Inflação do café da manhã: todos os itens sobem de preço

Inflação do café da manhã: todo os itens sobem de preço

O café da manhã, uma das refeições mais tradicionais e importantes do dia para os brasileiros, está pesando mais no bolso dos consumidores. Nos últimos meses, os preços dos principais itens consumidos no desjejum registraram aumentos significativos, refletindo a alta da inflação e diversos fatores econômicos que impactam a produção e distribuição dos alimentos.

O café moído, por exemplo, teve um reajuste expressivo de 66,18% nos últimos 12 meses, um aumento muito acima da inflação oficial do país, que foi de 5,06%. Esse cenário preocupa tanto os consumidores quanto os setores envolvidos na cadeia produtiva, tornando o café da manhã mais caro e menos acessível para muitas famílias.

Aumento generalizado na alimentação e bebidas

Café mais caro
Imagem: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

No período analisado, o grupo de alimentação e bebidas ficou 7% mais caro, sendo que a alimentação no domícilio subiu 7,1%. Quem prefere comer fora de casa também sentiu o impacto, com uma alta de 6,72%.

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O café: líder de aumento

Mesmo com o governo federal zerando o imposto de importação do café para tentar conter a alta, a tendência é de novos aumentos, conforme alertou a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Fatores climáticos, como geadas e os fenômenos El Niño e La Niña, comprometeram a produção, e a estabilização dos preços só deve ocorrer após a colheita de 2026.

Frutas também pesam mais no bolso

As frutas, essenciais para um café da manhã equilibrado, também apresentaram reajustes expressivos. A laranja-pera, uma das mais consumidas no Brasil, teve alta de 21,72%. O mamão subiu 14,01% e o melão, 2,53%. A exceção ficou por conta da banana-prata, cujo preço caiu 10,49% no período analisado.

Pão e manteiga: aumento no duo favorito dos brasileiros

O pão com manteiga, um dos itens mais consumidos no café da manhã, também está mais caro. O pão francês teve aumento de 4,66%, enquanto a manteiga subiu 4,97%. Para quem opta pelo pão de forma, o impacto foi um pouco menor, com alta de 2,27%. Já o tradicional pão de queijo registrou aumento significativo de 8,33%.

Lactícinios também encarecem

O leite longa vida teve uma alta de 11,11%, enquanto o queijo subiu 4,88%. O presunto, que geralmente acompanha o queijo no lanche matinal, também aumentou de preço, com uma alta de 2,39%.

Ovos: alternativa proteica também está mais cara

Os ovos, conhecidos por serem uma opção acessível de proteína, também ficaram mais caros. O preço subiu 10,49% nos últimos 12 meses, impactando diretamente o orçamento de quem costuma incluí-los na primeira refeição do dia.

Expectativas para o futuro

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Imagem: Art_Photo / Shutterstock.com

Analistas econômicos apontam que a inflação dos alimentos pode continuar pressionando os orçamentos das famílias brasileiras nos próximos meses. Questões climáticas, custos de produção e fatores externos, como a instabilidade dos mercados internacionais, devem continuar influenciando os preços dos alimentos no Brasil.

Diante desse cenário, consumidores estão buscando alternativas para economizar no café da manhã, trocando marcas, reduzindo o consumo de determinados itens e comprando produtos em promoção. O desafio, no entanto, é manter uma alimentação equilibrada sem comprometer demasiadamente o orçamento.

Considerações finais

O aumento dos preços dos itens do café da manhã reflete uma tendência mais ampla da inflação alimentar no Brasil. Com todos os componentes essenciais do desjejum mais caros, as famílias precisam encontrar formas de ajustar suas compras e manter o equilíbrio financeiro.

Os consumidores também devem ficar atentos às projeções econômicas e aos impactos de políticas governamentais que possam influenciar os preços dos alimentos nos próximos meses. Enquanto isso, a realidade é clara: o café da manhã do brasileiro está mais caro do que nunca.

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