ITUB4: Itaú confirma dividendo EXTRAORDINÁRIO em 2024!

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O Itaú Unibanco, maior banco em ativos do Brasil, anunciou nesta terça-feira que deve pagar dividendos extraordinários referentes ao exercício de 2024, conforme declarou o presidente-executivo Milton Maluhy Filho. A confirmação veio após o banco apresentar um lucro líquido de R$ 10,675 bilhões no terceiro trimestre, superando as expectativas do mercado. Essa decisão de distribuir dividendos adicionais vem em resposta à sólida performance do banco, que também revisou para cima suas projeções de crescimento de crédito para o ano.

Desempenho financeiro e resultados no terceiro trimestre

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Imagem: Freepik

No terceiro trimestre de 2024, o Itaú Unibanco registrou um lucro de R$ 10,675 bilhões, um aumento expressivo que superou as expectativas dos analistas. Este desempenho reforça a capacidade do banco em gerar receita e acumular capital, com um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 23%, considerado robusto no setor financeiro. Esse resultado positivo foi parcialmente atribuído à reversão de provisões associadas à Americanas, que contribuiu para aumentar o lucro em aproximadamente 3%, de acordo com o relatório de análise do banco Safra.

O presidente-executivo, Milton Maluhy Filho, destacou que, com base nas informações disponíveis, o banco planeja distribuir um dividendo extraordinário para os acionistas. “Nada mudou em relação à nossa expectativa de um dividendo extraordinário”, afirmou Maluhy, ressaltando que o valor exato dessa distribuição será definido no início de 2025, quando o balanço anual de 2024 for divulgado junto com as projeções para o próximo ano.

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Expectativas de dividendos e impacto nas ações

Com a notícia da distribuição potencial de dividendos extras, as ações do Itaú tiveram uma valorização significativa. Por volta das 10h50 da manhã desta terça-feira, os papéis preferenciais do banco subiram 2,64%, sendo negociados a R$ 36,21 na bolsa paulista. Esse movimento contrastou com o desempenho do índice Ibovespa, que recuava 0,21% no mesmo horário, mostrando que o mercado reagiu positivamente às perspectivas anunciadas pela instituição financeira.

A distribuição de dividendos extraordinários é uma prática comum entre grandes bancos que apresentam resultados financeiros sólidos e excedem as metas estabelecidas para o ano. No caso do Itaú, a confirmação de que haverá uma distribuição adicional sugere que o banco conseguiu consolidar um capital mais alto do que o necessário para suas operações, permitindo retornar parte dos lucros aos acionistas.

Crescimento da carteira de crédito e revisão de projeções

Além dos dividendos, o Itaú Unibanco revisou positivamente sua previsão de crescimento para a carteira de crédito em 2024. O banco projeta agora uma expansão entre 9,5% e 12,5%, uma mudança em relação à expectativa anterior, que variava entre 6,5% e 9,5%. Essa revisão foi motivada pelo aumento das operações de crédito em moeda estrangeira, que representam 18% da carteira total do banco. A desvalorização do real frente a outras moedas também contribuiu para o aumento do valor nominal da carteira.

A carteira de crédito do Itaú encerrou o terceiro trimestre de 2024 com um saldo de R$ 1,28 trilhão, comparado a R$ 1,25 trilhão no trimestre anterior e R$ 1,16 trilhão no mesmo período do ano passado. O vice-presidente financeiro, Gabriel Amado de Moura, explicou que mesmo sem o impacto da desvalorização do real, o banco estaria próximo ao limite superior do guidance inicialmente previsto.

Inadimplência e provisões de crédito

A inadimplência é um indicador-chave para o setor bancário, e o Itaú Unibanco tem mantido o controle sobre esses índices, com uma taxa de inadimplência acima de 90 dias de 2,6% no terceiro trimestre, em comparação com 3,0% um ano antes. O custo total de crédito foi de R$ 8,25 bilhões, representando uma redução de 11% em relação ao ano anterior e uma queda de 6,4% em relação ao segundo trimestre deste ano.

Maluhy Filho reforçou que o Itaú Unibanco continua a ver um cenário de inadimplência favorável, com os indicadores de crédito mostrando estabilidade em vários segmentos. “Claro que estamos chegando em um patamar bastante sólido, onde as variações tendem a ser menores, mas ainda positivas”, explicou o executivo.

A nova resolução CVM 4.966 e o impacto no provisionamento

A partir de 2025, as instituições financeiras brasileiras estarão sujeitas à nova resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 4.966, que altera as regras de cálculo das provisões. Essa mudança exige que os bancos adotem um modelo de “perda esperada” em vez do atual modelo de “perda incorrida”. A diferença é que, com a nova norma, os bancos deverão antecipar a provisão para possíveis perdas futuras, considerando uma abordagem mais preventiva.

O Itaú Unibanco, entretanto, já segue um modelo de perda esperada desde 2010, o que minimiza qualquer impacto direto da nova regulamentação. “Não esperamos nenhum impacto significativo da resolução 4.966, seja no nosso patrimônio líquido, seja no índice de capital, ou mesmo na despesa de provisão para devedores duvidosos (PDD)”, explicou Gabriel Amado de Moura, assegurando que o banco já está preparado para a implementação das novas regras.

Impacto das estratégias do Itaú Unibanco no mercado financeiro

Itaú maior lucro
Imagem: casa.da.photo / shutterstock.com

Com a expectativa de dividendos extraordinários e a revisão para cima do crescimento de crédito, o Itaú Unibanco se destaca no mercado financeiro brasileiro, reforçando sua posição como um dos principais bancos em termos de rentabilidade e capitalização. A combinação de um ROE elevado com uma carteira de crédito em expansão indica que o banco conseguiu balancear crescimento e qualidade de ativos de maneira eficiente, mesmo em um cenário macroeconômico desafiador.

Os analistas do setor financeiro avaliam que o Itaú está em uma posição sólida para continuar gerando valor para seus acionistas e expandindo suas operações. A decisão de continuar mantendo um apetite prudente para o risco de crédito e de reforçar a qualidade do portfólio deve garantir uma performance positiva a médio e longo prazo.

Considerações finais

O anúncio do Itaú Unibanco sobre os dividendos extraordinários e a projeção de crescimento robusto da carteira de crédito refletem a confiança do banco na continuidade de uma trajetória sólida em 2024. Com um histórico de ROE elevado, controle de inadimplência e gestão de riscos, o Itaú se posiciona para aproveitar as oportunidades de crescimento no mercado de crédito, ao mesmo tempo em que retorna valor significativo para os acionistas.

A perspectiva de um cenário econômico benigno e o cumprimento das exigências regulatórias reforçam a resiliência e a adaptabilidade do Itaú Unibanco. As ações e decisões estratégicas do banco para o próximo ano podem influenciar significativamente o desempenho do setor financeiro brasileiro, tornando o Itaú uma instituição-chave para se observar em 2024.

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