O milho que você come é geneticamente modificado: veja as diferenças entre transgênico e nativo

Você conhece a diferença entre milho transgênico e nativo? O cultivo do milho transgênico vem gerado preocupação devido aos seus possíveis efeitos na saúde humana e no meio ambiente. Por isso, sua produção e comercialização vem sendo reguladas em diversos países.

Diversos milhos amarelos um em cima do outro

Conheça a diferença entre milho transgênico e nativo – Foto: Canva/ND

Um caso ocorreu no México, no final de janeiro deste ano, quando a presidente do país, Claudia Sheinbaum Pardo, propôs uma reforma constitucional para modificar os artigos 4 e 27, com o objetivo de proibir o cultivo de milho transgênico e preservar as 64 variedades nativas existentes no país.

Para a presidente, o milho nativo é um patrimônio da cultura mexicana, pois foi domesticado em Mesoamérica a partir do teocintle. Segundo Claudia, essa iniciativa deve garantir a segurança alimentar e proteger a biodiversidade do país.

Mas, qual a diferença entre milho transgênico e nativo?

Para quem não sabe, a diferença entre milho transgênico e nativo são diversas. O milho transgênico é modificado geneticamente para incorporar genes de outros organismos, como bactérias ou vírus, com o objetivo de conferir características específicas, como resistência a pragas e tolerância a herbicidas. Essa tecnologia é amplamente adotada para aumentar a produtividade e reduzir perdas na agricultura industrial.

Pessoa com injenção em milho

Para quem não sabe, a diferença entre milho transgênico e nativo são diversas – Foto: Canva/ND

Por outro lado, o milho nativo é cultivado por meio de métodos tradicionais de melhoramento genético, como cruzamentos naturais e seleção de sementes. Isso permite que variedades locais se adaptem melhor ao clima e ao solo de diferentes regiões, preservando a diversidade genética e garantindo maior resiliência a mudanças ambientais.

Impactos na saúde e no meio ambiente

Agora que você já conhece a diferença entre milho transgênico e nativo, estudos apontam que o consumo de alimentos transgênicos ainda é motivo de debate científico. Segundo um estudo publicada na revista Environmental Sciences Europe indicam que o uso intensivo de herbicidas, pode representar riscos à saúde humana e à biodiversidade.

A IARC (Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer), vinculada à OMS (Organização Mundial da Saúde), classificou o glifosato como “provavelmente cancerígeno” para humanos.

Além disso, um estudo publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry indica que a contaminação cruzada entre culturas transgênicas e nativas pode reduzir a diversidade genética do milho, impactando a segurança alimentar e ameaçando variedades tradicionais.

Milhos dentro de sabugo

Agora que você já conhece a diferença entre milho transgênico e nativo, estudos apontam que o consumo de alimentos transgênicos ainda é motivo de debate científico – Foto: Canva/ND

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