Edifício Maletta: de resistência política a reduto boêmio de BH

Fundado em 1961, o Edifício Arcângelo Maletta é conhecido como centro de boemia e discussão política há mais de 50 anos. Situado bem no cruzamento entre a rua da Bahia e a avenida Augusto de Lima, o prédio é testemunha de momentos marcantes da história da sociedade mineira.

Com 19 andares na área comercial e 31 no espaço residencial, o Maletta tem 319 apartamentos, 642 salas, 72 lojas e 74 sobrelojas. A área residencial do conjunto tem cerca de 1.300 moradores e abriga estudantes organizados em repúblicas, famílias com crianças e idosos.

Além do movimento dos moradores, os corredores do Edifício Maletta fervilham durante a noite com o vai e vem de jovens que frequentam os bares do edifício.

O conjunto também recebe diariamente mais de 5 mil frequentadores, que buscam serviços de advocacia, costureira, relojoeiro, entre outros. Por lá também sempre se encontra alguém procurando comprar discos usados em sebos ou roupas em brechó.

A construção do Maletta ficou conhecida por ser o lar da primeira escada rolante de BH. Em conversa com o BHAZ, o historiador e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Liszt Vianna, conta que, para além da inovação, o prédio tem valor sociocultural. “O espaço é mais notabilizado pela ocupação dele, pela integração com a cidade e com os eventos políticos e sociais que aconteceram por lá”.

O professor relembra que as paredes do Maletta já foram cenário de resistência contra a ditadura que se instaurou no Brasil em 1964. Desde então, o prédio foi palco de manifestações políticas e ponto de encontro de todo o tipo de gente que procurava lazer na capital mineira.

Grande Hotel

Fachada do Grande Hotel em 1930 (Reprodução/Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte)

Para compreender melhor como o Maletta chegou até aqui, é necessário voltar algumas décadas no tempo. Mais especificamente no ano de 1918, quando o italiano Arcângelo Maletta comprou por 300 contos de réis o Grande Hotel e iniciou suas atividades em Belo Horizonte.

O hotel funcionava na rua da Bahia, 1.136, esquina com avenida Paraopeba, atual avenida Augusto de Lima, e, por lá, passaram importantes figuras da cultura mineira, como o escritor Carlos Drummond de Andrade e o modernista Emílio Moura.

Arcângelo Maletta nasceu na região da Calábria, na Itália, em 18 de novembro de 1875, filho de Vicente e Theresa Maletta. Ele chegou ao Brasil aos 14 anos, com outros imigrantes, para trabalhar na cultura do café, em São Paulo, e naturalizou-se brasileiro com o tempo.

Mudou-se para a cidade de Queluz de Minas, região que originou 23 cidades mineiras, onde trabalhou em um hotel e adquiriu conhecimentos do setor. Maletta administrou o Grande Hotel até 1953, ano de sua morte.

Depois, o prédio foi vendido à Cia de Empreendimentos Gerais, que o demoliu em 1957 e iniciou a construção do Conjunto Arcângelo Maletta, em homenagem ao último dono do hotel.

BH Boêmia

Na busca por entender mais sobre a vida que circula no Edifício Maletta, o BHAZ conversou com o síndico do conjunto e ator Amauri Reis, de 64 anos. Sentado em seu escritório, que tem até uma miniatura do edifício disposta em uma das mesas, ele relembra o início da carreira, que se entrelaça com a história do prédio em que trabalha até hoje.

Amauri Reis narra sua história com o Edifício Maletta (Isabella Guasti/BHAZ)

“Eu começo a me apaixonar pelo Maletta em 1979. E eu achava uma loucura isso daqui. Em 79, eu resolvi fazer teatro e as pessoas frequentavam o Maletta. A gente saía da aula e vinha pra cá, porque era um centro de referência da cultura. A Cantina do Lucas era o bar onde todos os grandes artistas vinham depois do espetáculo. Então, a gente vinha para ver os grandes artistas”.

