Febraban confirma Pix grátis e combate a fake news sobre taxação

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) reafirmou nesta terça-feira (14) que o Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central, permanecerá gratuito para os usuários. A manifestação ocorre em meio à disseminação de notícias falsas nas redes sociais sobre uma possível taxação do serviço.

O que dizem os boatos sobre o Pix?

Nos últimos dias, circularam informações infundadas sugerindo que transações via Pix poderiam ser taxadas a partir de valores superiores a R$ 5 mil. Essas fake news geraram preocupação entre os brasileiros que utilizam amplamente o sistema para pagamentos e transferências.

Leia mais: Saiba como descobrir se as suas transferências Pix estão sendo monitoradas pela Receita Federal

De acordo com a Febraban, não há qualquer fundamento nas alegações de que usuários seriam cobrados por movimentações financeiras realizadas pelo Pix.

Receita Federal e fiscalização: origem da confusão

A desinformação ganhou força após a Receita Federal anunciar uma ampliação na fiscalização de movimentações financeiras. A medida tem como objetivo combater fraudes fiscais e sonegação, mas não altera o funcionamento do Pix nem impõe taxas aos usuários do sistema.

Desde 2015, bancos e instituições financeiras têm a obrigação de reportar à Receita movimentações que ultrapassem certos valores. Recentemente, esses limites foram ajustados para R$ 5 mil no caso de pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. No entanto, esse ajuste não está relacionado ao Pix e tampouco implica custos adicionais para os usuários.

Golpes aproveitam o cenário de desinformação

A Febraban também alertou que golpistas têm usado o ambiente de confusão para aplicar fraudes. Uma prática recorrente é a criação de boletos falsos que supostamente cobram taxas ou impostos relacionados ao Pix.

A entidade reforça que nenhuma instituição financeira ou órgão do governo solicita pagamentos por meio de boletos ou mensagens direcionadas aos usuários. Assim, qualquer comunicação que mencione cobranças deve ser considerada suspeita e descartada imediatamente.

Pix continuará gratuito para todos

O sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, lançado em 2020, foi projetado para oferecer uma alternativa prática e gratuita às transferências bancárias tradicionais. Desde então, tornou-se amplamente utilizado por pessoas físicas e empresas no Brasil.

A gratuidade do Pix é garantida pela regulamentação do Banco Central, que proíbe a cobrança de tarifas para transferências entre pessoas físicas. A Febraban assegura que não há planos de mudança nesse cenário e que o serviço continuará sendo uma ferramenta acessível para todos os brasileiros.

Como se proteger das fake news e golpes

A Febraban recomenda aos usuários que fiquem atentos e sigam algumas orientações simples para evitar cair em fraudes ou acreditar em notícias falsas:

Verifique a fonte das informações

• Duvide de mensagens alarmantes que circulam em aplicativos de mensagens e redes sociais.
• Consulte fontes confiáveis, como o site do Banco Central ou da própria Febraban, para confirmar informações sobre o Pix.

Não clique em links suspeitos

• Evite acessar links enviados por desconhecidos ou que aparentem ser de origem duvidosa.
• Nunca forneça dados pessoais ou financeiros em páginas não oficiais.

Atenção aos boletos recebidos

• Certifique-se de que o boleto foi emitido por uma instituição confiável.
• Em caso de dúvidas, entre em contato diretamente com o banco ou a empresa responsável.

Considerações finais

A Febraban foi clara ao afirmar que o Pix continuará gratuito, desmentindo boatos de taxação e reafirmando a segurança e acessibilidade do sistema. Além disso, destacou a importância de combater a desinformação e estar atento a possíveis golpes que aproveitam o clima de incerteza.

Enquanto isso, o Pix permanece como um dos principais instrumentos de inclusão financeira no país, permitindo que milhões de brasileiros realizem transações de forma ágil, gratuita e segura.