Nomofobia: saiba tudo sobre o vício ao celular e como evitar

A nomofobia é uma condição cada vez mais comum, mas que pouca gente conhece. Reconhecida desde 2018 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), se trata de uma doença psicológica caracterizada pelo medo irracional de ficar sem celular ou qualquer aparelho eletrônico com acesso à internet. Alimentada pelo uso excessivo de redes sociais, a condição pode desencadear ansiedade, irritação e até crise de pânico, afetando o sono, comprometendo a concentração e os vínculos sociais.Com a popularização das redes sociais, no início da década atual, os seres humanos têm mantido cada vez mais as conexões interpessoais através da internet. De acordo com a psicóloga Joelma Martins, a Nomofobia está estreitamente relacionada a impossibilidade de manutenção dessas relações no ambiente digital, causando uma série de sensações físicas e psicológicas devido ao medo crescente do isolamento momentâneo.Leia mais:Vídeo: celular explode em bolso de passageira em GuarapariCelulares podem explodir? Veja os riscos e como evitarUso excessivo do celular: veja os malefícios e como prevenir“Na nomofobia, quando a pessoa fica sem o celular e o acesso à internet, a preocupação dela aumenta bastante, podendo ter taquicardia, sudorese, tremores e até falta de ar, como se fosse uma ansiedade. Já as reações psicológicas são de estresse, ansiedade, síndrome do pânico, tudo isso porque está inapto às conexões digitais. Muitas vezes não é somente não estar com o aparelho, mas uma bateria descarregada, falta de conexão com a internet desencadeia esses sentimentos”, afirma a neuropsicóloga.A sensação de angústia causada pela ausência das telas é um dos principais alertas relacionados à doença. Outro indicativo tem a ver com a qualidade do sono. Pessoas que abdicam do seu momento de descanso para estar no ambiente online estão propensas a desenvolver essa condição. Além disso, o uso disfuncional dos aplicativos móveis também é um aviso de dependência.Quer ler mais notícias do Pará? Acesse o nosso canal no WhatsApp!“A pessoa sente uma angústia, uma sensação de incapacidade de viver sem isso. O celular é apenas uma ferramenta super importante no nosso dia a dia. Mas se a pessoa começa a fazer um uso disfuncional pelo excesso, trocando as atividades do trabalho, escola, família, tudo para estar conectada ao celular, é alarmante. Outro ponto é quando você perde muito tempo nas telas e não dorme. O sono é vital para a saúde, para o funcionamento do cérebro e trocar isso por telas é um grande alerta”, aponta Joelma Martins.O auxílio para superação desse quadro passa pela própria percepção e o esforço para quebrar o ciclo de dependência digital. Em casos mais alarmantes, como a incapacidade de aderir a atividades offline, é necessário buscar ajuda psicológica para entender o motivo do vínculo nocivo com os dispositivos móveis.“A partir do momento que você percebe essas sensações de desconforto e nervosismo, você pode tentar modificar seu comportamento, verificar a quantidade de horas de uso para fazer um detox digital, buscar outras atividades prazerosas, como trocar o celular por um livro, praticar atividades físicas, ter relacionamentos com a família e amigos. É importante também que você busque ajuda profissional porque quando você tem autoconhecimento dos seus limites você pode ter equilíbrio na vida”, recomendou a especialista.
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