Torres caem e afetam transmissão de energia de Belo Monte

A segurança do sistema elétrico brasileiro foi colocada à prova nesta semana após uma tempestade derrubar torres de transmissão da linha Xingu-Terminal Rio, uma das principais responsáveis por conectar a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, à região Sudeste. A interrupção causou uma redução de 4.000 MW na capacidade de transmissão, mas, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), não houve necessidade de corte no fornecimento de energia elétrica.De acordo com o ONS, as medidas operativas adotadas garantiram o atendimento pleno da demanda nacional. “O ONS adotou as medidas operativas necessárias e que garantiram o pleno atendimento da demanda de energia elétrica do país”, afirmou o órgão em nota, ressaltando que o incidente foi publicado inicialmente pelo jornal Valor Econômico.CONTEÚDO RELACIONADOAzul suspende operação em 12 cidades brasileiras. Veja!Familiares de Rubens Paiva vão receber certidão de óbitoVídeo mostra metrô de São Paulo alagado e pessoas em riscoA queda das torres, que ocorreu em uma área de difícil acesso, também impactou a geração da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que caiu de 8.300 MW médios para cerca de 7.300 MW médios na quinta-feira (23). A indisponibilidade de um dos bipolos da linha Xingu-Terminal Rio exigiu uma redução nos limites de transferência de energia entre as regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, a fim de garantir a operação segura do sistema.Quer mais notícias nacionais? Acesse o canal do DOL no WhatsApp.A Xingu Rio Transmissora de Energia (XRTE), controlada pela chinesa State Grid, informou que um plano de emergência foi acionado imediatamente e que equipes já estão atuando no local. “A XRTE está analisando o evento e irá se pronunciar quando tiver informações consistentes”, declarou a empresa.O impacto mais direto foi sentido na operação de Belo Monte, cuja capacidade está agora limitada pela necessidade de atender à carga do sistema Manaus-Macapá e pela capacidade das demais linhas da Subestação Xingu. Enquanto isso, o outro bipolo da linha segue operando com 4.000 MW, mantendo parcialmente a conexão entre a Subestação Xingu, no Norte, e a Subestação Estreito, no Sudeste.A expectativa é de que as ações de recuperação ocorram nos próximos dias, mas o ONS destacou a complexidade da operação, devido à gravidade dos danos e à localização do incidente.
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