29 marcas de azeite de oliva tem venda proibida em 2024

Marcas de azeite são proibidas pelo Ministério da agricultura! Veja quais são

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) intensificou a fiscalização do azeite de oliva no Brasil, e o resultado é alarmante: 29 marcas tiveram suas vendas proibidas este ano. Mas o que levou a essa decisão e como consumidores podem se proteger das fraudes?

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Fiscalização aumenta após detecção de fraudes

Em 2024, auditores e técnicos fiscais federais emitiram 48 autos de infração contra empresas acusadas de adulteração de azeite de oliva. A fraude mais comum envolve a mistura do azeite com outros óleos vegetais de origem desconhecida, prática que reduz custos, mas compromete a qualidade e a segurança do produto.

A ação fiscalizatória já resultou na apreensão de cerca de 100 mil litros de azeite de oliva, enquanto as vendas de 29 marcas foram proibidas. A lista dos produtos impróprios para consumo está disponível no site do Ministério, permitindo que consumidores possam verificar os lotes afetados.

azeite de oliva
Imagem: EMBRAPA / Lanzetta

Fraude no azeite de oliva: Como ela ocorre?

Adulteração no envase

Ludmilla Verona, coordenadora de Fiscalização da Qualidade Vegetal do Mapa, destacou que a fraude ocorre principalmente no envase, em território nacional. O azeite de oliva é importado a granel de forma legal, mas, durante o processo de envase, há adição de óleos vegetais não identificados, como o óleo de soja, para aumentar o rendimento.

A coordenadora também alertou sobre a presença de rótulos falsificados, que podem enganar os consumidores ao simularem marcas conhecidas. O Ministério, portanto, não se limita a divulgar apenas o nome da marca, mas também informações detalhadas sobre os lotes e as empresas responsáveis pela importação e distribuição no Brasil.

Operação Getsêmani: A maior apreensão de 2024

Uma das principais ações de combate à fraude ocorreu em março, durante a Operação Getsêmani, que contou com apoio das forças policiais de São Paulo e Rio de Janeiro.

Na ocasião, foram apreendidos 60,6 mil litros de azeite extravirgem adulterado em uma fábrica clandestina em Saquarema (RJ). No local, também foram encontrados 37,5 mil litros de óleo de soja, suficientes para a produção de cerca de 196 mil garrafas de azeite fraudado.

Como identificar azeites adulterados?

Diante das fraudes crescentes, é fundamental que os consumidores saibam identificar azeites adulterados:

Verifique a origem e o rótulo

Prefira produtos de marcas conhecidas e busque pelo selo de autenticidade.

Observe o preço

Desconfie de preços muito baixos, pois azeites de qualidade têm um custo mais elevado devido à complexidade do processo de produção.

Atente-se ao sabor e aroma

Azeites extravirgens autênticos possuem um sabor mais intenso e amargo, enquanto produtos adulterados tendem a ser mais suaves.

Riscos para a saúde dos consumidores

A adulteração do azeite não apenas prejudica a qualidade do produto, mas também pode representar riscos à saúde, especialmente quando óleos de origem desconhecida são utilizados. Alguns desses óleos podem conter substâncias tóxicas ou ser provenientes de fontes não certificadas, aumentando o risco de contaminação.

O que fazer caso tenha comprado azeite adulterado?

Se você suspeita que comprou um azeite adulterado, é importante comunicar às autoridades competentes. O consumidor deve guardar o produto e a nota fiscal como prova e registrar uma denúncia no Mapa ou no Procon de sua cidade.

O Ministério da Agricultura também incentiva o público a consultar a lista atualizada de produtos proibidos para evitar novas compras de azeites impróprios.

Com o aumento das fraudes envolvendo azeite de oliva, a fiscalização do Mapa se torna crucial para proteger os consumidores e garantir a qualidade dos produtos no mercado brasileiro. A conscientização sobre as fraudes e os riscos associados é essencial para que os consumidores façam escolhas mais seguras.

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