Prefeitura de BH vai investigar caso de estupro em escola; envolvidos ‘estão sendo acolhidos’

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Educação, informou que investiga a denúncia de estupro e agressão contra um aluno em uma escola na região do Barreiro. Em coletiva de imprensa, realizada na tarde desta quinta-feira (26), o secretário Bruno Barral disse que o caso deve ser tratado com “cautela”, já que todos os envolvidos são crianças.

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De acordo com Barral, a prefeitura soube do caso no último dia 17, logo depois que a família procurou o hospital para atendimento da vítima. “A partir do momento que tivemos ciência do ocorrido, nós iniciamos um trabalho de apuração dos fatos e acolhimento dos envolvidos. São crianças de 11 e 12 anos de idade, que vivem em uma comunidade vulnerável, então, precisamos ter muito cuidado com a apuração”, pontuou.

Tanto a vítima quanto os suspeitos do estupro estão sendo acolhidos pelo Conselho Tutelar e recebendo atendimento psicológico, de acordo com a PBH. Além disso, a prefeitura ofereceu aos supostos agressores a opção de mudarem de escola durante as investigações. “Por mais que seja um fato grave, eu não posso considerar uma criança de 12 anos marginal ou que não deva conviver em sociedade”, acrescentou.

O menino era acompanhado por uma monitora, que também cuida de outra criança com deficiência na mesma classe. Questionado, o secretário afirmou que “não pode confirmar falha dos funcionários da escola”.

“A criança estava no banheiro. Ela tem microcefalia, mas não precisa de um atendimento individualizado e, por isso, não estava com um acompanhante. No ambiente escolar ele não apresentou nenhum indício de que algo poderia ter ocorrido”, explicou.

A prefeitura diz ainda que não teve acesso ao laudo médico e não pode afirmar se houve ou não abuso sexual. “Estamos tratando como algo pontual, mas isso não tira a gravidade da situação. Todos esses fatos a gente está apurando, inclusive, as narrativas, para que a gente possa manter um ambiente escolar seguro para elas”, completou.

Denúncia

De acordo com a Polícia Militar, o crime ocorreu na Escola Municipal Elói Eraldo Lima no dia 13 de setembro, mas a família só descobriu uma semana depois, momento em que procurou a polícia.

Às autoridades, o pai do garoto, de 45 anos, disse que o menino relatou ter sido atacado na escola. Os colegas o teriam levado a um banheiro, onde foi espancado e estuprado em seguida. A violência teria sido tanta, segundo relatos, que o menino chegou a desmaiar. O garoto foi levada ao Hospital Júlia Kubitschek para ser examinado e teve material biológico colhido.

O responsável disse ainda que se reuniu com a diretoria da escola para tratar o assunto, e que o filho teria identificado os autores. A diretora da instituição disse que procurou a monitora da vítima para saber sobre o comportamento do menino, mas a mulher alegou não ter notado nenhuma mudança.

Questionados, os meninos de 11 e 12 anos inicialmente negaram a participação no estupro, mas depois admitiram a agressão. Os garotos disseram ainda que cometeram os atos pois a vítima “implica e xinga a mãe” de um deles.

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que instaurou inquérito para apurar o caso.

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