Venda ilegal de documentos é descoberta no Detran: quanto os servidores lucravam?

Na manhã do dia 17 de março de 2025, uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foi deflagrada para investigar um esquema de corrupção envolvendo servidores do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF).

As ações ocorreram a partir de denúncias que revelaram práticas ilícitas na emissão de documentos veiculares. Os servidores investigados são suspeitos de atuarem como despachantes, oferecendo serviços a donos de agências de veículos sem os devidos processos legais.

Em troca, cobravam cerca de R$ 50 por cada Autorização para Transferência de Propriedade do Veículo (ATPV) emitida irregularmente, o que lhes rendia mensalmente cerca de R$ 30 mil.

A operação, coordenada pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), contou com o apoio da Corregedoria do Detran-DF. Investigações apontam para práticas de advocacia administrativa e corrupção passiva, entre outras irregularidades.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas unidades do Detran em Brazlândia e no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).

Investigação e descobertas alarmantes

Durante as diligências, foram apreendidos documentos, computadores e dispositivos eletrônicos que podem fornecer provas adicionais.

As investigações revelaram que quase metade das ATPVs emitidas por um dos investigados apresentava irregularidades, como ausência de documentação essencial e registros processuais inexistentes.

Além disso, a polícia identificou 14 transações suspeitas de compra e venda de veículos, reforçando os indícios de atividade econômica ilegal por parte dos servidores investigados. Os dois indivíduos alvo dos mandados de busca e apreensão ficarão afastados de seus cargos enquanto as investigações prosseguem.

Implicações e medidas

Segundo Takane Nascimento, diretor-geral do Detran-DF, é fundamental garantir a integridade das operações do órgão.

A investigação pretende desvendar a extensão dos crimes cometidos e tomar as medidas cabíveis para assegurar a justiça. A decisão de afastar os suspeitos visa proteger a lisura das atividades no departamento.

O caso evidencia a necessidade de monitoramento rigoroso nas operações do Detran-DF, visando coibir práticas irregulares e preservar a transparência e legalidade dos serviços prestados à população. A PCDF segue trabalhando para reunir mais provas e esclarecer os detalhes do esquema.

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