Desde a edificação, os bares do conjunto se integraram à vida cultural da cidade. A Cantina do Lucas, por exemplo, aberta desde 1962, foi frequentada por escritores e músicos como Murilo Rubião, Nivaldo Ornelas, Wagner Tiso e Milton Nascimento. Outra que sempre era vista nos ‘inferninhos’ do Maletta era a mineira Clara Nunes.

O bar é tombado pelo Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura e teve como funcionário Olympio Perez Munhoz, conhecido como Seo Olympio, imortalizado no Guinness Book por ser o garçom que permaneceu por mais tempo em atividade no Brasil.

“A Cantina do Lucas tem uma história incrível, porque é um centro de resistência política também. Então, o Maletta tem essa característica política também. É uma loucura, uma diversidade doida, isso aqui. É sensacional, isso aqui. É meu amor, isso aqui”, afirma o gestor do condomínio.

“O Maletta serviu de palco para resistência política. A ditadura fez do Maletta um lugar de resistência e de luta. Muitas pessoas, denominadas sob a alcunha de esquerda, frequentavam a galeria”, escrevem os pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Oscar Palma Lima, José Vitor Palhares, Alexandre de Pádua Carrieri e Marilon Emanoel Vasconcelos em artigo publicado na revista Gestão e Conexões da Universidade Federal do Espírito Santo.

Maquete do Edifício Maletta
(Isabella Guasti/BHAZ)

Nas décadas de 1960 e 1980, o edifício reuniu escritores, jornalistas, intelectuais, atores e estudantes. Nos anos 1990, passou a ser alvo de “turismo de ocasião”, recebendo visitas de casais da periferia, figuras boêmias e viajantes.

“Desciam pessoas de todo tipo, de todos os gêneros no Maletta. Tinha travesti, tinha puta. E aquilo era muito novo para mim, porque eu vim de Venda Nova, um menino meio bobo. E eu achava aquilo sensacional, porque era um mundo que estava se abrindo para mim”.

“Outra coisa legal é que às 10h [da noite] o Maletta apagava a luz e virava uma bagunça, uma coisa boa. Era uma desorganização organizada. Sempre foi. O Maletta começava com o Lucas, que era top, e ia descendo os bares até chegar em um muquifo. E a gente começava aqui e terminava no muquifo. Era sensacional!”.

Numa mudança de perfil, o edifício “passa a abrigar parte da vida boêmia do centro da cidade com seus cantores, artistas, outros intelectuais, homossexuais, garotas de programa, etc. A diversidade da cidade se
encontrava naqueles espaços, localizando na cidade a vida boêmia de Belo Horizonte, ou pelo menos parte dela”, completa o artigo.

Novos tempos do Edifício Maletta

Depois de anos frequentando o edifício, Amauri decidiu se mudar para o Maletta no ano de 1995.

O síndico comenta que o Maletta passou a ser lar de famílias, crianças e idosos – cenário mais afastado do que se estabeleceu nos anos 60 e 70. Ele afirma que a localização do prédio foi um fator crucial para a mudança. “É um lugar excelente para morar. Essa região não tem assalto, não tem nada. Você anda aqui a noite inteira. Tudo tem aqui perto: farmácia, banco, supermercado”.

Mesmo com os novos habitantes, Amauri garante que a diversidade permanece no Maletta: “a gente recebe qualquer pessoa, todos são bem-vindos”.

Quem é o Maletta?

Foto do Edifício Arcângelo Maletta
(Isabella Guasti/BHAZ)

Hoje existem no mesmo edifício diferentes versões do mesmo Maletta: durante o dia, lojas e restaurantes oferecem serviços cotidianos; à noite, os bares predominam.

“São 642 salas e nessas salas tem de tudo. Tem dentista, psicólogo, advogado, tudo! Essa mistura que o Maletta te proporciona, acho que é uma das coisas mais incríveis. Brechó? Tem! Sebo de discos usados? Tem! Casa de mágica? Tem! É um lugar doido. Doido de bom.”, diz Amauri.

O síndico comenta que em seus treze anos atuando no local, fez mudanças voltadas para a manutenção do local. Os elevadores foram trocados, a fachada foi revitalizada e a parte interna do prédio foi pintada. No entanto, ele afirma ter o sonho de deixar o edifício ainda melhor.

