O que é uma stablecoin e como ela se diferencia do Bitcoin?

stablecoin

As stablecoins são criptomoedas que mantêm um valor fixo em relação a ativos reais, como o dólar. Elas são diferentes do Bitcoin, que tem um valor que muda muito. As stablecoins querem ser mais seguras e previsíveis para quem usa moedas digitais.

O Bitcoin é uma moeda que não é controlada por ninguém. Já as stablecoins estão ligadas a ativos do mercado tradicional. Elas unem a segurança dos ativos tradicionais à facilidade das criptomoedas. Isso ajuda nas transações internacionais e diminui o risco de grandes mudanças de preço.

Hoje, há mais de 100 tipos de stablecoins no mercado. Elas são uma boa opção para quem quer entrar no mundo das criptomoedas, mas quer evitar grandes flutuações de preço.

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O que é uma stablecoin?

Criptomoedas espalhadas sobre tela de cotações.
Imagem: Chinnapong / Shutterstock.com

As stablecoins, também chamadas de Bitcoin estável, são ativos digitais resgatáveis. Elas buscam manter um valor fixo, como o do dólar americano ou do ouro. São criadas para diminuir a volatilidade das criptomoedas, como o Bitcoin.

Tipos de stablecoins

Existem quatro tipos principais de stablecoins:

  • Stablecoins centralizadas, que se baseiam em reservas de ativos reais, como dólares;
  • Stablecoins cripto-colateralizadas, que usam outras criptomoedas como garantia;
  • Stablecoins commodity-colateralizadas, que se baseiam em commodities, como ouro;
  • Stablecoins não-colateralizadas, que usam algoritmos e contratos inteligentes para manter a estabilidade.

Vantagens das stablecoins

As stablecoins têm várias vantagens. Elas oferecem previsibilidade de preços, facilidade de uso, alta liquidez, segurança e transparência. Essas características as tornam atraentes para muitos, especialmente em comparação com criptomoedas voláteis como o Bitcoin.

A natureza volátil do Bitcoin

bitcoin
Imagem: rzoze19 / shutterstock.com

O Bitcoin é famoso por suas mudanças rápidas de preço. Isso acontece porque ele não tem base em ativos reais. Além disso, o mercado de ativo de reserva criptográfico é cheio de especulação.

O que causa a volatilidade do Bitcoin?

Quatro tipos de volatilidade afetam investimentos: volatilidade histórica, volatilidade implícita, volatilidade real e volatilidade cambial. No Bitcoin, a volatilidade histórica é muito alta. Isso mostra as grandes mudanças de preço da moeda virtual estável.

Impactos da volatilidade em investidores

A alta volatilidade do Bitcoin traz grandes riscos para quem investe. Houve vezes em que o preço do Bitcoin caiu mais de 16% em um dia.

Já o Ether, caiu 23% em um dia, seu maior declínio desde 2021. Essas mudanças rápidas podem trazer grandes ganhos ou perdas, tornando difícil usar o Bitcoin como criptomoedas fiduciárias ou ativo de reserva criptográfico.

Comparação com ativos tradicionais

  • A correlação de 30 dias entre o Bitcoin e o índice de ações mundiais MSCI foi menor que 0,20. Isso é raro, pois geralmente essa medida é positiva desde 2020;
  • Fundos negociados em bolsa de Bitcoin à vista nos EUA tiveram suas maiores saídas em cerca de três meses em 2 de agosto;
  • A profundidade de mercado de 1% do Bitcoin nas principais exchanges de criptomoedas diminuiu mais de 40% desde o início de agosto, caindo para US$ 86 milhões.

Esses dados mostram que a volatilidade do Bitcoin é muito maior que a de ativos tradicionais. Isso torna difícil usar o Bitcoin como moeda virtual estável e ativo de reserva criptográfico.

Como as stablecoins funcionam

As stablecoins descentralizadas são uma solução única no mundo das criptomoedas. Elas oferecem estabilidade de valor, diferente das criptomoedas voláteis como o Bitcoin. Funcionam com um ativo de referência, como dólares ou euros.

Para criar uma stablecoin, a empresa precisa ter a mesma quantidade do ativo atrelado em caixa. Isso garante que cada moeda digital seja igual ao ativo de referência. As principais stablecoins descentralizadas, como Tether (USDT) e USD Coin (USDC), seguem esse modelo.

Além disso, existem stablecoins lastreadas em outras criptomoedas. Por exemplo, a DAI é lastreada em Ethereum (ETH) e Bitcoin (BTC). Também há as stablecoins algorítmicas, como a TerraUSD (UST), que usam algoritmos para manter o preço estável.

