Mesmo com críticas, esquerda de Israel apoia Netanyahu, diz jornalista

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin NetanyahuPremier Minister’s office – 14-04-2024

A jornalista e ativista da extrema-direita norte-americana Pamela Geller publicou uma nota de um representante da esquerda israelense em que ele afirma que, apesar das críticas, apoia o governo de Benjamin Netanyahu frente ao conflito com o Hamas.

Ela publicou no seu site “Geller’s Report” um comunicado assinado por Boaz Hat’zeni, a quem descreveu como “um grande nome da esquerda em Israel”, em que ele diz estar “mantendo os dedos cruzados” pelo primeiro-ministro.

A nota vem em um momento crítico do governo de Netanyahu, que tem sido pressionado interna e externamente para que aceite imediatamente um acordo para a libertação dos reféns retidos pelo Hamas.

Nesta semana, por exemplo, milhares de israelenses foram às ruas para protestar contra o primeiro-ministro. Além disso, a principal organização sindical do país convocou uma greve-geral nesta segunda-feira (2).

Na nota, Hat’zeni diz que Netanyahu está sofrendo uma “pressão terrível do governo americano hostil, que também está usando pelo menos parte da subversão doméstica contra ele”.

“Ele [Netanyahu] faz tudo isso diante da maioria da mídia hostil, do chefe de gabinete e do ministro da Defesa derrotistas que coordenam demais com os americanos e do sistema de justiça corrupto que não levanta um dedo contra os ladrões do estado, os rebeldes e os instigadores, em uma demonstração flagrante de hipocrisia e posição a favor dos rebeldes”, diz a nota.

“Se ele resistir à pressão e fizer o que lhe foi designado, o que ele sabe muito bem, ele entrará para a história ao lado de Churchill, porque não apenas o destino de Israel em relação ao islamismo está em jogo agora, mas também o destino do mundo ocidental que lutou contra esse inimigo”, diz o representante esquerdista.

A jornalista que publicou a nota tem ascendência judaica, é uma figura polêmica da mídia dos Estados Unidos. Além do seu ativismo político, Geller é conhecida por ser presidente de uma organização anti-muçulmana chamada “Stop Islamization of America” (Pare a ‘Islamização’ da América, em português). 

Entre seus movimentos mais conhecidos, estão as teorias da conspiração sobre genocídios, sobre a eficiência da vacina da Covid-19 e até sobre Barack Obama, a quem acusou de ser um ‘cripto-muçulmano’ com a família envolvida em abusos de menores e pornografia.

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