Fim dos roubos? Nova trava metálica promete revolucionar a segurança veicular no Brasil

A segurança veicular enfrenta desafios constantes com o avanço das tecnologias utilizadas por criminosos. No Brasil, a introdução de uma nova trava metálica para proteger a ECU dos veículos surge como uma solução promissora.

Esta novidade procura impedir a prática conhecida como ‘transplante de cérebro’, na qual o computador do carro é manipulado para facilitar roubos.

Esse dispositivo, de aproximadamente 20 cm, bloqueia o acesso às centrais eletrônicas, vitais para o funcionamento do motor e outros sistemas.

Encontrada por preços entre R$ 50 e R$ 100, a trava já está presente em alguns modelos de fábrica. Com a crescente adesão, espera-se uma redução nos índices de furtos relacionados a manipulações eletrônicas.

Tática dos criminosos e o papel da ECU

Exemplo de trava física comercializada por empresa para evitar a troca da ECU (Foto: Reprodução)

Especialistas explicam que a ECU, frequentemente referida como o “cérebro” do veículo, pode ser corrompida para permitir partidas ilegais do motor.

Criminosos inserem códigos maliciosos, transformando o computador principal em um aliado indesejado. Um método bastante comum é usar uma ‘chave fria’, que engana o sistema de segurança do carro.

Casos específicos e descobertas

Ian Tabor, especialista respeitado na área de segurança automotiva, teve seu Toyota RAV4 roubado em um incidente que ilustra bem essa prática.

Após uma investigação, descobriu-se que uma colisão no farol havia sido, na verdade, um disfarce para inserir um dispositivo malicioso na rede CAN do carro.

Ken Tindell, parceiro de Tabor na investigação, identificou que os dispositivos, vendidos por cerca de R$ 30.000, eram mascarados como caixas de som JBL.

Esses aparelhos, ao serem ativados, enviavam comandos considerados legítimos pelo sistema do veículo, facilitando o furto.

Desafios e soluções no combate ao crime automotivo

A segurança dos veículos enfrenta o dilema de implementar verificações sem sobrecarregar as redes CAN, um padrão na indústria há décadas.

Embora algumas marcas busquem modernizar essa tecnologia, Tindell acredita que soluções eficazes podem ser alcançadas sem grandes inovações, como o fornecimento de antivírus para veículos militares nos Estados Unidos através de sua empresa, Canis Automotive Labs.

Enquanto isso, a popularização das travas físicas oferece uma defesa tangível contra ataques eletrônicos. Para muitos frotistas, essa medida eficaz é mais atraente do que enfrentar o desafio de combater hackers automotivos.

Assim, o investimento na proteção física das ECUs é visto não apenas como uma solução imediata, mas também como uma precaução de longo prazo contra os crescentes desafios da segurança veicular.

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