O Faísca é o melhor bar de 2025 em BH, mas eu sou suspeito pra falar

Depois de visitar mais de 200 bares diferentes em 2024, abri o meu. E logo no primeiro dia de funcionamento ouvi: “Seu bar tem obrigação de ser bom, porque uma coisa que não te falta é referência”. Pois bem, de fato tentei pegar tudo o que considero ser interessante em um comércio boêmio e coloquei pra funcionar em benefício próprio. Portanto, pra mim o Faísca já é o melhor bar de 2025 em BH, mas obviamente eu sou suspeito pra falar.

Minha ideia com essa coluna é contar um pouquinho para vocês sobre o formato do bar e porque fizemos da forma que é.

Não é de hoje que me atraio por bares pequenos. Não somente por ter experiência gerindo um bar grande e vendo a dificuldade que é, mas pelo charme dos frascos menores. Um bar pequeno facilita que você tenha sempre a mesma equipe, o que gera identificação com os clientes. É mais fácil também conhecer seus clientes e encontrá-los no bar, uma vez que este só tem 45 cadeiras. Bares pequenos também trazem sensação de conforto e não ficam tão estranhos se vazios. Além, obviamente, de serem mais fáceis de gerir.

Exemplo de como tudo vai na churrasqueira no Faísca.
Exemplo de como tudo vai na churrasqueira no Faísca.

Queria um bairro com cara de bairro. Desses que as pessoas ainda ficam na rua tomando conta da vida alheia, dão notícias das novidades e que os filhos, quando saem da casa dos pais, acabam morando a somente algumas quadras de distância. Entre algumas escolhas possíveis, os que mais nos agradava era o Caiçara. Focamos nossas buscas por ali e enfim encontramos um ponto ideal. É muito legal poder servir o bairro com coisa boa e, em breve, esperamos ter condições exclusivas para nossos vizinhos.

Queria também um bar que tivesse uma proposta de cardápio coesa, um tema a ser seguido. Acredito que um conceito bem definido possibilita que o negócio se especialize e atraia interessados na temática. É mais fácil se diferenciar assim. O desafio é conseguir ter opções que agradem a todos (ou quase todos) sem se perder. De forma geral, os bares já entendem que cardápios muito grandes trazem perdas e não necessariamente atraem mais clientes. A grande dificuldade está em escolher o que será servido e manter a coesão. Essa decisão não foi tomada somente por preferência, mas pela incapacidade que o bar que escolhemos tem de armazenar insumos para um cardápio enorme.

E claro que também queríamos mesinhas na calçada. Não só para ampliar o pequeno salão, mas para de fato se inserir no bairro. A porta pra rua se torna muito mais convidativa se tiver mesinhas em frente. É o melhor marketing que um bar pode ter. Seja quantas forem, as mesinhas na rua levam vida ao quarteirão – que, neste caso, não tem nenhum bar além do nosso.

No Faísca optamos por servir comida ordinária na brasa. Isto é, petiscos que você comeria em qualquer lugar (que tiver boas ideias), mas sempre com um toque de fogo. A ideia não é gourmetizar a churrasqueira, e sim o contrário: Tratá-la como um método de cocção como qualquer outro e levar a ela tudo o que quisermos: Repolho, salada de agrião, galeto, bananinha ou jiló. De pastel de feijoada com defumados a sorvete de banana na churrasqueira com canela, tudo tem uma faísca. Meu sócio, Zito Cavalcante, é muito criativo e tem no fogo um velho amigo. Está tudo muito gostoso, mas obviamente sou suspeito pra falar.

Tirem suas conclusões e me mandem uma DM no @faiscabh com elogios, críticas ou o que quiserem. Concordem ou discordem que o Faísca é o melhor bar de 2025 em BH – E olha que o ano mal começou, hein?

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