Caso Clara: Grupo planeja protesto por justiça na Praça Sete neste sábado

Familiares e amigos de Clara Maria Venâncio Rodrigues, assassinada aos 21 anos, planejam ir às ruas em protesto para pedir justiça na resolução do caso. O corpo da jovem foi encontrado em uma casa no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha.

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Por meio das redes sociais, o grupo militante Faísca convoca os seguidores para um ato na Praça Sete, no Centro de BH. “Chamamos o 8M Unificado, demais movimentos de mulheres, LGBTQIAP+, negres e indigenas, o DCE da UFMG, demais entidades estudantis e sindicatos a impulsionarem uma forte manifestação nas ruas por justiça por Clara”, diz a postagem.

A concentração ocorrerá às 10h da manhã. “Toda solidariedade aos amigos, conhecidos e família! Precisamos dar uma resposta nas ruas”, completa o texto.

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Nesta sexta-feira (14), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) converteu em preventiva a prisão dos dois homens que confessaram o assassinato de Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos. Thiago o Schaffer Sampaio, de 27 anos, e Lucas Rodrigues Pimentel, de 29, enforcaram a vítima e enterraram o corpo na casa do primeiro.

Conforme a decisão da juíza Alessandra de Souza Nascimento Gregório, considerando que a pena máxima para o crime de homicídio qualificado excede quatro anos de reclusão e trata-se de um delito de extrema gravidade, a prisão preventiva é justificável para assegurar a ordem pública, mesmo na ausência de antecedentes criminais dos suspeitos. Além disso, segundo a magistrada, há elementos que indicam a autoria e a materialidade do crime.

O corpo de Clara, que estava desaparecida desde o último domingo (9), foi encontrado na quarta-feira (14). No dia, Thiago, Lucas e Kennedy Marcelo da Conceição Filho, de 34 anos, foram presos em flagrante. Este foi liberado após imagens de câmeras de segurança confirmarem que, no momento do assassinato, ele estava saindo do trabalho.

Thiago trabalhou com a jovem em uma padaria localizada na região da Pampulha, e devia R$ 400 para ela. Já Lucas, que trabalhava no restaurante de um complexo gastronômico na mesma rua da padaria onde Clara trabalhava, conheceu Clara por meio de Thiago.

Versões sobre a motivação divergem.

Segundo a investigação, o crime foi premeditado. No entanto, as versões sobre a motivação divergem. Thiago afirmou que Lucas queria matar Clara por raiva, após uma discussão na qual a jovem o repreendeu por fazer saudação nazista em um bar. Já Lucas alegou que a briga com Clara era irrelevante e que foi Thiago quem pediu ajuda para cometer o crime, com o intuito de roubar dinheiro da conta bancária da vítima.

A polícia também investiga outros fatores, como um possível crime sexual – necrofilia – por parte de Lucas e o fato de Thiago ter uma dívida de R$ 400 com Clara e sentir ciúmes dela com o namorado. Nenhum deles tinha passagem pela polícia. A dupla foi presa.

Entenda

Clara foi vista pela última vez na noite de domingo (9), ao sair do trabalho. Ela avisou a um amigo que iria cobrar uma dívida de um ex-colega de trabalho e, às 22h45, enviou uma mensagem dizendo que já havia recebido o dinheiro e estava voltando para casa. O trajeto levaria cerca de 10 minutos, mas Clara não chegou.

O amigo tentou contato e recebeu uma mensagem às 0h08 de segunda-feira (10), informando que ela estava ocupada. Pela manhã, outra mensagem chegou, mas com uma linguagem incomum para Clara, o que levantou suspeitas. O amigo, então, tentou ligar para o homem que devia os R$ 400 à jovem, sem sucesso. Em seguida, acionou a polícia e registrou o desaparecimento.

Com cartazes espalhados pela cidade e uma investigação acelerada, a polícia encontrou o corpo de Clara enterrado na casa de Thiago. A dupla foi presa e responderá pelo crime.

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