Bitcoin a US$ 100 Mil? Trader explica por que isso pode não acontecer tão cedo

Baleia de Bitcoin

O mercado de criptomoedas sempre esteve marcado pela volatilidade e por ciclos de alta e baixa. Recentemente, a expectativa de que o Bitcoin (BTC) possa voltar ao patamar de US$ 100 mil reacendeu o debate entre investidores e analistas.

No entanto, para o trader Nicholas Kawasaki, essa possibilidade no curto prazo parece remota. Com uma vasta experiência no mercado financeiro e atuando com contratos futuros de Bitcoin na B3, Kawasaki compartilha sua visão sobre o cenário atual da criptomoeda.

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Quem é Nicholas Kawasaki?

Nicholas Kawasaki é trader e analista financeiro, formado em Administração de Empresas pela FGV e em Sistemas de Informação pela Mackenzie. Ele começou sua trajetória na renda variável em 2006 e, dez anos depois, decidiu se dedicar exclusivamente ao mercado financeiro. Desde então, tem operado minidólar, mini-índice e ações no day trade.

Quando o Bitcoin passou a ser negociado no mercado futuro da B3, em abril do ano passado, Kawasaki resolveu adicionar a criptomoeda à sua estratégia de operações intraday. “No começo, segurei a expectativa, mas logo percebi o potencial desse contrato”, afirma.

O impacto da volatilidade no mercado de bitcoin

A volatilidade sempre foi uma das características mais marcantes do Bitcoin. No início da negociação do BITFUT na B3, Kawasaki lembra que o volume era baixo, o que gerava movimentos imprevisíveis. “Nos primeiros dias, foi uma loucura. Mas, com o tempo, o volume aumentou e a liquidez melhorou. Hoje, é um dos ativos que mais opero”, explica.

A volatilidade também foi uma das razões que impulsionaram a criptomoeda no final de 2024, quando o Bitcoin atingiu o recorde de US$ 100 mil. Entretanto, para Kawasaki, esse movimento teve um forte componente psicológico e especulativo, especialmente impulsionado pelo cenário político global.

O efeito das eleições americanas no bitcoin

Segundo Kawasaki, um dos principais fatores para a alta histórica do Bitcoin foi a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. O candidato republicano sempre se mostrou favorável ao setor de criptomoedas, e isso gerou um otimismo que impulsionou o preço do BTC.

“Já comentava com amigos que investem em Bitcoin que, após a posse de Trump, uma realização de lucros seria inevitável”, diz Kawasaki. “Muitos investidores compraram no hype eleitoral, e isso gerou um efeito psicológico no mercado.”

Com a consolidação da nova administração americana e a definição das políticas econômicas, o mercado começou a se ajustar, e o Bitcoin devolveu parte dos ganhos.

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Bitcoin
Imagem: Seu Crédito Digital / Freepik

Para Kawasaki, o Bitcoin ainda pode enfrentar um período de correção antes de tentar retomar os US$ 100 mil. “O espaço para quedas ainda é maior do que para uma nova alta expressiva”, avalia o trader.

O motivo para essa previsão está na estrutura atual do mercado. “O Bitcoin teve um crescimento muito rápido e, agora, o mercado está buscando um equilíbrio”, afirma. “É normal que, depois de uma alta tão forte, ocorram correções e períodos de lateralização.”

Os fatores que podem impulsionar o bitcoin

Apesar do ceticismo de curto prazo, Kawasaki aponta que existem fatores que podem ajudar o Bitcoin a voltar a um ciclo de alta:

1. Regulação favorável

Se os governos adotarem uma abordagem mais flexível em relação às criptomoedas, o mercado pode reagir positivamente.

2. Adoção institucional

Empresas e fundos de investimento cada vez mais incluem o Bitcoin em suas estratégias. Um aumento na adoção institucional pode fortalecer o ativo.

3. Halving do bitcoin

O próximo halving do Bitcoin está previsto para 2024. Historicamente, esse evento reduz a oferta da moeda e tem sido seguido por ciclos de alta.

Gerenciamento de risco no BITFUT

Para traders que operam contratos futuros de Bitcoin na B3, Kawasaki destaca a importância do gerenciamento de risco. “O BITFUT tem alta volatilidade, então é essencial operar com cautela”, alerta.

Entre as dicas que o trader compartilha para quem deseja operar esse ativo, estão:

  • Começar com contratos pequenos, evitando exposição excessiva;
  • Definir stops bem planejados para minimizar perdas;
  • Acompanhar o mercado global de criptomoedas, já que o Bitcoin opera 24 horas por dia.

Além disso, ele destaca que o BITFUT na B3 tem vantagens, como segurança e transparência. “É um contrato bem estruturado dentro do mercado financeiro brasileiro”, afirma.

Conclusão: O bitcoin voltará a US$ 100 mil?

Embora o Bitcoin já tenha mostrado sua capacidade de surpreender o mercado, Kawasaki acredita que o retorno ao patamar de US$ 100 mil pode demorar. O cenário global, a regulação e o comportamento dos investidores são fatores determinantes para essa trajetória.

Enquanto isso, traders e investidores devem continuar atentos às movimentações do mercado, utilizando estratégias inteligentes para navegar na volatilidade das criptomoedas.

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