Sem celular nas aulas: como foi a aceitação dos alunos de Brusque após nova lei

celular nas escolas

A lei que restringe o uso de celulares nas escolas já está em vigor nas unidades públicas e privadas de Brusque. A norma proíbe o uso do celular durante as aulas e intervalos. O único momento em que é permitido o uso dos celulares é com autorização prévia dos professores para atividades pedagógicas. Os diretores das instituições relatam uma aceitação dos alunos na mudança.

O Colégio Cônsul Carlos Renaux afirmou que segue a legislação, porém não detalhou as estratégias utilizadas pelos profissionais de educação à reportagem.

Na primeira semana de aula no Colégio São Luiz, os alunos participarão de palestras de conscientização sobre o uso do celular. O intuito é fazer os estudantes entenderem o motivo da lei.

“Temos que mostrar aos alunos o sentido da lei ao invés de proibir só por proibir. Os pais receberão um material educativo sobre a mudança para que não reste nenhuma dúvida”, diz o diretor do Colégio São Luiz, padre Silvano João Costa.

No colégio, os estudantes têm acesso a tablets para realizar atividades pedagógicas, o que exclui a necessidade deles levarem o celular. O que irá mudar é que os jovens não poderão usar o aparelho no intervalo das aulas.

Silvano afirma que muitos pais apoiam a mudança e que, por causa disso, o colégio sente que a mudança ocorrerá de forma tranquila. “Temos duas psicólogas que estarão à disposição caso haja algum problema e a própria escola manterá um contato direto com a família do aluno. Caso ele insista em trazer o celular, temos todo o manual de advertências”, finaliza.

Rede municipal

Já na rede municipal de Brusque, a questão do uso do celular não é um problema constante. A secretária de Educação, Franciele Mayer, afirma que ocorrem situações pontuais, mas com o auxílio do professor e da direção escolar, se necessário, a situação é sanada com a presença dos responsáveis do aluno.

“Há uma lei estadual de 2008 que já proibia o uso do celular na sala de aula. Então como já tínhamos essa proibição, não adotamos novas estratégias além das que já estávamos executando. Nesse começo de ano as crianças estão um pouco mais desafiadoras para entender quando podem usar o celular, mas não tivemos nenhum problema registrado no primeiro dia”, diz.

Nas unidades municipais os alunos também fazem uso dos tablets de ensino, o que também tira a necessidade do celular nas atividades. Os estudantes podem levar o celular para a escola, mas devem deixá-lo desligado na mochila. Já nos intervalos, por ser um período de 15 minutos, os jovens acabam comendo e já voltam para a aula.

Por fim, Franciele afirma que uma reunião entre os diretores das escolas e a pasta será feita para verificar se há necessidade de executar novas medidas sobre essa questão. Ela explica que já foram realizadas reuniões com os pais da educação infantil e que os encontros com os responsáveis do ensino fundamental irão acontecer ao longo de fevereiro.

Aceitação dos alunos

No Colégio Unifebe já havia a regra dos alunos não poderem utilizar o celular durante as aulas, apenas em atividades acadêmicas com autorização dos professores.

O diretor da instituição, Leonardo Ristow, afirma que houve uma aceitação de cerca de 95% dos estudantes em relação à mudança, e que eles começaram a levar jogos de tabuleiro e cartas para se entreter entre as aulas.

“Me impressionou bastante não termos tido problemas de uma forma geral. Até porque só enviamos um comunicado sobre a nova lei antes do início das aulas, então eles já estão vindo preparados para isso”, conta.

Leonardo conta que a direção pensou em alternativas para restringir o uso, mas acabou adotando o mesmo método do último ano. Quando o aluno leva o celular para o colégio, ele deve desligar o aparelho antes da aula e guardá-lo na mochila.

Ao fim do período escolar, ele pode ligar o celular na saída do colégio. “Muitos pedem o almoço por aplicativo ou mesmo ligam para os pais virem buscá-los”. Caso o aluno seja visto usando o celular, ele receberá uma advertência.

Para deixar a mudança de uma forma mais clara tanto para os pais quanto para os alunos, o corpo docente realiza reuniões com os estudantes e responsáveis. São discutidos o abuso do uso do celular e os momentos em que o aluno pode usar o aparelho.


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