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São Paulo.- A Galaxies, startup brasileira, está transformando a pesquisa de mercado com o uso de dados sintéticos; tecnologia que gera dados artificialmente, mas que imitam padrões reais. “Na era da inteligência artificial (IA), onde decisões precisam ser rápidas e precisas, os dados sintéticos estão se tornando a nova matéria-prima para inovação”, ressalta Daniel Victorino, CEO e head de dados da Galaxies.
Essa solução se destaca pelo uso de personas também sintéticas, ao invés de reais, permitindo que uma empresa possa realizar uma série de pesquisas de mercado, com 98% de assertividade, resultados em até 48 horas e custo reduzido em comparação às pesquisas tradicionais.
A proposta inovadora vem beneficiando o desenvolvimento de produtos e campanhas de marketing em qualquer setor, apesar de a empresa estar mais voltada para o mercado de games. O CEO também garante que tudo está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
Conceito e benefícios das personas sintéticas
Personas sintéticas são representações fictícias de segmentos de clientes criadas a partir de dados reais coletados de diversas fontes, como histórico de compras, interações em redes sociais e comportamento de navegação na internet. Essas personas são construídas utilizando técnicas de IA e análise de dados para identificar padrões e características comuns entre os consumidores.
Ao integrar dados sintéticos e personas sintéticas, a Galaxies oferece soluções personalizadas que atendem às necessidades específicas de cada setor. Essa abordagem permite uma análise mais precisa e eficiente, resultando em decisões estratégicas mais informadas e eficazes.
Já os dados sintéticos são criados por algoritmos e simulações computacionais baseados em tecnologias de IA generativa.
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Um mercado promissor
De acordo com Victorino, a adoção de IA e dados sintéticos está em expansão e é esperado que nos próximos três anos, mais da metade das pesquisas de mercado utilizarão dados sintéticos, devido à sua flexibilidade, custo reduzido e capacidade de escalabilidade.
No entanto, o uso dessa tecnologia não está isento de desafios. Segundo o CEO, entre eles destacam-se a resistência cultural, a falta de conhecimento técnico e as dúvidas sobre a confiabilidade dos dados. Para superar essas barreiras, Daniel Victorino recomenda investimento em capacitação, integração com TI e testes iniciais de validação.
A Galaxies, que oferece tanto a tecnologia quanto o serviço, proporciona aos clientes relatórios detalhados, interativos ou estáticos, através de painéis de controle que mostram hábitos, descobertas e insights de forma clara e visual. Além disso, realiza workshops, presenciais ou online, para auxiliar na tomada de decisões estratégicas.
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Quanto ao custo das pesquisas, isso varia conforme a metodologia adotada (quantitativa ou qualitativa), é outro fator importante, já que muitas empresas buscam ferramentas ágeis para obter respostas rápidas e otimizar o retorno sobre os investimentos. Mas a empresa garante que o método é 90% mais barato do que pesquisas tradicionais.
Embora a personalização das pesquisas seja fundamental, a Galaxies também visa atender pequenas e médias empresas com planos de assinatura que serão lançados em março, oferecendo personas pré-desenvolvidas segmentadas por critérios como idade, renda e hábitos de consumo.
Com um time multidisciplinar, composto por especialistas em pesquisa quantitativa e qualitativa, engenheiros de dados e analistas, a Galaxies também está se expandindo globalmente, com presença em Dubai, Dinamarca e Itália.
A abordagem inovadora da empresa está conquistando setores como farmacêutico, mídia, entretenimento e bens de consumo, especialmente em um momento em que as empresas buscam melhorar a validação de novos produtos e otimizar lançamentos, que, muitas vezes, enfrentam taxas de falha de 50% a 70%.