As stablecoins algorítmicas são mais arriscadas. Elas dependem de algoritmos para manter o valor, sem um ativo tangível garantido.

A transparência é essencial para as moedas digitais lastreadas. Algumas são auditadas regularmente para garantir que as reservas correspondam às moedas em circulação. Isso aumenta a confiança dos usuários.

Além disso, há regulamentos que visam a estabilidade e confiabilidade das criptomoedas estáveis. Esses regulamentos buscam proteger investidores e promover o uso responsável dessa tecnologia.

Diferenças entre stablecoins e Bitcoin

As stablecoins e o Bitcoin são muito diferentes. O Bitcoin é conhecido por ser volátil. Já as stablecoins são estáveis.

Estabilidade de preços

Uma grande diferença é a estabilidade de preços. As stablecoins têm um preço mais estável, ligado a moedas fiduciárias. Elas usam um mecanismo de ancoragem para manter essa paridade.

O Bitcoin, por outro lado, sofre grandes flutuações de preço. Isso o torna mais adequado como investimento do que como meio de pagamento.

Uso como meio de pagamento

As stablecoins são mais estáveis, o que as torna ideais para pagamentos diários. Elas são mais confiáveis para quem compra e vende online. O Bitcoin, por sua vez, é mais visto como um investimento.

Adoção no mercado financeiro

O mercado financeiro aceita mais as stablecoins do que o Bitcoin. Isso se deve à sua estabilidade. Elas são mais fáceis de usar em transações e remessas internacionais.

Além disso, a regulamentação das stablecoins está ajudando na sua adoção. Elas estão se tornando mais aceitas no sistema financeiro tradicional.

Em resumo, stablecoins e Bitcoin são diferentes em estabilidade, uso e aceitação no mercado. As stablecoins são mais estáveis e confiáveis para transações e aplicações financeiras.

Exemplos populares de stablecoins

No mundo das criptomoedas fiduciárias, algumas moedas virtuais estáveis são muito procuradas. Tether (USDT), USD Coin (USDC) e DAI são exemplos. Eles são vistos como ativos de reserva criptográficos seguros para transações e proteção contra flutuações do mercado.

Tether (USDT)

O Tether (USDT) foi o primeiro stablecoin lançado, em 2014. É ligado ao dólar americano, garantindo preço estável para quem usa.

USD Coin (USDC)

A USD Coin (USDC) é do consórcio Centre e também está ligada ao dólar. É conhecida por sua transparência e seguir as leis, com auditorias regulares.

DAI

A DAI é uma stablecoin sem um centro, criada pelo MakerDAO. Ela usa uma reserva de outras criptomoedas, tornando-se um ativo de reserva criptográfico importante no DeFi.

Essas moedas virtuais estáveis são essenciais no mercado de criptomoedas fiduciárias. Elas ajudam a tornar as transações mais seguras e estáveis. Além disso, servem como um refúgio contra a volatilidade do Bitcoin e outras criptomoedas.

Segurança em transações com stablecoins

As stablecoins, ou criptomoedas estáveis, são uma boa opção para quem busca estabilidade. Elas são mais seguras que moedas digitais tradicionais, como o Bitcoin. Mas é crucial entender os riscos que elas trazem.

Riscos associados

Um grande risco das stablecoins é a confiança no emissor. Se o emissor não for transparente ou não manter o lastro, o valor da stablecoin pode flutuar.

Medidas de segurança

  • Auditorias regulares e transparência nas reservas de ativos que lastreiam a stablecoin;
  • Adoção de protocolos e tecnologias robustas para garantir a segurança das transações;
  • Implementação de regulamentações e controles que protejam os usuários.

Comparação com Bitcoin em termos de segurança

As stablecoins podem ser menos voláteis que o Bitcoin. Mas a segurança delas depende da confiança no emissor e no lastro. O Bitcoin, por outro lado, é seguro graças à blockchain, sem a necessidade de um emissor central.

Investir em stablecoins envolve riscos. É essencial conhecer esses riscos e tomar medidas para proteger seus ativos digitais.

A relação entre stablecoins e DeFi

As stablecoins são ativos digitais com preços estáveis. Elas são essenciais no mundo das Finanças Descentralizadas (DeFi). Essas moedas são baseadas em ativos reais, como moedas do mundo, e ajudam a tornar o DeFi mais estável e líquido.

A importância no ecossistema DeFi

Stablecoins, como o USDC (USD Coin) e o DAI, são muito usados no DeFi. Eles ajudam em empréstimos, trading e yield farming. Isso permite a criação de novos produtos financeiros, impulsionando a inovação.

