Pontes de Brusque apresentam risco de colapso e prefeitura prepara intervenções

Uma série de laudos contratados pela Prefeitura de Brusque aponta que várias pontes do município estão em situação crítica, com risco de colapso. A exemplo da ponte Antônio Nicolau Maluche, que passa por conserto, o Executivo afirma que novas intervenções serão realizadas para recuperar as pontes que apresentam risco.

O secretário de Infraestrutura e vice-prefeito de Brusque, Deco Batisti, destaca quatro pontes com maiores problemas: ponte da SC-486 (próxima à rotatória da travessa Lagoa Dourada), ponte da Bilu, ponte do Trabalhador e ponte do Guarani (acesso ao clube).

“Brusque tem várias pontes que nunca passaram por manutenção. Nos levantamentos, apareceram algumas pontes com problemas. A ponte do Maluche tinha maior risco. Então, fizemos a intervenção no período de menor impacto na vida das pessoas, a partir de 25 de dezembro”, explica.

O prazo de conclusão da obra de recuperação da ponte Antônio Nicolau Maluche é 17 de março. Entretanto, conforme o secretário e vice-prefeito, os trabalhos devem ser concluídos entre os dias 15 e 20 de fevereiro, um mês antes da previsão inicial.

Quanto à ponte do Guarani, a prefeitura vai analisar se será feita uma intervenção imediata no trânsito, como um bloqueio, ou se haverá restrição no tráfego de veículos pesados inicialmente. A intenção, ainda conforme Deco Batisti, é realizar intervenções maiores nas pontes em períodos de férias escolares, para evitar grandes prejuízos ao trânsito.

“Não queremos que nenhuma ponte caia, mas não queremos atrasar mais o trânsito”, afirma o secretário de Infraestrutura e vice-prefeito. “Se o risco for muito grande, teremos que parar [o trânsito]”, complementa.

A ponte da rodovia SC-486 é de responsabilidade do governo de Santa Catarina. Já há um projeto para recuperação da estrutura e construção de uma nova, isso porque a revitalização do trecho da rodovia depende da obra. “O estado já está sabendo. É uma ponte para veículos de 20 toneladas, mas passam carretas de 90 toneladas”.

O diretor de projetos da Secretaria de Infraestrutura, Alex Gonçalves, relata que as manutenções serão feitas de forma pontual. Segundo ele, não há uma lista como ordem de manutenção das estruturas. Cada caso será analisado.

“Em conversas com o governo do estado e outras prefeituras, concluímos que não é um problema da cidade de Brusque. Todas as pontes do estado e de prefeituras nunca tiveram um planejamento de manutenção. Essas pontes têm 50 anos”, conta Alex.

Foram elaborados laudos para dez pontes: ponte do Guarani, ponte da SC-486, ponte do Trabalhador, ponte da Bilu, ponte Alois Pettermann, ponte do Bateas, ponte da rua Florianópolis, ponte da rua São Pedro, ponte do Paquetá e ponte Antônio Nicolau Maluche (esta com obra já em andamento). Confira a situação de cada estrutura:

Ponte do Guarani

A conclusão do laudo sobre a ponte do Guarani aponta que há vários problemas estruturais. De acordo com o documento, a execução das fundações não seguiu as normas vigentes e a ponte apresenta risco de colapso.

Bloco de fundação da ponte do Guarani exposto. Foto: Reprodução

Ponte da SC-486

Já na ponte da SC-486, os danos estão concentrados nas vigas. Há problemas como armação exposta, deterioração do concreto e rachaduras. A recomendação é para restrição do tráfego de cargas pesadas, assim como em algumas outras estruturas que foram estudadas.

Ponte da SC-486, próxima à rotatória da travessa Lagoa Dourada. Foto: Reprodução

Ponte do Trabalhador

Na ponte do Trabalhador, o laudo constata problemas tanto na margem direita quanto na margem esquerda. Há grande falha estrutural de estabilidade, podendo provocar colapso.

Gabião da margem direita da ponte do Trabalhador apresenta recalque em excesso. Foto: Reprodução

Ponte João Libério Benvenutti (próxima à Bilu)

O laudo da ponte João Libério Benvenutti, popular ponte da Bilu, mostra que há danos no apoio 3 da estrutura. “Podemos observar que o apoio está em péssimas condições. As estacas estão se deteriorando e o formato do bloco ocasiona um grande acúmulo de entulho durante a cheia do rio”, consta no laudo.

Apoio 3 da ponte da Bilu. Foto: Reprodução

Ponte Alois Pettermann

Os maiores defeitos estruturais da ponte Alois Pettermann, no bairro Rio Branco, estão sobre a estrutura. De acordo com o laudo, as lajes pré-moldadas não estão ligadas às vigas longarinas. Além disso, há várias lajes quebradas, resultando no risco de colapso.

Laje rompida da ponte Alois Pettermann. Foto: Reprodução

Pontes do Bateas, rua Florianópolis, rua São Pedro e Paquetá

Os laudos da ponte do bairro Bateas e das pequenas pontes da rua Florianópolis, rua São Pedro e do bairro Paquetá têm as mesmas conclusões. As fundações de cada ponte apresentam recalque e os taludes estão com “elevado índice de erosão e instabilidade”, conforme aponta o documento. A recomendação é para demolição das pontes e construção de novas estruturas.


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