Criminosos vendem fotos de brasileiros por R$ 3,5 mil no WhatsApp

WhatsApp

Um vasto banco de dados contendo fotos e informações pessoais de mais de 560 mil brasileiros está sendo comercializado em grupos cibercriminosos no WhatsApp. Oferecido por R$ 3,5 mil, o pacote inclui dados sensíveis como nome completo, filiação, data de nascimento, RG, CPF e características físicas detalhadas. A origem do vazamento ainda é desconhecida, mas acredita-se que os dados sejam de cidadãos do Ceará. Este incidente destaca a crescente ameaça de vazamentos de dados no Brasil e a necessidade urgente de medidas robustas de segurança cibernética.

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Detalhes do vazamento

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Imagem: fadfebrian – Freepik

Conteúdo do banco de dados

O banco de dados, com aproximadamente 100 GB em formato SQLite, contém 560.690 registros de brasileiros. Além de fotos de alta qualidade, os dados incluem:

  • Nome completo
  • Filiação
  • Data de nascimento
  • RG
  • CPF
  • Altura
  • Cor da pele
  • Cor dos olhos
  • Cor do cabelo

Para atrair compradores, os cibercriminosos oferecem uma amostra com 100 registros e capturas de tela da estrutura dos materiais. Após a compra, o banco de dados é compartilhado via Google Drive.

Origem e distribuição

Embora a origem exata do vazamento não tenha sido confirmada, especula-se que algum órgão governamental do Ceará tenha sofrido um acesso não autorizado, resultando na exposição das informações. Vazamentos desse tipo são comuns no Brasil, onde instituições governamentais frequentemente enfrentam desafios em segurança cibernética.

Riscos associados ao vazamento

A exposição de dados pessoais e fotos pode levar a diversos tipos de ataques cibernéticos, incluindo:

  • Phishing direcionado: Criminosos podem usar as informações para criar mensagens convincentes que induzem as vítimas a revelar mais dados ou realizar ações prejudiciais.
  • Roubo de identidade: Combinando fotos e dados pessoais, é possível falsificar identidades para abrir contas bancárias ou realizar transações fraudulentas.
  • Abertura de contas fraudulentas: Utilizando os dados vazados, criminosos podem criar “contas laranja” para atividades ilícitas.

Além disso, a presença de características físicas detalhadas aumenta o risco de crimes como stalking e chantagem.

Crescente uso de aplicativos de mensagens no cibercrime

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Imagem: Golden Dayz / shutterstock

O uso de aplicativos de mensagens como WhatsApp e Telegram para atividades cibercriminosas tem aumentado. Grupos nesses aplicativos facilitam a distribuição de dados vazados e a coordenação de atividades ilegais. Embora o Telegram tenha sido popular entre cibercriminosos brasileiros, há indicações de que sua influência está diminuindo, com uma migração para o WhatsApp.

Medidas de proteção para os usuários

Para se proteger contra os riscos associados a vazamentos de dados, os usuários devem adotar as seguintes práticas:

  • Instalar aplicativos apenas de fontes confiáveis: Evite instalar aplicativos de fontes desconhecidas; prefira as lojas oficiais como Google Play Store e Apple App Store.
  • Desconfiar de mensagens suspeitas: Seja cauteloso com mensagens que oferecem promoções ou solicitam informações pessoais. Verifique sempre a autenticidade através de canais oficiais.
  • Manter softwares atualizados: Certifique-se de que seu sistema operacional e aplicativos estejam sempre atualizados para corrigir vulnerabilidades de segurança.
  • Utilizar autenticação de dois fatores: Ative a autenticação de dois fatores em todas as contas possíveis, preferencialmente usando aplicativos de autenticação em vez de SMS.
  • Monitorar registros financeiros: Utilize serviços como o Registrato, do Banco Central, para acompanhar movimentações financeiras em seu nome.

Ação das autoridades e responsabilidade das instituições

Este incidente ressalta a necessidade de uma resposta proativa das autoridades brasileiras em relação à segurança cibernética. É crucial que investigações sejam conduzidas para identificar a fonte do vazamento e responsabilizar os culpados. Além disso, instituições governamentais e privadas devem investir em medidas robustas de segurança da informação para proteger os dados dos cidadãos.

Conclusão

O vazamento de um banco de dados contendo fotos e informações pessoais de mais de 560 mil brasileiros é um lembrete alarmante das vulnerabilidades existentes na segurança cibernética do país. A exposição de dados sensíveis coloca os cidadãos em risco de diversos tipos de ataques cibernéticos e fraudes. É imperativo que tanto as autoridades quanto as instituições reforcem suas medidas de segurança para prevenir futuros incidentes. Enquanto isso, os usuários devem permanecer vigilantes e adotar práticas de segurança para proteger suas informações pessoais.

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