Correios vão fechar 38 agências em fevereiro; entender o motivo e o impacto

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Os Correios anunciaram o fechamento de 38 agências CEM (Correios Empresa) a partir de 1º de fevereiro. Essas unidades são voltadas para o atendimento exclusivo a empresas, oferecendo serviços personalizados. A decisão foi comunicada internamente em 27 de dezembro e se baseia em um estudo interno realizado em outubro, que apontou a baixa viabilidade econômica dessas agências.

Além do fechamento das 38 unidades, outras 19 agências que continuarão funcionando terão suas operações reduzidas. A estatal prevê uma economia de R$ 8 milhões com essa medida.

O que são as agências CEM?

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Imagem: SERGIO V S RANGEL/ shutterstock.com

As agências CEM foram criadas para atender especificamente empresas, oferecendo serviços diferenciados e com foco na centralidade do cliente corporativo. Essas unidades se destacam por buscar atender às demandas personalizadas de negócios, como logística, envio de mercadorias em grande escala e soluções empresariais de comunicação.

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Porém, segundo os Correios, a criação dessas unidades pela gestão anterior não trouxe os resultados esperados. A avaliação técnica realizada em 2023 concluiu que muitas dessas agências não eram economicamente viáveis, o que levou à decisão de fechamento.

Motivos do fechamento

De acordo com os Correios, a principal razão para encerrar as atividades dessas agências é a necessidade de reduzir custos operacionais. Em nota, a empresa destacou que as agências desativadas não geravam os resultados esperados, o que tornava inviável a manutenção de suas operações.

A estatal ainda ressaltou que a medida faz parte de um esforço mais amplo para otimizar os recursos, garantindo maior eficiência financeira e o interesse público.

Críticas à decisão

O anúncio do fechamento das agências CEM foi recebido com críticas por parte de sindicatos e outros setores da sociedade. O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, em um jornal interno, questionou a coerência da decisão com a política de centralidade no cliente adotada pela estatal.

Os representantes sindicais expressaram preocupação sobre o impacto da medida para as empresas que dependem desses serviços personalizados. Também levantaram dúvidas sobre quem realmente se beneficia com o fechamento das unidades.

Impactos para empresas e usuários

O fechamento das 38 agências CEM pode trazer desafios significativos para empresas que utilizavam esses serviços. Muitos clientes corporativos recorriam às agências pela possibilidade de atendimento especializado e soluções customizadas.

Com a redução no número de unidades, é provável que empresas precisem buscar alternativas em agências regulares ou em outros canais oferecidos pelos Correios, como serviços digitais. Isso pode significar mudanças na experiência do cliente, além de possíveis atrasos ou dificuldades em operações logísticas mais complexas.

Perspectiva econômica

A economia de R$ 8 milhões mencionada pela estatal é um dos principais argumentos para a decisão. Em um cenário de reestruturação e busca por eficiência financeira, os Correios têm adotado medidas para reduzir custos operacionais e otimizar processos.

No entanto, especialistas apontam que o fechamento de agências também pode gerar impactos negativos a longo prazo, como a redução da capacidade de atender clientes empresariais e a perda de competitividade no mercado logístico.

O futuro das agências CEM

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Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com a desativação das unidades, os Correios afirmaram que irão reforçar a digitalização e modernização de seus serviços, buscando atender empresas de forma mais eficiente por meio de plataformas online.

A estatal também pretende redimensionar as 19 agências CEM restantes, adequando sua estrutura e operação à nova realidade. Ainda não foi informado como será o suporte aos clientes que deixarão de contar com as agências desativadas.

Considerações finais

O fechamento de 38 agências CEM pelos Correios reflete uma estratégia da estatal para reduzir custos e otimizar recursos, mas também levanta questões sobre o impacto dessa decisão para empresas e usuários.

Enquanto a empresa busca se adaptar às mudanças econômicas e às demandas do mercado, a preocupação com a centralidade no cliente e a competitividade permanece no centro das discussões. Empresas e consumidores aguardam para entender como os serviços serão reorganizados e se haverá suporte adequado para atender às suas necessidades.

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