Uma mulher ajudou a polícia a resolver seu próprio assassinato

Mulher ajudou a polícia a resolver seu próprio assassinatoReprodução

Uma ligação desesperada para o 911, o número de emergência policial nos Estados Unidos, ajudou a polícia a achar o assassino da mulher que fez o telefonema.

A norte-americana Angela Prichard tinha 55 anos e foi morta a tiros, em outubro de 2022, na pequena cidade de Bellevue, em Iowa, com população de cerca de 2.5 mil habitantes. Foi o primeiro assassinato na localidade em quase 10 anos, segundo a CBS.

Mulher ajudou a polícia a resolver seu próprio assassinatoReprodução

Antes mesmo do resultado da investigação, a irmã de Angela, Wendy Budde, acreditava que o responsável era o marido de Angela, Chris Prichard. ”Ele sabia como entrar pela porta da frente (no local)”, disse ela para a reportagem. Budde afirma que Angela tentava deixá-lo há meses e vivia com medo de que ele a matasse.

Nos últimos momentos de vida, a revelação de parte do nome do assassino Minutos antes de ser morta, Angela ligou para a emergência, pelo 911, e trocou as seguintes mensagens com o atendente.

Angela Prichard foi encontrada deitada de bruços no banheiro do canil quando os investigadores chegaram ao local.CBS News

– ATENDENTE 911: 911, onde é sua emergência?

– ANGELA PRICHARD: Por favor… saia daqui… Tenho clientes chegando.

– ATENDENTE 911: 911

– ANGELA PRICHARD: Por favor, saia daqui.

– ATENDENTE 911: OK, onde você está?

– ANGELA PRICHARD: Chris! (tiro)

Essas foram as últimas palavras ditas por Angela, e a primeira pista que os investigadores tiveram para identificar seu assassino.

Mulher ajudou a polícia a resolver seu próprio assassinatoReprodução

Angela foi encontrada deitada de bruços, no banheiro do canil, onde dava banho nos cães. Tinha um ferimento de bala muito grande e significativo no peito,caracterizando um tiro à queima-roupa.

Ex passou a ser alvo da apuração

Chris Prichard, o ex-marido de Angela, virou o principal suspeito dos investigadores do crime, ocorrido no canil administrado por ela, o Mississippi Ridge Boarding Kennels.

A pequena força policial de Bellevue, com apenas alguns policiais, convidou a polícia estadual para liderar a investigação. Enquanto a família de Angela estava convencida de que Chris Prichard era o assassino, os agentes especiais tiveram que conectar os pontos.

Nas buscas, fazendeiros e caçadores reforçaram a equipe atrás da Chris.

De acordo com a CBS, na busca por tentar descobrir para onde o suspeito fugiu, os agentes especiais avistaram um rastro de sangue quase invisível, saindo de uma sala.

Histórico violento

Investigando a vida de Chris Prichard, os agentes descobriram que a relação com Angela incluía violência e violações de uma medida protetiva.

Os investigadores revisaram as filmagens a partir da meia-noite do dia do tiroteio. Por horas da gravação, não havia nada para ver. Mas logo depois das 4h da manhã, cães começaram a latir, provavelmente no momento em que Chris chegou ao canil, onde ficou esperando Angela por quase quatro horas.

Mulher ajudou a polícia a resolver seu próprio assassinatoReprodução

Depois de entrar no canil, Angela não sabia que teria menos de seis minutos de vida.

Depois do som de tiros capturado pela filmagem, Chris foi visto saindo. As buscas por ele envolveram cães, aviões, drones. A região do crime é de terras agrícolas e florestas, junto ao famoso Rio Mississippi. Policiais revistaram os bairros próximos, de casa em casa, de celeiro em celeiro.

Filhos e netos

Angela Prichard tinha dois filhos e seis netos, os amores da vida dela. Tinha cinco cães Huskies de Angela, pois era uma amante dos animais. Chris Prichard era eletricista. Os dois namoraram por quase dois anos, e se mudaram para uma casa em Bellevue, até se casarem, em março de 2019. Por oito meses, viveram muito bem, mas as coisas começaram a mudar quando ele perdeu o emprego.

Também foi acusado de roubo de primeiro grau, um crime grave, depois de supostamente leva US$ 36 mil (r$ 207 mil) em suprimentos da empresa de eletricidade onde trabalhava. Foi solto sob fiança e sem trabalho, mas não procurava emprego e se entregou para a bebida.

As agressões começaram, e a irmã de Angela ficou sabendo. Acionaram a polícia, e encontraram Chris na garagem.

Ele passou a noite na prisão e foi solto aguardando julgamento, mas sem poder se aproximar de Angela. A medida também foi aplicada para proteger a irmã de Angela.

Depois de matar Angela e ser preso, ele foi julgado e condenado à prisão perpétua, sem liberdade condicional.

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