Para ele, o Maletta é casa de todos. “Que as pessoas venham com muito respeito aqui para dentro, que elas sempre serão bem-vindas. Que elas cuidem do Maletta como a casa delas. Isso aqui está de portas abertas para qualquer pessoa que venha com respeito”, finaliza.

Maletta protegido

Em 2024, administração do condomínio foi multada por uma obra irregular no hall de entrada do edifício. As modificações estavam sendo feitas na portaria da Avenida Augusto de Lima.

De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a reforma não foi aprovada pelos órgãos de proteção municipais. “O Edifício Maletta pertence ao Conjunto Urbano Rua da Bahia e Adjacências, protegido pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte – CDPCM-BH. Nesse sentido, qualquer intervenção deve ser previamente aprovada pelo CDPCM-BH e pela Diretoria de Patrimônio Cultural – DIPC”, informou em nota.

“As obras que ocorreram no Edifício Maletta foram embargadas em função da necessidade de sua aprovação pelo Órgão de Proteção do Patrimônio Cultural, uma vez que o imóvel encontra-se inserido em conjunto urbano protegido e havia alterações na fachada”.

Após a paralisação da reforma, a gestão do Maletta procurou a PBH e a questão foi resolvida com a apresentação do projeto, que foi aprovado pelo CDPCM-BH. 

Ainda conforme a PBH, o edifício “possui segundo grau de proteção (Registro Histórico Documental) solicitado”. Isso quer dizer que o processo para formalização do registro ainda está em andamento.

“O Registro Histórico Documental é um instrumento de proteção que recai sobre edificações com valor histórico-urbanístico, mas que, isoladamente, não apresentam características capazes de justificar seu tombamento”, explica o executivo. 

O que fazer no Maletta?

Conhecido como centro da boêmia e discussão política há mais de 50 anos, o conjunto fervilha com a movimentação de visitantes até hoje.

Por lá, as pessoas podem encontrar desde serviços de advocacia durante o dia até bares para aproveitar com os amigos a noite. As opções de barzinhos são extensas e atendem todos os públicos: tem bar copo sujo que serve torresmo crocante e tem também lugares alternativos com comida vegana no cardápio.

Quer saber quais os melhores bares e demais points para frequentar no Maletta? O BHAZ te conta!

Cantina do Lucas

Cantina do Lucas fica no Edifício Maletta
Bar é dos mais tradicionais de Belo Horizonte (Asafe Alcântara/BHAZ)

A Cantina do Lucas é um dos pontos mais tradicionais de Belo Horizonte. Inaugurado em 1962, no térreo do tradicional Edifício Arcangelo Maletta, é um dos bares com mais histórias da cidade. O restaurante (ou será bar?) já trocou de proprietário algumas vezes, mas a tradição e as receitas seguem intactas, passando por gerações. Pela importância do lugar, virou patrimônio cultural da capital mineira em dezembro de 1997.

No cardápio, idêntico ao da Casa dos Contos, por serem dos mesmos donos, vários pratos elogiados. O mais tradicional deles é o Filé Surprise (arroz à piamontese acompanhado de batata frita, banana à milanesa, dois ovos fritos e, claro, filé a milanesa recheado com presunto e muçarela). A porção serve tranquilamente três pessoas. O preço: R$ 169,90.

Carlos Ferreira Neto, gerente do bar, trabalha no local há mais de 20 anos. Ao BHAZ, ele conta o motivo de tanto sucesso do estabelecimento. “Um dos motivos é o local privilegiado, sempre esteve aqui no Maletta. Também temos muito cuidado na preparação dos pratos e com o atendimento aos clientes”.

Cardápio da Cantina do Lucas

BHAZ separou alguns pratos e bebidas para você escolher o que consumir na Cantina do Lucas (os preços são de fevereiro de 2025).

