Banco Central ironiza fake news da taxação do Pix com hit do verão: ‘descer para o BC’

seucreditodigital.com.br banco central informa que funcionamento do pix foi normalizado Pix Banco Central Instabilidade

O Banco Central (BC) utilizou as redes sociais nesta quarta-feira (15) para desmentir boatos sobre a suposta taxação do PIX e o fim do sigilo bancário.

Em uma abordagem leve e bem-humorada, o BC fez referência ao hit do verão “Descer pro BC [Balneário Camboriú]” da dupla Brenno e Matheus, conquistando atenção nas plataformas digitais.

A publicação, intitulada “BC Sincero”, veio em resposta a uma onda de fake news que circulou nas redes sociais nos últimos dias. As informações falsas alegavam que o governo planejava cobrar taxas sobre o PIX e acabar com a proteção ao sigilo das transações financeiras.

O BC aproveitou a oportunidade para reafirmar que o PIX permanece gratuito para pessoas físicas e que o sigilo bancário está assegurado por lei.

Leia mais:

Fiscalização do Pix cancelada: governo revoga norma da Receita Federal

As Fake News Sobre o PIX

Pix
Imagem: Freepik/ Edição: Seu Crédito Digital

Nos últimos dias, rumores de que o governo estaria taxando o PIX ou monitorando excessivamente as movimentações financeiras ganharam força nas redes sociais.

Essas informações, porém, são falsas. As fake news foram usadas até mesmo por golpistas para aplicar fraudes, como o envio de boletos falsificados e a disseminação de informações enganosas para criar pânico entre os usuários.

O Que Realmente Aconteceu

  1. A Receita Federal atualizou normas para monitorar movimentações financeiras, incluindo o PIX, com limites de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas.
  2. Esses valores, no entanto, seriam aplicados de forma semelhante a outras modalidades de pagamento, como cartões de crédito e débito, que já são monitorados.
  3. As fake news criaram a falsa impressão de que o governo estava criando um imposto para transações via PIX.
  4. O governo recuou e revogou as mudanças nas normas, devolvendo o sistema ao formato anterior.

A Resposta Bem-Humorada do Banco Central

A postagem do Banco Central no Twitter começou com um tom irônico:

“Faaaaala meus amantes de teoria da conspiração e caçadores de tarifa em serviço de pagamento gratuito! BC Sincero na área para aliviar o coraçãozinho de quem desceu pro BC com a cabecinha cheia de fake news sobre cobrança de taxa no PIX e fim do sigilo bancário das suas movimentações financeiras.”

A publicação não só desmentiu os boatos como também trouxe informações claras e objetivas, destacando:

  • O PIX continua sendo gratuito para pessoas físicas.
  • O sigilo bancário dos usuários está garantido pela legislação brasileira.

A estratégia bem-humorada do BC repercutiu positivamente, reforçando a confiança dos usuários no serviço e ajudando a combater a desinformação.

Governo Recuou nas Atualizações das Normas

Na mesma quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo revogaria o ato que incluía o PIX nas normas de monitoramento de movimentações financeiras.

Segundo ele, a decisão foi tomada para evitar a disseminação de informações falsas e a utilização das mudanças como instrumento para golpistas.

Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá assinar uma medida provisória (MP) que proibirá:

  1. A cobrança de impostos ou taxas sobre transações via PIX.
  2. A diferenciação de preços entre pagamentos em dinheiro e PIX, garantindo igualdade de condições para os consumidores.

Impacto das Fake News no Recuo

Embora a intenção inicial do governo fosse apenas alinhar o PIX às práticas já aplicadas a cartões e outras formas de pagamento, as fake news acabaram gerando um efeito contrário. A confusão levou o governo a voltar atrás, mantendo as regras atuais.

O Que é Verdade Sobre o PIX

O PIX é Gratuito para Pessoas Físicas

  • Transferências entre contas de pessoas físicas não têm custo, garantindo acesso universal e sem tarifas ao serviço.
  1. Sigilo Bancário Está Garantido
    • As informações das transações financeiras dos usuários seguem protegidas pela legislação brasileira, impedindo o acesso indevido.
  2. Normas de Monitoramento São Comuns
    • Assim como acontece com cartões de crédito e débito, transações acima de determinados valores são monitoradas para evitar fraudes e sonegação fiscal.
  3. Sem Diferenciação de Preços
    • A MP proposta pelo governo irá proibir a cobrança de taxas adicionais para pagamentos via PIX, fortalecendo o uso do meio de pagamento digital.

Entenda o Monitoramento de Transações Financeiras

Pix por aproximação
Imagem: Freepik

As normas de monitoramento atualizadas pela Receita Federal incluíam o PIX em um sistema que já observava transações feitas por cartões de crédito, débito e transferências bancárias.

Os novos limites para monitoramento seriam:

  • Pessoas físicas: movimentações acima de R$ 5 mil por mês.
  • Pessoas jurídicas: movimentações acima de R$ 15 mil por mês.

Esses valores são superiores aos antigos limites aplicados a outras modalidades, que eram de R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 6 mil para empresas.

O Que Isso Significa para o Usuário?

Para a maior parte dos usuários do PIX, as mudanças propostas teriam impacto limitado, já que as transações de pequeno valor continuariam fora do monitoramento.

Além disso, a Receita Federal reforçou que as medidas tinham como objetivo combater crimes financeiros e fraudes, e não interferir no dia a dia dos cidadãos.

Considerações Finais

O uso do PIX transformou a forma como os brasileiros lidam com transferências financeiras, tornando-se uma ferramenta essencial para a população.

O desmentido do Banco Central e o recuo do governo em relação às normas de monitoramento reforçam a confiança no sistema e garantem que ele continuará sendo acessível, gratuito e seguro.

A rápida resposta do BC, associada ao tom leve e humorístico, ajudou a esclarecer dúvidas e combater a desinformação, provando que comunicação eficaz é essencial em tempos de fake news.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.