Utilização em plataformas financeiras

As stablecoins são usadas para pagamentos, para dar liquidez em pools e para ganhar recompensas. Elas facilitam a transferência de dinheiro entre governos e organizações internacionais. Isso aumenta a inclusão financeira.

O crescimento das stablecoins na DeFi

O uso das stablecoins no DeFi cresceu muito. O DAI, por exemplo, é uma stablecoin baseada em Ethereum e é muito importante no DeFi. Essa expansão mostra a demanda por Bitcoin estável e outros ativos digitais resgatáveis que dão estabilidade no mercado cripto.

Stablecoin Capitalização de Mercado (18/08/2022) Ranking por Capitalização
USDT (Tether) $67,3 bilhões
USDC (USD Coin) $54,5 bilhões
DAI $6,7 bilhões 15º

As stablecoins são essenciais no DeFi. Elas oferecem estabilidade e liquidez, essenciais para a inovação e crescimento do setor.

Como investir em stablecoins

As stablecoins, ou criptomoedas fiduciárias, estão se tornando mais populares. Elas oferecem estabilidade e segurança no mercado cripto. São baseadas em ativos reais, como o dólar americano, e são uma boa opção para quem quer evitar a volatilidade do Bitcoin.

Passo a passo para adquirir stablecoins

  1. Abra uma conta em uma exchange de criptomoedas fiduciárias confiável;
  2. Transfira fundos para sua conta, geralmente utilizando transferência bancária ou cartão de crédito/débito;
  3. Navegue no menu da exchange e selecione a opção de compra da moeda virtual estável desejada, como Tether (USDT), USD Coin (USDC) ou Binance USD (BUSD);
  4. Confirme a transação e aguarde a conclusão da compra.

Armazenamento seguro

Manter suas stablecoins em um lugar seguro é crucial. Existem duas opções principais:

  • Wallets digitais: São aplicativos ou plataformas online que permitem armazenar e gerenciar suas criptomoedas fiduciárias;
  • Hardware wallets: Dispositivos físicos dedicados ao armazenamento seguro de ativos de reserva criptográficos, incluindo moedas virtuais estáveis.

Estratégias de investimento

As stablecoins podem ser usadas em várias estratégias de investimento:

  1. Como refúgio durante períodos de alta volatilidade no mercado de criptomoedas fiduciárias;
  2. Para arbitragem entre diferentes exchanges, aproveitando pequenas diferenças de preço;
  3. Para participar de protocolos DeFi que oferecem rendimentos sobre moedas virtuais estáveis.

Investir em stablecoins requer entender seus objetivos. É importante avaliar a volatilidade, diversificar os investimentos e considerar o seu perfil de risco.

O futuro das stablecoins e Bitcoin

O futuro das stablecoins descentralizadas e do Bitcoin mostra um crescimento. Elas e o Bitcoin estarão mais presentes no mundo financeiro. Novas tecnologias e tendências estão mudando o jogo das criptomoedas estáveis e das moedas digitais lastreadas.

Tendências e previsões de mercado

As stablecoins estão ganhando espaço em pagamentos internacionais e no comércio eletrônico. Isso acontece porque elas oferecem preços mais estáveis do que o Bitcoin. Além disso, estão sendo integradas com sistemas de pagamento tradicionais, o que pode aumentar seu uso.

Regulações emergentes

Com o crescimento das stablecoins, novas leis estão sendo criadas. Elas buscam garantir transparência e segurança nessas moedas digitais lastreadas. Essas leis querem manter a confiança no mundo das criptomoedas estáveis.

Inovações tecnológicas

As inovações estão trazendo avanços importantes. Por exemplo, o surgimento de stablecoins algorítmicas e a união com sistemas de pagamento tradicionais. Essas inovações podem mudar o jogo das criptomoedas, tornando-as mais eficientes, líquidas e seguras.

Com essas mudanças, as stablecoins e o Bitcoin terão um papel maior no futuro financeiro.

Uso de stablecoins para remessas

As stablecoins, ou tokens criptográficos lastreados, são ótimas para remessas internacionais. Elas são ativos digitais resgatáveis e têm estabilidade de preços. Isso as torna uma boa opção para transações entre países.

Em países em desenvolvimento, as stablecoins são muito usadas. Isso acontece porque ajudam a lidar com a instabilidade das moedas locais. Elas são rápidas, baratas e fáceis de usar, o que as torna atraentes.

Comparadas com os serviços tradicionais, as stablecoins são mais rápidas e baratas. Isso é ótimo para transferências pequenas. Elas ajudam a democratizar o acesso a serviços financeiros internacionais.

