Volkswagen Tera: novo SUV pode colocar um ponto final nos hatchs caros

O mercado automobilístico brasileiro se prepara para receber uma novidade que promete transformar o segmento de SUVs compactos.

Em 2025, o Volkswagen Tera chegará às concessionárias, consolidando a tendência dos utilitários esportivos como carros de entrada. Com sua proposta diferenciada, o Tera se juntará a modelos como o Fiat Pulse e o Renault Kardian

Essa evolução dos SUVs se reflete nos números. Em 2024, eles já representavam 24% das vendas de veículos novos, e a expectativa é de que cresçam para 30% em 2025.

Essa mudança de cenário indica que os hatches, antes populares na faixa dos R$ 100 mil, tendem a perder espaço para SUVs mais robustos e com maior presença nas ruas.

O Tera não chega sozinho. O mercado também aguarda outros lançamentos importantes, como o Toyota Yaris Cross, o Honda WR-V e um novo modelo da Chevrolet.

A concorrência promete ser acirrada, mas o novo SUV da Volkswagen tem características únicas que podem conquistar os consumidores.

Design inovador e marcante

Foto: Divulgação/Volkswagen

Diferentemente de concorrentes que compartilham características com hatches de suas famílias, o Tera possui um design exclusivo.

Inspirado em modelos como o Tiguan e o Tayron, o SUV exibe uma linha de cintura elevada e musculosa, transmitindo robustez sem recorrer a exageros.

Os detalhes minuciosos também chamam a atenção. A lanterna interligada e as texturas nos plásticos externos conferem modernidade ao veículo, especialmente na versão topo de linha High com pacote Outsider.

Com isso, o Tera se posiciona como um dos modelos mais autênticos da Volkswagen atualmente.

Qualidade e sofisticação na cabine

Internamente, o Tera mantém a sofisticação com um painel exclusivo e elementos familiares da Volkswagen. A aplicação de texturas diferenciadas reduz a sensação de plástico duro, enquanto os bancos de vinil conferem um toque de elegância à versão mais completa.

A central multimídia VW Play e o quadro de instrumentos digital oferecem tecnologia de ponta. Contudo, o espaço traseiro não é seu ponto forte. Com um entre-eixos de 2,56 metros, o conforto dos passageiros fica limitado, comparado ao Fiat Pulse e ao Renault Kardian.

Ainda assim, os recursos de conectividade, que permitem o controle de funções via aplicativo, são destaque.

Motorização e competitividade de mercado

O Tera será equipado com o motor 170 TSI, oferecendo 116 cv de potência. Esta configuração é combinada com um câmbio automático de seis marchas, similar ao usado no Polo e no Nivus.

Existe a expectativa de uma versão mais acessível com motor 1.0 e câmbio manual, a partir de R$ 100 mil. Os preços oficiais ainda não foram divulgados, mas estima-se que o Tera custará um pouco mais do que o Polo em cada versão.

Comparado aos concorrentes diretos, espera-se que o modelo completo esteja na faixa dos R$ 138.990. Futuramente, o Tera poderá substituir versões do Polo, atendendo a um público diversificado.

Mudança de percepção sobre SUVs e hatches

No passado, veículos como o Tera seriam considerados hatches aventureiros. A principal diferença entre as gerações atuais de SUVs e os antigos aventureiros é a posição de dirigir, que agrada aos consumidores brasileiros. Essa mudança de percepção reforça a tendência dos SUVs no mercado.

Modelos tradicionais, como Polo e Onix, oferecem conteúdo de qualidade, mas não competem com o apelo visual dos SUVs.

Com o advento do Tera, questiona-se se vale a pena investir mais de R$ 100 mil em um hatch. A tendência é clara: o mercado se move em direção aos SUVs, e o Tera marca essa transição inevitável.

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