Polícia investiga possível golpe milionário de concessionária de carros de luxo em BH

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) abriu inquéritos para investigar um possível golpe milionário de uma concessionária de carros de luxo, que tinha sede na av. Raja Gabaglia, no bairro Santa Lúcia, na região Centro-Sul de BH.

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Diversos clientes acionaram a Justiça e registraram boletins de ocorrência alegando que tinham valores ou veículos a receber da empresa, mas não conseguiram acesso aos bens.

Em outubro passado, a concessionária publicou um comunicando na internet anunciando o fechamento da loja física e a continuidade das atividades de forma virtual. A mensagem explica que a medida era necessária para reestruturar as operações da companhia.

A partir de então, as denúncias contra o grupo escalaram. O BHAZ teve acesso a uma ação judicial movida por um dos clientes. Nela, um empresário relata que deixou um carro modelo X3, da marca BMW, para venda no local. O veículo é avaliado em mais de R$ 400 mil e ele só receberia o valor após a conclusão da venda.

Segundo a petição, o carro foi deixado na loja em maio de 2024. Em setembro, após pedir o veículo de volta, o homem foi informado que o carro estava vendido. O representante da concessionária teria prometido fazer o pagamento em até uma semana, o que não teria sido realizado.

A vítima relatou que iniciou uma investigação própria e, com base no GPS, localizou o veículo com uma mulher. Em conversa, ela contou que o marido havia comprado o carro por R$ 402 mil e ainda não havia recebido o documento. A motorista revelou, ainda, que o vendedor havia informado que o proprietário anterior estava viajando, fato que teria motivado a demora na transferência.

Ao descobrir a história, o dono do carro voltou a procurar a concessionária e não conseguiu mais contato. Em seguida, ele foi surpreendido com o fechamento da loja.

Casos parecidos se repetem no Judiciário, com cifras diferentes. Em outra ação, um cliente do interior de Minas Gerais denunciou que comprou na loja um Fiat Toro Vulcano, avaliado em R$ 131 mil. O comprador alegou que transferiu R$ 5.000 para a concessionária no dia 24 de setembro de 2024 como sinal do acordo.

Quando ele foi a Belo Horizonte, em 30 de setembro, para pagar o restante do valor e concluir a negociação, o homem foi surpreendido com a loja fechada. O autor da ação conta, ainda, que conseguiu localizar o dono da concessionária e concretizar a compra com ele, mas o valor pago como sinal não foi restituído. O cliente alega que tentou resolver a situação com a gerência, mas não teve êxito.

Em outra ação, um homem cobra um pagamento de R$ 900 mil referente a um cheque que deveria ter sido descontado, mas não foi.

Após o surgimento dos casos, clientes lesados criaram um perfil no Instagram chamado “Vítimas da Prime Veículos BH”. Na página, eles reúnem relatos de pessoas afetadas.

Investigação

De acordo com a Polícia Civil, as investigações acontecem em duas delegacias. Uma está a cargo da 1ª Delegacia de Prevenção e Investigação de Furto e Roubo de Veículos Automotores e a outra na Divisão de Fraudes.

“Cumpre ressaltar que, os fatos, em tese, se encaixam na tipificação de estelionato, crime que exige representação por parte do interessado. Portanto, a PCMG orienta aos que tenham sido lesados que compareçam a uma Delegacia de Polícia, para realizar a devida representação criminal, de modo que a investigação tenha início. Caso tenha ocorrido a efetiva entrega do veículo na agência, orienta-se pela busca pela 1ªDEPIFRVA. Caso a negociação fraudulenta tenha se operado, em prejuízo financeiro, contudo, sem vinculação ao bem automotor, indica-se procurar a Divisão de Fraudes, para o registro do fato e representação”, destacou a instituição.

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