Jornal de 1931 detalha o funeral de Josephina Conte, a “Mulher do Táxi” de Belém

O perfil do Instagram Pará Antigo trouxe à tona uma relíquia histórica: a cobertura jornalística original do falecimento e funeral de Josephina Conte, a jovem que, anos após sua morte, se tornaria a lenda urbana mais famosa de Belém, conhecida como “A Mulher do Táxi”.Josephina faleceu precocemente aos 16 anos, em 16 de agosto de 1931. Dois dias depois, a edição de 18 de agosto do jornal Folha do Norte noticiava seu falecimento e o enterro, ocorrido no dia anterior. O jornal registrou detalhes sobre a cerimônia fúnebre, destacando a comoção da família e amigos.Além disso, nas edições de 22 e 23 de agosto de 1931, o periódico publicou o convite da família anunciando a missa de 7º dia em homenagem à jovem. Os documentos resgatados no vídeo ajudam a contextualizar a história real de Josephina antes de sua transformação no mito que atravessou gerações em Belém.A divulgação desses registros históricos reforça o impacto da figura de Josephina Conte na memória coletiva da cidade e permite revisitar a lenda a partir dos fatos concretos de sua vida e morte. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Pará Antigo – Nostalgia da Belém antiga e Estado do Pará (@paraantigo)O mito da “Mulher do Táxi”O que tornou Josephina Conte uma figura lendária em Belém foi o surgimento, anos depois, de relatos sobre uma misteriosa mulher que pegava táxis à noite, sempre pedindo para ser deixada próximo ao Cemitério de Santa Izabel. Segundo a lenda, ao chegar ao destino, ela desaparecia sem deixar vestígios, assustando motoristas.A história, passada de boca em boca, transformou-se em um fenômeno cultural da cidade, e muitos acreditam que a tal mulher fantasmagórica seria o espírito de Josephina Conte. A conexão entre o mito e a jovem falecida se fortaleceu justamente porque ela foi sepultada no Cemitério de Santa Izabel, onde muitos dos relatos dizem que o suposto fantasma aparecia.A memória viva de Josephina ConteO recente resgate das notícias de época sobre sua morte traz uma nova perspectiva à história de Josephina. Apesar de sua trágica partida precoce, a jovem se tornou parte do folclore urbano de Belém, imortalizada na imaginação popular como um dos maiores mistérios da cidade. Seu nome segue vivo, seja na memória de quem já ouviu sua lenda, seja nos arquivos históricos que agora reaparecem, recontando sua verdadeira trajetória.
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