Quais são os países mais endividados no mundo? Confira a lista

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A dívida pública é um tema que assombra governos em todo o mundo. Desde crises financeiras a investimentos públicos ambiciosos, diversos fatores contribuem para que países enfrentem níveis alarmantes de endividamento.

Enquanto alguns países estão na liderança desse ranking assustador, o Brasil, frequentemente criticado por sua dívida, ocupa uma posição surpreendente. Confira os 6 países mais endividados do mundo em 2024, com base na proporção dívida/PIB (Produto Interno Bruto).

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O que é dívida pública?

A dívida pública representa o total de empréstimos contraídos pelo governo para financiar suas despesas, incluindo infraestrutura, saúde, educação e programas sociais. A relação entre a dívida e o PIB é usada para medir o impacto dessa dívida na economia de um país.

Uma proporção alta pode indicar um risco maior de calote ou a necessidade de políticas econômicas rigorosas, mas nem sempre reflete uma crise. Países com economias fortes podem sustentar altos níveis de endividamento, enquanto nações menos desenvolvidas enfrentam desafios maiores com proporções menores.

Os 6 países mais endividados do mundo em 2024

1. Japão: Proporção dívida/PIB: 251,9%

O Japão lidera o ranking com uma dívida pública equivalente a 251,9% do seu PIB. Esse nível elevado é resultado de décadas de políticas expansionistas para impulsionar o crescimento econômico e combater a deflação.

Apesar da dívida alarmante, o Japão mantém taxas de juros baixas e uma economia robusta, o que ajuda a evitar crises financeiras graves.

2. Sudão: Proporção dívida/PIB: 238,8%

O Sudão enfrenta uma das piores crises econômicas do mundo, com uma dívida pública que chega a 238,8% do PIB.

Os fatores por trás dessa dívida incluem conflitos internos, sanções internacionais e uma economia dependente de commodities, como o petróleo. A instabilidade política agrava ainda mais a situação, dificultando reformas econômicas significativas.

3. Singapura: Proporção dívida/PIB: 168,3%

A dívida pública de Singapura pode parecer alarmante, mas é importante entender seu contexto.

Grande parte da dívida de Singapura está relacionada a políticas de investimento do governo em infraestrutura e fundos de previdência. Como uma das economias mais estáveis e prósperas do mundo, o país gerencia sua dívida de forma estratégica, sem prejudicar sua posição financeira.

4. Grécia: Proporção dívida/PIB: 160,2%

A Grécia ainda sofre as consequências da grave crise financeira que atingiu o país na década de 2010.

Embora tenha feito progressos significativos em sua recuperação econômica, a dívida pública continua sendo um desafio. O turismo e as reformas fiscais têm ajudado o país a estabilizar sua economia, mas a dívida ainda pesa sobre os investimentos e o crescimento.

5. Itália: Proporção dívida/PIB: 143,2%

imagem de várias casas à beira-mar, na Europa, em Itália
Imagem: Rasto SK / shutterstock.com

A Itália é um dos países mais endividados da Europa, com uma relação dívida/PIB de 143,2%.

Os gastos públicos elevados, o envelhecimento populacional e a baixa produtividade econômica contribuem para esse cenário. Apesar disso, o país continua sendo uma das maiores economias do continente, com setores como moda e manufatura sustentando sua relevância global.

6. Estados Unidos: Proporção dívida/PIB: 126,9%

A dívida dos Estados Unidos atingiu níveis recordes em 2024, gerando debates tanto no cenário doméstico quanto internacional.

Os gastos maciços em infraestrutura, defesa e programas sociais, somados à resposta à pandemia de COVID-19, impulsionaram o endividamento. No entanto, a economia americana continua sendo uma das mais resilientes do mundo, permitindo a gestão desse nível de dívida sem grandes riscos imediatos.

A posição do Brasil no ranking global

O Brasil ocupa a 25ª posição no ranking de países mais endividados, com uma proporção dívida/PIB de 90,3%.

Por que o Brasil enfrenta dificuldades com a dívida pública?

  1. Baixo crescimento econômico
    • Períodos de recessão reduzem a arrecadação de impostos, enquanto os gastos do governo aumentam para estimular a economia.
  2. Programas sociais
    • Iniciativas como o Bolsa Família e aposentadorias representam uma parcela significativa dos gastos públicos.
  3. Déficit comercial
    • Flutuações no comércio internacional afetam a balança de pagamentos e pressionam o endividamento.

Apesar desses desafios, o Brasil tem perspectivas positivas. Projeções indicam que, até 2030, o país pode se tornar a quarta maior economia do mundo em termos de PIB, o que pode aliviar a pressão sobre sua dívida.

Comparação global: dívida pública e desenvolvimento econômico

Embora o Brasil enfrente desafios, muitos países mais ricos apresentam proporções dívida/PIB muito superiores. Isso ocorre porque economias mais desenvolvidas têm maior capacidade de contrair e gerenciar dívidas devido a:

  • Moedas fortes
  • Confiança dos investidores
  • Sistemas financeiros robustos

No caso de países como Japão e Singapura, a alta dívida não gera crises porque as economias são consideradas estáveis e confiáveis.

O que podemos aprender com o cenário global?

Imagem de notas e moedas e um cifrão no meio
Imagem: ShutterstockProfessional/ Shutterstock.com

A análise da dívida pública global destaca a importância de políticas fiscais responsáveis e estratégias econômicas sustentáveis. Países como o Japão mostram que altos níveis de dívida podem ser gerenciados com uma economia estável, enquanto exemplos como o Sudão ilustram os riscos de instabilidade política e econômica.

Para o Brasil, a lição principal é equilibrar o crescimento econômico com o controle do endividamento, investindo em setores produtivos e promovendo reformas fiscais.

Considerações finais

A dívida pública é um reflexo direto das políticas econômicas e da capacidade de gestão dos governos. Embora o Brasil enfrente desafios significativos, sua posição no ranking global indica que há espaço para melhorias e crescimento.

Países como Japão, Singapura e Estados Unidos demonstram que altos níveis de endividamento podem ser gerenciados com sucesso, enquanto nações como o Sudão e a Grécia destacam os perigos de políticas econômicas frágeis.

Com as perspectivas de crescimento para os próximos anos, o Brasil tem a oportunidade de consolidar sua economia, reduzir a dívida pública e se posicionar como uma das maiores potências globais.

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