Juro mais ALTO da história: o que isso significa para quem quer financiar um carro no Brasil?

O mercado automotivo brasileiro enfrenta um cenário preocupante em 2025. Com a alta da Selic, a taxa básica de juros, os financiamentos de veículos atingiram seu maior percentual, ultrapassando índices históricos.

Esse panorama, que encarece ainda mais os preços já elevados dos automóveis, tem gerado discussões sobre o impacto na economia do país e no crescimento das vendas.

O Banco Central do Brasil registrou, no início de 2025, uma taxa de 29,5% ao ano para financiamentos de veículos. Esse é o maior patamar desde o início da série histórica, em 2011.

Apesar do crescimento dos juros, o mercado automotivo mostra sinais de expansão, evidenciando uma resiliência surpreendente.

Márcio de Lima Leite, presidente da Associação Nacional das Montadoras de Veículos Automotores (Anfavea), destacou que, mesmo com custos elevados, o setor continua em crescimento. Essa realidade desafia as expectativas, considerando que a alta dos juros geralmente não favorece a aquisição de bens duráveis.

Histórico dos juros para financiamentos automotivos

Desde o início da série histórica em 2011, os juros para financiar veículos variaram significativamente. Inicialmente, a taxa girava em torno de 28% ao ano, mas esse índice caiu gradualmente, chegando a menos de 20% entre 2019 e 2020. No entanto, a pandemia trouxe mudanças.

Após 2020, os juros voltaram a subir, alcançando 29% ao final de 2022.

Nos dois anos seguintes, estabilizaram-se brevemente em 25%, mas aumentaram novamente com os reajustes da Selic. Agora, atingem 29,5%, refletindo as políticas monetárias adotadas para controle inflacionário.

Resiliência do mercado

Apesar dos desafios, o mercado automotivo brasileiro mostra um crescimento consistente.

Dados indicam que a produção de veículos aumentou 18% no primeiro bimestre de 2025, enquanto os emplacamentos subiram 9%. As exportações também registraram um salto expressivo de quase 55% no mesmo período.

O presidente da Anfavea atribui esse crescimento ao aumento do emprego e da renda, além da demanda reprimida causada pela pandemia. Esse cenário é visto como um movimento de recuperação do setor automotivo, que busca retornar aos níveis pré-pandêmicos.

Níveis de inadimplência

Curiosamente, a inadimplência no Brasil se mantém em níveis baixos. Em fevereiro de 2025, a taxa foi de 2,6% para pessoas jurídicas e 4,37% para pessoas físicas.

Esses números demonstram que, apesar dos juros altos, os consumidores ainda conseguem honrar seus compromissos financeiros.

Essa estabilidade sugere uma adaptação às condições econômicas atuais, reforçando o potencial de crescimento do mercado. O Brasil demonstra que, mesmo em tempos de adversidade, a economia pode encontrar caminhos para prosperar.

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