Mulheres são as que mais compram online no Brasil, segundo a ABComm

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O comércio eletrônico no Brasil segue em crescimento, e um estudo realizado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) revelou que, em 2024, as mulheres foram responsáveis por uma parte significativa das vendas online no país.

Com um aumento de 10,5% no faturamento em comparação com 2023, o e-commerce brasileiro atingiu a marca de 204,3 bilhões de reais. Neste cenário, a participação feminina foi crucial para este crescimento, representando quase 60% de todas as compras realizadas no ambiente digital.

O papel da mulher no comércio eletrônico

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Imagem: William Potter / shutterstock.com

O vice-presidente da ABComm, Rodrigo Bandeira, apontou que o perfil de consumo no Brasil mudou ao longo da última década. No passado, o público majoritário do e-commerce era masculino e focado em produtos de informática. No entanto, a presença das mulheres no comércio digital tem sido crescente, especialmente nos segmentos de moda e beleza, áreas que vêm se destacando cada vez mais nas lojas online.

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A participação feminina no comércio eletrônico reflete um cenário em que as mulheres não apenas compram mais, mas também influenciam as tendências e escolhas de consumo. Ao longo dos anos, o setor de moda digital, por exemplo, foi uma das áreas que mais se expandiu, com diversas opções de roupas, acessórios e cosméticos sendo oferecidas de maneira personalizada, algo que tem atraído ainda mais o público feminino.

Principais categorias de produtos comprados online

Embora as mulheres tenham desempenhado um papel fundamental no crescimento do e-commerce, as categorias de produtos que mais se destacaram em 2024 incluem os eletrodomésticos, com 19,65% das compras, seguidos de perto pelos itens de telefonia, com 13,1%. Esses dados refletem a diversificação nas compras feitas online, com consumidores adquirindo uma gama ampla de produtos além da moda e beleza.

O perfil do consumidor digital brasileiro

De acordo com o levantamento da ABComm, 35% dos consumidores digitais brasileiros têm entre 35 e 44 anos, com a classe C respondendo por 54% das compras realizadas. Isso indica que a inclusão digital e financeira está cada vez mais presente, permitindo que um número maior de pessoas tenha acesso ao comércio eletrônico, principalmente nas classes de renda intermediária.

Geograficamente, a região Sudeste continua sendo a líder nas compras online, com 55,8% dos consumidores digitais. São Paulo, um dos principais polos comerciais do Brasil, concentra a maior parte desses compradores, com 33,29% das transações realizadas no estado.

O crescimento do mobile first

Outro dado importante que chama atenção no estudo da ABComm é a predominância das compras realizadas por meio de dispositivos móveis. Em 2024, 55,5% dos consumidores utilizaram seus smartphones para realizar compras, o que indica uma tendência cada vez mais forte do conceito “mobile first”. Isso significa que os consumidores priorizam o uso de seus celulares para adquirir produtos, facilitando compras por impulso e criando uma nova dinâmica de consumo no comércio eletrônico.

Rodrigo Bandeira destaca que o uso de smartphones pode tornar as compras mais rápidas, mas também aumenta o risco de os consumidores caírem em golpes e propagandas enganosas, especialmente nas redes sociais. Com o crescimento do e-commerce, é essencial que os consumidores estejam atentos às práticas de segurança e verifiquem a confiabilidade das lojas online antes de realizar suas compras.

Expectativas para 2025

Mulher segurando um celular e um cartão de crédito
Imagem: fizkes/shutterstock – Edição: Seu Crédito Digital

Com o crescimento contínuo do comércio eletrônico no Brasil, a ABComm projeta que em 2025 o faturamento do setor alcance R$ 234,9 bilhões, o que representa um aumento de 15% em relação a 2024. A expectativa é que o número de pedidos cresça para 435,6 milhões, com 94,05 milhões de compradores. Além disso, o ticket médio deverá alcançar R$ 539,28, o que indica um aumento no valor médio gasto por cada consumidor.

Um dos fatores que pode impulsionar esse crescimento é a introdução do Drex, o real digital desenvolvido pelo Banco Central. A adoção de uma moeda digital oficial poderá trazer novas oportunidades para o comércio eletrônico, facilitando transações e ampliando as opções de pagamento para os consumidores.

Considerações finais

O e-commerce brasileiro segue em uma trajetória de crescimento, com a participação feminina desempenhando um papel central neste desenvolvimento. As mulheres não apenas compram mais, mas também influenciam as tendências de consumo, especialmente nos setores de moda e beleza.

Com as projeções positivas para 2025 e o avanço das tecnologias digitais, como o Drex, o comércio eletrônico no Brasil tende a continuar sua evolução, oferecendo mais oportunidades para consumidores e negócios. A tendência “mobile first” também deve se fortalecer, com mais pessoas fazendo compras por meio de seus smartphones, o que exige maior atenção à segurança online.

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