  • Filé à Piamontese – R$ 82,90
    Filé grelhado, arroz à piamontese, batata corada e bacon.
  • Filé à Parmegiana – R$ 97,90
    Filé à milanesa, molho ao sugo, muçarela, purê de batatas e arroz branco.
  • Medalhão à Moda – R$ 157,90
    Medalhões com bacon, arroz à moda e batata corada.
  • Tourneados do Chef – R$ 98,90
    Filé grelhado, molho rôti, arroz oriental e brócolis com alho frito.
  • Costelinha à mineira – R$ 115,90
    Costelinha frita, tutu de feijão, torresmo, ovo cozindo, linguiça, arroz branco e couve.
  • Peito de Frango com legumes – R$ 103,90
    Peito de frango grelhado, brócolis, couve-flor, cenoura, chuchu, palmito e ervilha na manteiga.

Graffica Gastrobar

Graffica é um dos bares da varanda do Maletta
(Reprodução/Facebook)

Não se apaixonar pelo Graffica Gastrobar depois de tomar bons drinks e comer um petisco na varanda do Edifício Maletta, reunião de bares e restaurantes, é uma missão quase impossível. A gráfica que virou um bar encanta turistas e moradores da capital mineira desde 2016.

Hoje o lugar chama a atenção por sua singularidade. As lojas 8 e 9 do Maletta, no Centro de BH, recebem os clientes em um ambiente pouco convencional. As mesas do bar são feitas de gavetas tipográficas dos anos 50. As paredes são cobertas com chapas de impressão. E tem até uma máquina de impressão que era usada no estabelecimento e funciona até hoje!

Isso porque a proprietária do lugar, Marilda Ribeiro, tinha uma gráfica antes de abrir o bar. “Eu fechei a gráfica, mas não tive coragem de me desfazer de nada”, conta ela em entrevista ao BHAZ. Foi aí que ela decidiu adaptar os equipamentos para o serviço no estabelecimento como bar.

Cardápio do Gráffica

A empresária conta que o cardápio do Gráffica bar foi pensado para atender públicos diversos. “No meu cardápio tem de tudo. Tem comida fit, vegana, vegetariana, low carb ou com gordura. Tem tudo!”. O BHAZ separou alguns pratos e bebidas para você escolher o que consumir no Graffica Gastrobar (os preços são de janeiro de 2023).

  • Batata Graffica – R$ 52,00
    Batata palito com cheddar carne desfiada, sour cream e picles.
  • Costelas Texanas – R$ 79,00
    Costelas defumadas ao molho barbecue, mussarela e batatas.
  • Terra Frita – R$ 39,90
    Batata ou mandioca macia e suculentaCom acompanhamento de dois molhos: barbecue e maionese caseira.
  • Carne de Panela ao Vinho – R$ 65,00
    Peito bovino macio que derrete na boca.
  • Fígado com jiló – R$ 89,90
    Fatias de fígado bovino acebolado com tirinhas de jiló.
  • Linguiça Vegana
    Calabresa de grão de bico acebolada levemente defumada.
  • Almôndegas Recheadas ao Molho Putanesca
    Almôndegas feito à base de soja, (não contém glúten, gordura trans e colesterol) ao molho a putanesca e fatias de pão fermentação natural.

Xis Prime Burguer

Xis é uma hamburgueria do Maletta
(Xis Prime/Divulgação)

Já imaginou provar um autêntico sanduíche gaúcho no Centro de BH? Uma opção depois de você tomar umas cervejas nos bares do Maletta é o Xis Prime Burguer. Aberto desde 2017, foi fundado por um casal apaixonado por hambúrgeres. Leandro Bastos, um dos proprietários do lugar, é mineiro e conta que a inspiração para abrir o lugar veio da terra da esposa, Silvia Almeida, que nasceu no Rio Grande do Sul.

O nome do restaurante, “Xis”, foi pensado para remeter aos sanduíches famosos no Sul do país. Se você não sabe o que é um xis, a gente te explica: o sanduíche é famoso pelo tamanho avantajado. Montado em um pão de cerca de 18 cm de diâmetro, o xis impressiona quem come pela primeira vez. Ele também é prensado, o que facilita na hora do consumo.

Mesmo sendo um produto de origem gaúcha, Leandro garante que o xis está fazendo sucesso entre os mineiros.

