Sobe para nove o número de vítimas de médico acusado de estupro, em Itabira

A Polícia Civil de Minas Gerais informou nesta quinta-feira (6) que mais uma vítima registrou boletim de ocorrência contra o médio mastologista, Danilo Costa, de 46 anos. Com esse novo depoimento já são nove mulheres ouvidas no inquérito que investiga crimes contra a dignidade sexual. O médico, que atendia em um hospital em Itabira, na Região Central do estado, segue preso.

Também nesta quinta-feira, a justiça negou o pedido de revogação da prisão preventiva do médico. A solicitação havia sido feita pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O médico é investigado pelos crimes de estupro e importunação sexual, além de outros crimes contra a dignidade sexual contra funcionários e pacientes, dentre elas em tratamento de câncer.

O médico foi preso preventivamente na última terça-feira (4), quando a Polícia Civil cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão na residência dele.

Inicialmente, a investigação apontava seis vítimas, com idades entre 35 e 52 anos, incluindo uma paciente oncológica. Com o avanço do inquérito, novas denúncias surgiram, e o número de relatos aumentou. De acordo com o MPMG, o caso mais antigo identificado até o momento teria ocorrido em 2015.

Entendo o caso:

De acordo com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), as apurações foram iniciadas após uma paciente denunciar o abuso ocorrido durante atendimento com o suspeito para o tratamento de um câncer. De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher contou à polícia que foi agarrada assim que entrou no consultório. Após cometer o estupro, o médico teria dado a ela uma receita e agendado uma nova consulta para 90 dias depois.

A paciente contou, ainda, que o especialista a orientou a sair pelo corredor lateral para não ser percebida. Segundo a PM, desnorteada após a violência sexual, ela seguiu as orientações. Ao chegar em casa, chorando, ela contou para o filho sobre o ocorrido e a família foi a um hospital da cidade vizinha, João Monlevade, e acionou a polícia.

Segundo o delegado responsável pelo caso, após o relato da paciente, outras mulheres também denunciaram o médico. A pedido da Polícia Civil, a Justiça autorizou a prisão, a suspensão do passaporte do suspeito e um mandado de busca e apreensão na casa dele. O suspeito foi levado para o sistema prisional e segue à disposição do Judiciário.

“A Polícia Civil incentiva a população a relatar qualquer situação de abuso, garantindo total confidencialidade”, declarou o delegado João Martins Teixeira.

Em nota, o Hospital Nossa Senhora das Dores informou que afastou o médico assim que soube da primeira denúncia, no último dia 25, e que está cooperando com as autoridades na investigação. O comunicado ainda destaca garantia de acompanhamento às pacientes um processo administrativo interno para apurar os atos. Um novo médico vai ser indicado para assumir os atendimentos.

“O HNSD reitera seu compromisso com a ética, o respeito e a segurança de suas pacientes. A instituição deixa claro desta forma que não tolera qualquer conduta inadequada dos seus profissionais e assegura que todas as medidas cabíveis estão sendo adotadas para a completa elucidação do ocorrido. O hospital não compactua com atitudes de qualquer natureza que possam causar dano aos seus pacientes”, completa.

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