Taxas no Pix? Receita Federal explica o que é verdade e o que é golpe

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Em um cenário crescente de golpes digitais, a Receita Federal tem se tornado alvo de criminosos que utilizam informações falsas para enganar os cidadãos. Recentemente, golpistas têm se aproveitado de barcos e “fake news” relacionadas ao sistema de pagamento instantâneo, o Pix, para enganar os usuários. Esses fraudadores alegaram que existe uma cobrança de impostos sobre transações acima de R$ 5 mil, alertando que, caso não pagassem, o CPF do contribuinte seria bloqueado. No entanto, essas informações são totalmente falsas e desmentidas pela Receita Federal.

O objetivo desses golpistas é criar pânico e urgência nas vítimas para que elas efetuem pagamentos sem questionar. Usando o nome e símbolos da Receita Federal, eles se tornam fraudes mais convincentes e perigosas. Neste artigo, vamos abordar a maneira como esses golpes operam, como identificar mensagens fraudulentas e as medidas adotadas pela Receita Federal para combater esse tipo de crime.

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O que é o PIX e por que ele não pode ser tributado?

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Imagem: Freepik e Canva

Lançado pelo Banco Central em novembro de 2020, o Pix revolucionou o sistema financeiro brasileiro. Ele permite que transferências de dinheiro sejam feitas de forma instantânea, 24 horas por dia, sete dias por semana. Sua principal vantagem é a gratuidade para os usuários finais, além da rapidez nas transações.

A grande dúvida que os golpistas tentam explorar é em torno de uma suposta cobrança de taxas sobre transações realizadas via Pix. Porém, é importante ressaltar que não existe nenhuma taxa ou imposto sobre o Pix. A Constituição Federal do Brasil não permite a cobrança de tributos sobre movimentações financeiras realizadas através do sistema, a menos que haja uma alteração constitucional específica para isso.

Portanto, qualquer mensagem ou comunicado que fale sobre a cobrança de impostos pela Receita Federal sobre o Pix é uma tentativa de fraude. A Receita Federal já se pronunciou oficialmente sobre o tema, desmentindo essas informações e reforçando que não há, em hipótese alguma, qualquer taxa a ser paga para utilizar o Pix.

Como os golpistas utilizam a Receita Federal em suas fraudes?

O uso do nome e símbolos da Receita Federal é uma das estratégias mais comuns empregadas pelos golpistas. Eles se aproveitaram da autoridade do órgão para criar um senso de urgência nas vítimas. Geralmente, as mensagens fraudulentas informam sobre uma suposta cobrança de impostos ou impostos relacionados ao Pix , alegando que o pagamento não levaria ao bloqueio do CPF do contribuinte.

As mensagens fraudulentas podem ser enviadas por diversos meios, como WhatsApp, Telegram , e-mails ou até mesmo ligações telefônicas. Normalmente, os golpistas pedem que a vítima realize um pagamento via Pix para regularizar a situação e evitar problemas com o fisco. O que a vítima não sabe é que, ao fazer o pagamento, repassará seu dinheiro para os criminosos.

Esses golpes são tão bem estruturados que, muitas vezes, as mensagens possuem uma aparência oficial, como o logotipo da Receita Federal e outros elementos gráficos que imitam o site oficial do órgão. Isso torna a fraude ainda mais difícil de ser identificada pela vítima.

Como identificar um golpe ocorrido na Receita Federal?

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Imagem: rafapress / shutterstock.com

O primeiro passo para evitar cair em um golpe é desconfiar de qualquer mensagem recebida, especialmente quando envolve questões financeiras ou de pagamento imediato. Algumas dicas importantes para identificar um golpe incluem:

1. Mensagem inesperada

Se você não solicitar nenhum tipo de serviço ou transação, desconfie de mensagens que alegam ser da Receita Federal. O órgão recentemente entrou em contato com pagamentos via WhatsApp ou outros aplicativos de mensagens.

2. Urgência e ameaças

Mensagens que você pressiona para que você faça um pagamento de forma urgente, sob uma ameaça de bloqueio de CPF ou outros problemas, são sempre suspeitas. A Receita Federal nunca cobra taxas ou impostos sobre o Pix dessa maneira.

3. Links suspeitos

Evite clicar em links enviados por mensagens não solicitadas. Os golpistas frequentemente enviam links que levam a sites falsos, que pedem para você inserir dados pessoais ou realizar transações financeiras.

4. Exigência de pagamento por PIX

A Receita Federal não exige pagamento de taxas ou impostos sobre o Pix . Se alguém pedir para você pagar uma “taxa” via Pix , desconfie imediatamente.

Como se proteger de fraudes digitais?

A melhor maneira de se proteger contra esses golpes digitais é adotar hábitos de segurança e manter-se informado sobre as tentativas de fraude em curso. A Receita Federal oferece algumas dicas para proteger sua privacidade e evitar riscos de fraude:

1. Verifique sempre as informações

Caso receba uma mensagem informada da Receita Federal, verifique sempre as ocorrências. Acesse o site oficial do órgão ou entre em contato diretamente com o atendimento ao cidadão para qualquer dúvida.

2. Evite compartilhar dados pessoais

Nunca compartilhe seus dados bancários, número de CPF ou qualquer informação pessoal em mensagens de texto ou e-mail.

3. Ative a autenticação em duas etapas

Para proteger suas contas bancárias e dados pessoais, ative sempre a autenticação em duas etapas sempre que possível. Isso dificultará o acesso indevido aos seus dados.

4. Fique atento às atualizações sobre golpes

Acompanhe as redes sociais da Receita Federal e outros órgãos de defesa do consumidor para se manter informado sobre os golpes mais recentes. Dessa forma, você saberá o que fazer caso se compare com uma tentativa de fraude.

O que a Receita Federal está fazendo para combater esses golpes?

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Imagem: Freepik e Canva

A Receita Federal tem intensificado suas ações para combater as fraudes digitais, principalmente aquelas que envolvem o nome do órgão. Além de campanhas de conscientização, o órgão tem se dedicado a fortalecer seus sistemas de segurança para identificar e desarticular essas fraudes.

1. Campanhas de conscientização

A Receita Federal realiza campanhas educativas para alertar a população sobre os tipos mais comuns de fraudes e como se proteger delas. A conscientização da população é um dos principais métodos para diminuir os danos causados ​​por esses golpes.

2. Parcerias com outras instituições

A Receita Federal tem colaborado com bancos e outras instituições financeiras para melhorar a segurança das transações realizadas via Pix e outros meios de pagamento. Essas parcerias visam identificar e bloquear fraudes antes que as vítimas percam seu dinheiro.

3. Aprimoramento de segurança

O órgão também tem investido na melhoria da segurança de seus sistemas, para garantir que informações falsas sejam desmentidas rapidamente e para evitar que golpistas se utilizem do nome da Receita Federal para aplicar fraudes.

Conclusão

A luta contra as fraudes digitais é constante, e a Receita Federal tem intensificado seus esforços para proteger os cidadãos e impedir que golpistas utilizem o nome do órgão para aplicar golpes financeiros. O Pix é uma ferramenta segura e prática de pagamento, mas é essencial que os usuários estejam atentos para não cair em fraudes.

Se você receber qualquer mensagem que pareça suspeita, desconfie e procure sempre as fontes oficiais para confirmar a veracidade das informações. Com precaução e conhecimento, é possível proteger essas ameaças e evitar prejuízos financeiros.

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