Sem novas medidas fiscais nas contas públicas? Entenda a declaração do Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quinta-feira (30) que, se depender dele, o governo não adotará novas medidas fiscais para cortar gastos. A afirmação foi feita durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto , em meio a debates sobre a sustentabilidade da dívida pública e as projeções do mercado para o déficit fiscal.

O mandato reforçou que a estabilidade fiscal é uma prioridade para o seu governo, mas garantiu que não tomará decisões que recairiam sobre os mais pobres. Lula também criticou economistas e agentes do mercado que, segundo ele, erraram ao prever um rombo maior nas contas públicas.

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Lula reafirma compromisso com estabilidade fiscal

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Imagem: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Durante a coletiva, Lula ressaltou que o governo não trabalha com novas cortes e que qualquer ajuste será amplamente considerado com sua equipe econômica antes de ser implementado.

“Estabilidade fiscal é uma questão muito importante para o governo e para mim. A gente quer fazer o menor déficit possível. Eu não tenho outra medida fiscal. Se for necessário, vamos reunir o governo e discutir. Mas, se depender de mim, não tem outra medida fiscal.”, afirmou.

A declaração ocorre no momento em que o mercado financeiro e especialistas analisam a trajetória da dívida pública e a necessidade de medidas para conter o avanço do déficit.

Críticas ao mercado e defesa de Haddad

Lula também aproveitou a ocasião para criticar os economistas e investidores que erraram suas projeções sobre o déficit fiscal em 2023.

“As pessoas que passaram o ano inteiro falando de déficit fiscal deveriam pedir desculpas ao Haddad”, disse o presidente, defendendo o ministro da Fazenda.

O governo conseguiu fechar o ano com um déficit menor do que o previsto pelo mercado, o que, segundo Lula, demonstra que a política econômica conduzida por Fernando Haddad está no caminho certo.

Ajuste fiscal sem prejudicar os mais pobres

Lula enfatizou que seu governo não adotará medidas fiscais que impactem as qualidades mais humildes. Ele defende que os ajustes devem ser feitos sem comprometer programas sociais e políticas externas à população de baixa renda.

“O que não posso é levar o povo mais humilde ao sacrifício. Vamos pensar no desenvolvimento sustentável do país, mantendo uma estabilidade fiscal, sem que o povo pobre pague o preço de um corte de gastos desnecessários.”, afirmou.

Essa posição reforça o compromisso da gestão atual com um modelo econômico mais inclusivo, focado na redução das desigualdades sociais.

A sustentabilidade da dívida pública em debate

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Imagem: fizkes/ Shutterstock.com

A declaração de Lula ocorre em meio ao intenso debate sobre a sustentabilidade da dívida pública brasileira. O mercado tem mostrado preocupação com o crescimento dos gastos públicos, especialmente em um cenário de juros altos e baixa arrecadação.

A equipe econômica do governo tem buscado medidas para conter o avanço do endividamento, mas sem comprometer investimentos em infraestrutura e programas sociais.

Orçamento e planejamento fiscal do governo

O governo federal trabalha com um orçamento que já contempla diversas variáveis ​​econômicas e fiscais. Lula reforçou que o planejamento do Executivo leva em consideração diferentes cenários e que não há necessidade de medidas emergenciais para equilibrar as contas.

“Quando a gente manda um orçamento para o Congresso Nacional, já mandamos considerar todas as variações possíveis. 0,1% é zero. A previsão fiscal do governo é realista e baseada em dados sólidos.”

Conclusão

As declarações de Luiz Inácio Lula da Silva reforçam a postura do governo de buscar um equilíbrio fiscal sem comprometer políticas sociais. O presidentescartou novas medidas fiscais no curto prazo e criticou as projeções erradas do mercado sobre o déficit público.

O desafio do governo será manter a confiança dos investidores e, ao mesmo tempo, garantir que os ajustes econômicos não penalizem a população mais vulnerável. Com um cenário econômico desafiador, as decisões da equipe econômica nos próximos meses serão cruciais para definir os rumores da dívida pública e da estabilidade fiscal do Brasil.

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