Esses são os hábitos que ajudam reduzir o risco de demência

Diante da previsão de que até 2050 haverá 152 milhões de indivíduos sofrendo de alguma forma de declínio cognitivo, a revista Neuron publicou um conjunto de resenhas científicas que sumarizam a atual compreensão do envelhecimento cerebral e as estratégias para reduzir o risco de declínio cognitivo e de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.O transcurso da vida afeta o cérebro humano. Os neurônios se desgastam ao longo dos anos, diminuindo a velocidade do raciocínio e dos movimentos, prejudicando a memória. No entanto, continua indefinido se essa deterioração se deve à passagem do tempo ou se é uma predisposição genética.CONTEÚDOS RELACIONADOSMaurício Kubrusly e a demência frontotemporalPessoas magras têm maior risco de desenvolver demênciaPor que evitar comida ultraprocessada? Veja os riscos”Estamos compreendendo os mecanismos do envelhecimento”, afirma o neurologista Costantino Iadecola, da Escola Superior de Medicina Weill Cornell, que pesquisou como o sistema vascular cerebral afeta esse processo.Quer mais notícias de Saúde?Acesse nosso canal no WhatsAppCiência longe do consenso em questões básicasUma conclusão da resenha é que diversas mudanças físicas e biológicas provocam deterioração neuronal. Com o avanço da idade física, o cérebro literalmente encolhe, com perda de volume e alteração de suas dobras estruturais.Entre os fatores que contribuem para a perda de saúde cognitiva, estão danos ao DNA: naquilo que Iadecola denomina “inflamação de base”, todo o cérebro perde sua capacidade de eliminar resíduos nocivos.O neuroscientista David Rubinsztein, da Universidade de Cambridge, mostrou como eliminar proteínas residuais é um importante fator de envelhecimento. As ‘proteínas tau’ estão entre as substâncias danosas associadas a doenças neurodegenerativas como Alzheimer, demência e outras relacionadas a impactos mecânicos repetidos, como a encefalopatia traumática crônica (ETC). Seu estudo destacou como o sistema imunológico cerebral perde resiliência, permitindo a deterioração da saúde do órgão.Uma outra pesquisa revelou que os cientistas não chegaram a um consenso sobre questões absolutamente básicas, como o que é envelhecimento, o que o causa ou quando começa.É possível retardar o envelhecimento cerebral?Estudos mostram que uma série de decisões de estilo de vida reduz o risco de demência e declínio cognitivo, entre as quais estão:mais exercício físico e dieta saudável;reduzir a exposição à poluição atmosférica e ao tabaco;evitar o isolamento social e a solidão;tratar a perda de visão e audição.
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