvão.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Ariadne Coelho, as filmagens, depoimentos, declarações, laudos e fichas progressivas foram importantes para a conclusão das investigação do o Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). “O investigado efetuou os disparos para a defesa própria e de terceiros, seus familiares, dentre eles os avós já idosos e um primo adolescente, cessando a ação, sem excessos”, disse.

Além disso, o relatório de necropsia revelou que a vítima apresentava 42,24 decigramas de álcool por litro de sangue, além de cocaína e cocaetileno – uma substância metabólica resultante da combinação desses dois elementos. “Essa mistura age como uma verdadeira bomba química, potencializando a agressividade e a excitação. Além disso, pode causar coma, ataque cardíaco e falência dos sistemas”, explicou.

Com a conclusão do inquérito, a PCMG encaminhou o pedido de arquivamento ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Imagens das câmeras de segurança

Conforme a PCMG, imagens de câmeras de segurança foram fundamentais para a conclusão do caso, pois indicaram que a vítima apresentava um comportamento alterado, antes mesmo de abordar o policial, andando de um lado para o outro, xingando outros transeuntes e com gestos agressivos.

Minutos antes de ameaçar o agente, Cristóvão iniciou uma briga com um grupo de pessoas, que acaba correndo e entrando em um restaurante, onde também estava o policial e a família dele. A vítima continuou rondando o local e, em seguida, vai até a esquina e se esconde atrás de uma marquise. Logo depois, o policial deixa o restaurante com a família e é abordado por Cristóvão.

Relembre o caso

Em depoimento, o agente afirmou que, a princípio, não deu muita importância à ameaça, mas, ao perceber que o desconhecido se aproximava, identificou-se como policial e ordenou que ele se afastasse. No entanto, o suspeito teria o ignorado, continuou avançando e levou a mão à cintura. O policial, então, sacou a arma e efetuou os disparos. O homem morreu no local.

O agente acionou a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e aguardou a chegada da guarnição. A perícia também esteve no local e constatou que o suspeito portava uma machadinha e uma garrafa de bebida álcoolica.

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