O empresário também explica que a escolha do Maletta para abrigar seu negócio não foi por acaso. Ele afirma que levou em conta a história do lugar e a localização no centro da cidade. “Além disso, é acolhedor, de fácil acesso e tem bastante diversidade”, diz.

E não só de xis vivem os gaúchos – o restaurante também serve os pratos clássicos amados pelos mineiros, como a porção de contra filé com fritas e pastelzinho de queijo frito.

Cardápio do Xis Prime

BHAZ separou alguns pratos e bebidas para você escolher o que consumir na Cantina do Lucas (os preços são de fevereiro de 2025).

  • Xis Bah Tchê! – R$ 44,90
    Pão de 150g, 160g de hambúrguer, 50g de bacon, 50g de coração, 50g de frango em cubos, catupiry, ovo, milho, ervilha, tomate e molho especial prime.
  • Xis Uai Sô – R$ 43,90
    Pão de 150g, 130g de contra filé, ovo, muçarela, milho, ervilha, tomate e molho especial prime.
  • Xis Barbaridade – R$ 36,90
    Pão de 150g, 140g de coração, ovo, muçarela, milho, ervilha, tomate e molho especial prime.
  • Xis Uai Tchê – R$ 63,90
    Pão de 150g, Carne de porco desfiada, bacon, muçarela, abacaxi, cebola, barbecue, milho, ervilha, tomate e molho especial prime.

Xambar

(Xis Prime/Divulgação)

O Xambar oferece um ambiente aconchegante e agradável, com destaque para os tira gostos, hambúrgueres e cervejas. Um dos maiores sucesso sé o pastel de angu, amado pelos mineiros. Tem também cervejas e drinks. O bar funciona de sempre de terça a sábado, das 17h à meia-noite.

Além disso, o bar conta com um espaço de karaokê, ideal para festas com amigos, decorado com temática musical que inclui discos de vinil e quadros de cantores, proporcionando uma atmosfera nostálgica e divertida. A área é reservada e climatizada.

Reservas para comemorações podem ser feitas pelo telefone (31) 99410-8635.

Cardápio do Xambar

Veja os valores das refeições no Feijão Restaurante (os preços são de fevereiro de 2025).

  • Porção de filé mignon (200 gramas) – R$ 44,9
  • Porção de picanha (200 gramas) – de R$ 46,9
  • Porção de contra filé com fritas ou mandioca (800 gramas) – R$ 88,9
  • Porção de tilápia com fritas ou mandioca (600 gramas) – R$ 89,9
  • Fritas com ou sem queijo (400 gramas) – R$ 44,9
  • Queijo coalho (espeto) – R$ 16,9

Feijão

(Feijão/Divulgação)

Visitar o Feijão Restaurante é garantia de comida gostosa com preço justo. Com uma varanda charmosa que oferece vista para a Avenida Augusto de Lima, o restaurante proporciona um ambiente acolhedor para os clientes. O local funciona de segunda a quinta-feira, das 11h às 14h30, e às sextas e sábados, das 11h às 23h.

O Feijão é conhecido por servir comida simples, caseira e saborosa. O almoço é oferecido no sistema self-service sem balança, incluindo uma opção de carne e alternativas veganas e vegetarianas diariamente. O cardápio varia de pratos tradicionais, como rabada, a opções como quibe vegano, atendendo a diversos paladares. Além disso, o restaurante oferece café com rapadura e suco gratuitamente aos clientes.

Às sextas e sábados, o serviço de almoço emenda com boteco, incluindo cerveja gelada e tira gostos variados.

Cardápio do Feijão

Veja os valores das refeições no Feijão Restaurante (os preços são de fevereiro de 2025).

  • Self-service sem balança com 1 proteína (seg à sex) – R$ 22
  • Prato feito (sábado e feriados) – de R$ 23 a R$ 28
  • Porções diversas – de R$ 28 a R$ 49

CO.BRE

(Divulgação/CO.BRE)

Nem só de bares vive o Edifício Maletta. Para quem ama garimpar blusinhas, o CO.BRE é o lugar certo! Comercializar roupas de qualidade por um preço justo e apoiar a moda sustentável é a missão esse estabelecimento.