Serviço de Remessa Tradicional Remessas com Stablecoins
Tarifas elevadas, especialmente para pequenas quantias Taxas de transação mais baixas
Longos prazos de transferência Transferências rápidas, em questão de minutos
Acesso limitado a serviços financeiros internacionais Maior acessibilidade a serviços financeiros globais

As stablecoins estão crescendo em popularidade. Elas prometem melhorar a eficiência e inclusão financeira nas remessas internacionais. Isso é especialmente verdade em países em desenvolvimento.

Stablecoins e instituições financeiras

As criptomoedas fiduciárias, também chamadas de moedas virtuais estáveis ou ativos de reserva criptográficos, estão se tornando mais populares. Elas estão sendo aceitas pelo sistema bancário tradicional. Isso mostra que as instituições financeiras estão explorando essas moedas para melhorar as transações.

Parcerias entre bancos e empresas de criptomoedas estão crescendo. Elas visam integrar as stablecoins em serviços financeiros tradicionais. Isso melhora a eficiência das transações, tornando-as mais rápidas e baratas, especialmente em transações internacionais.

Aceitação no sistema bancário

Recentemente, a Tether (USDT) teve um volume de negociação de $6,5 trilhões. Isso é quase três vezes o volume do Bitcoin, que foi de $2,2 trilhões. No Brasil, o volume de operações com Tether foi de R$16,6 bilhões em setembro. Isso é mais de cinco vezes o volume de negociação do Bitcoin, que foi de R$3,1 bilhões no mesmo período.

Parcerias entre bancos e empresas de cripto

Instituições financeiras, como o Bradesco, têm uma grande rede de correspondentes bancários. Isso ajuda a reduzir os custos de transferências internacionais. Muitas transações podem ser feitas de forma instantânea, sem a necessidade de intermediários adicionais.

Além disso, o Swift fez um piloto em novembro com a UBS Asset e a Chainlink. Eles integraram a blockchain à infraestrutura de mensageria do Swift.

Impacto na eficiência das transações

O uso de stablecoins pode tornar as transferências mais rápidas e baratas. Por exemplo, comprar stablecoins custa apenas 0,25% a 1% em taxas de plataforma. Isso é muito menos do que as taxas de câmbio tradicionais, que podem chegar a 1,1% de IOF e taxas adicionais de 0,5% a 2%.

No entanto, a falta de clareza regulatória ainda é um grande obstáculo. É necessário ter regulações claras para que as instituições financeiras possam usar as stablecoins de forma segura.

O papel da comunidade na aceitação de stablecoins

A comunidade é essencial para o sucesso das stablecoins. O feedback dos usuários ajuda a melhorar essas criptomoedas estáveis. Investidores também aumentam a liquidez e a adoção dessas moedas digitais lastreadas.

É importante educar sobre stablecoins para que elas sejam bem aceitas. Compreender seus benefícios e riscos ajuda a impulsionar o crescimento do ecossistema.

Feedback dos usuários

O feedback dos usuários é vital para o desenvolvimento das stablecoins. Empresas devem ouvir a comunidade para melhorar segurança e usabilidade.

Comunidades de investidores

Investidores são chave para a adoção das stablecoins. Eles promovem discussão e troca de informações, aumentando a confiança no mercado.

Educação e conscientização sobre stablecoins

É crucial educar sobre stablecoins para seu uso responsável. Iniciativas de educação financeira são essenciais para promover a adoção.

Considerações finais sobre stablecoins e Bitcoin

As stablecoins e o Bitcoin têm características únicas. Elas atuam de maneiras diferentes no mundo das criptomoedas. O Bitcoin é visto como um “ouro digital” e reserva de valor. Já as stablecoins são estáveis e fáceis de usar para transações diárias.

Resumo das diferenças

A grande diferença é a volatilidade de preços. O Bitcoin tem preços que mudam muito. Por outro lado, as stablecoins são projetadas para serem estáveis, como o dólar americano.

Isso as torna ideais para pagamentos, remessas internacionais e serviços financeiros tradicionais.

Visão sobre o futuro das duas formas de criptomoeda

Criptomoedas em 2025
Imagem: CMP_NZ / Shutterstock

O futuro mostra que stablecoins e Bitcoin vão coexistir. O Bitcoin continuará sendo uma reserva de valor. As stablecoins, por sua vez, facilitarão transações e integração financeira.

Reflexões sobre riscos e oportunidades

É crucial estar atento aos riscos das criptomoedas. Para stablecoins, os desafios incluem regulamentações e confiança nos emissores. O Bitcoin enfrenta questões de escalabilidade e volatilidade.

Porém, as oportunidades são grandes. Elas incluem maior inclusão financeira, transações globais mais eficientes e avanços tecnológicos.

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