O Jardim Zoológico de Belo Horizonte passou a contar com mais 14 aves de duas espécies da fauna brasileira, apreendidas por órgãos ambientais após terem sido vítimas do tráfico de animais silvestres. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (17) pela Prefeitura de Belo Horizonte. São oito papagaios-do-peito-roxo (Amazona vinacea), espécie ameaçada de extinção, e seis araras-canindés (Ara ararauna).
A chegada dos animais ao zoológico, segundo a PBH, é fruto de uma parceria entre a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, que gerencia o espaço, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis/Cetas (Ibama/Cetas), o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e o Instituto de Pesquisa e Conservação – Waita, responsável pela reabilitação da fauna silvestre.
A Prefeitura esclareceu que os animais foram encaminhados porque não teriam mais condições de serem soltos na natureza. A grande maioria das aves traficadas é capturada ainda filhote, diretamente do ninho. Por conta disso, muitas não aprendem a voar e são mantidas em gaiolas ou têm as penas das asas cortadas. Por isso, a importância dos jardins zoológicos e centros de conservação da vida silvestre na guarda e manutenção desses animais.
Como acontece com todos os animais que chegam ao Zoo de BH, essas aves passaram por quarentena (período em que foram examinadas e receberam os cuidados clínicos) antes de serem incorporadas definitivamente ao plantel. Os animais foram transferidos para dois recintos da Praça das Aves preparados com uma ambientação adequada, para que os animais que não voam pudessem se deslocar com segurança e ter bons níveis de bem-estar.
O grupo de papagaios-do-peito-roxo, que agora está no Zoo da capital, fazia parte do Projeto Voar, de responsabilidade da Waita. Esse projeto prevê que os filhotes gerados em Belo Horizonte possam, futuramente, e a depender de uma série de fatores técnicos e de comportamento das espécies, ser soltos na natureza. Lembrando que essa é uma espécie ameaçada de extinção. Com a chegada dos novos “moradores”, o Zoológico de Belo Horizonte passou a contar com 10 araras-canindés e oito papagaios-de-peito-roxo. Anualmente, 38 milhões de animais silvestres são traficados no Brasil e de cada dez animais capturados pelo tráfico, apenas um chega vivo ao destino.
Saiba sobre horários e funcionamento do zoológico de BH para visitação.
Veja imagens das aves, registradas por Suziane Brugnara.





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