CO.BRE é sigla para cooperativa de brechós, como explica Cláudia Soares, uma das empresárias que gerencia a loja. A loja abriga três brechós diferentes, mas com identidades similares: o Escândalo Brechó, o Xuxu Beleza e o Abigail Brechó. Cada marca é administrada por uma das sócias do local.

Cláudia diz que as empreendedoras já eram amigas e amavam garimpar mesmo antes da loja. “Todo mundo já era ‘piolho de brechó’ e depois passou a vender, nessa perspectiva de consumo sustentável. Há muito tempo eu já consumo brechó e agora trabalho com brechó”.

Ela atuou durante anos como professora, mas sempre teve o desejo de trabalhar com moda. Foi então que em 2020 ela abriu seu brechó de forma online e viu que o negócio deu certo.

Ainda em 2020, ela e suas amigas começaram a fazer parte da feira de brechós, que acontece até hoje no Maletta. O sucesso das vendas presenciais impulsionou as empreendedoras a se juntarem para montar uma loja que os clientes pudessem visitar pessoalmente para conferir os produtos. Foi assim que nasceu a CO.BRE.

Para Cláudia, ter um espaço físico para receber os clientes trouxe vantagens para as vendas. “O espaço físico, principalmente para esse ramo de vestuário, é muto importante para a pessoa ter segurança de que aquela peça vai vestir o seu corpo”.

Um dos atrativos para os clientes é a qualidade das peças encontradas por lá. “Nós temos hoje peças com mais de 25 anos e o que mais deixa a gente impressionada é que quando a gente garimpa essas peças, a peça está perfeita”.

Acervo Discos

(Isabella Guasti/BHAZ)

O Acervo é o paraíso daqueles que amam colecionar discos de vinil! Localizada no segundo piso do Maletta, a loja conta com uma coleção de LPs que vão dos clássicos até versões em vinil de lançamentos musicais mais recentes.

A loja do Acervo no Edifício Maletta é uma de três unidades que existem hoje em BH, e é uma ótima parada para os apaixonados por vinil antes de se sentar em um dos bares. A primeira foi aberta na Savassi, região Centro Sul da cidade, por Célio César Freitas, apaixonado por discos, há mais de dez anos. Já o Acervo do Maletta começou a funcionar em 2017.

O BHAZ conversou com a filha de César, Amanda Freitas, para saber mais sobre a criação do estabelecimento. Ela conta que o pai começou vendendo LPs na porta de casa para poucas pessoas: “ele nunca imaginou que ia crescer tanto”.

Hoje, Amanda gerencia a loja do Maletta e conta que pessoas de todas as faixas etárias chegam no Acervo em busca de discos. “Hoje nós temos clientes fixos e também muitos turistas aparecem. No show do Milton, por exemplo, bombou! Não ficou um Milton Nascimento aí, não. Todo mundo queria ir embora com o Milton Nascimento”, conta, se referindo ao movimento causado pelo show de despedida do artista que ocorreu em novembro, no Mineirão.

Ela lembra que artistas como Paulinho da Viola e Toninho Horta já foram até a loja prestigiar o trabalho desenvolvido pela família e reconhece o legado que se iniciou com seu pai. “Isso é muito importante, traz um diferencial para a cidade. Eu sinto que isso enriquece o edifício Maletta”.

Criatura

(Divulgação/Criatura)

Localizada na sobreloja 43 do Edifício Maletta, a Criatura é uma loja que oferece roupas e acessórios para todos os estilos. Inaugurada em junho de 2024, o local se destaca por oferecer peças que mesclam o novo e o vintage, criando combinações únicas que refletem a personalidade dos clientes.

Com o slogan “loja de roupas e acessórios para pessoas extraordinárias”, a Criatura busca atender aqueles que desafiam as convenções e procuram ultrapassar o comum. O acervo inclui tanto peças garimpadas quanto novidades exclusivas.

As coleções incluem ainda criações de artistas locais, que fzem intervenções nas peças de brechó, transformando cada roupa em uma obra de arte única.

O local funciona de segunda a sexta-feira, das 12h às 20h. Também abre nos sábados, das 11h às 17h.

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