Starlink no Brasil: descubra onde há mais usuários do serviço

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Apesar do objetivo principal da Starlink ser levar conectividade a regiões isoladas, o município com o maior número de assinantes da operadora de Elon Musk no Brasil está longe de ser um local remoto. O Rio de Janeiro encerrou 2024 com 3.647 acessos, tornando-se a cidade com a maior base de usuários do serviço via satélite.

Os dados são da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e foram divulgados pelo portal TELETIME. Eles mostram que a Starlink não só cresceu em áreas afastadas, como também ganhou força em grandes centros urbanos, onde a infraestrutura de internet terrestre já está consolidada.

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A expansão da Starlink no Brasil

Starlink spacex
Imagem: rosshelenphoto/ Freepik

A Starlink encerrou 2024 com 326 mil acessos no país, um crescimento impressionante de 145,8% em um ano. O aumento consolidou a empresa como a maior operadora de internet via satélite no Brasil, com cerca de 60% do market share nacional.

Entre os estados, Minas Gerais lidera o número de assinantes, com 40 mil acessos. Em seguida, aparecem Pará (38 mil), São Paulo (36 mil) e Amazonas (33 mil).

Distribuição da Starlink pelo território nacional

Segundo os dados da Anatel:

  • 5.178 dos 5.570 municípios brasileiros contam com pelo menos um acesso à Starlink;
  • Apenas 738 cidades possuem mais de 100 assinantes;
  • 100 municípios têm mais de 500 acessos;
  • 31 cidades ultrapassam a marca de mil clientes da operadora;
  • Minas Gerais é o estado com mais municípios atendidos (835), seguido por São Paulo (634) e Rio Grande do Sul (457).

O crescimento acelerado da Starlink levanta questionamentos sobre a real demanda do serviço. Enquanto há locais onde a conexão via satélite se apresenta como única alternativa, em outras regiões sua adoção pode estar relacionada à necessidade de uma internet mais estável e resiliente.

Por que grandes cidades adotam a Starlink?

Um dos aspectos mais curiosos do levantamento é a forte presença da Starlink em grandes centros urbanos. O Rio de Janeiro, com 100% de urbanização, e São Paulo, com 99%, aparecem entre as cidades com mais assinantes, mesmo contando com redes de fibra óptica bem estabelecidas.

Uso corporativo e redundância

Especialistas apontam que, em áreas urbanas, a Starlink pode estar sendo utilizada como conexão secundária. Empresas, estabelecimentos comerciais e até residências podem estar adotando o serviço como um link de redundância. Isso garantiria funcionamento contínuo em caso de falhas na infraestrutura tradicional.

Em Brasília, por exemplo, a presença de diversos órgãos do governo e embaixadas pode justificar o uso da Starlink como uma opção segura de backup. Além disso, o Distrito Federal conta com setores rurais onde a conexão via satélite se torna uma solução viável.

A realidade da Starlink em áreas remotas

Se, por um lado, a presença da Starlink em cidades altamente urbanizadas chama atenção, por outro, o serviço também se mostra essencial para regiões com desafios logísticos de conectividade.

O caso de Altamira, no Pará, é emblemático. O município, que é o maior do Brasil em extensão territorial (161 mil km²), enfrenta dificuldades na implantação de redes terrestres de internet. Com a economia baseada na agropecuária e no extrativismo, muitas localidades do município não possuem acesso fácil à banda larga convencional.

Nessas regiões, a Starlink se apresenta como uma solução eficiente para levar conectividade onde antes ela era inexistente ou extremamente limitada.

O futuro da Starlink no Brasil

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Imagem: Freepik/ Edição: Seu Crédito Digital

O crescimento exponencial da Starlink indica que a demanda por conectividade via satélite continuará forte nos próximos anos. Além disso, com a ampliação da infraestrutura da operadora e a popularização dos kits de acesso, é possível que a presença da empresa se expanda ainda mais, tanto em áreas remotas quanto em grandes centros urbanos.

A crescente adoção da Starlink pode pressionar as operadoras tradicionais a investirem em melhorias na infraestrutura e na qualidade do serviço. Com um mercado cada vez mais competitivo, a tendência é que os consumidores brasileiros tenham mais opções e melhores condições para garantir uma conexão estável e eficiente.

Além disso, a expansão da Starlink pode impactar diretamente a inclusão digital no Brasil, permitindo que comunidades isoladas tenham acesso a serviços essenciais, como telemedicina, ensino à distância e comércio eletrônico. Com a crescente digitalização da economia, a conectividade se torna um fator determinante para o desenvolvimento social e econômico, reduzindo desigualdades e criando novas oportunidades em locais onde a infraestrutura tradicional ainda não chegou.

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