Nos próximos meses, Trump deve tarifar ainda mais, segundo JPMorgan

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A tensão comercial global pode voltar a aumentar nos próximos meses. Analistas do JPMorgan alertam para novas medidas tarifárias ou ameaças nesse sentido por parte do governo dos Estados Unidos, após as recentes ações do presidente Donald Trump. Quer saber todos os detalhes? Então continue a leitura e fique por dentro de tudo!

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O que está acontecendo?

Nos últimos meses, as tarifas comerciais se tornaram uma ferramenta essencial na estratégia econômica dos EUA. Embora as tarifas sobre o Canadá e México tenham sido temporariamente adiadas, o governo optou por manter uma tarifa de 10% sobre as importações chinesas. Esse movimento reforça as incertezas no mercado e pode desencadear retaliações comerciais de outros países.

Previsões do JPMorgan

O JPMorgan destaca que o adiamento das tarifas para Canadá e México é uma decisão momentânea e não deve ser vista como definitiva. O banco avalia que, caso as negociações comerciais não avancem, o governo pode reintroduzir tarifas sobre produtos desses países.

Quanto à China, a tarifa de 10% aplicada recentemente pode ser apenas o começo. Segundo os analistas do banco, novos aumentos são esperados até o terceiro trimestre. O principal fator para a intensificação da guerra comercial será o relatório sobre práticas comerciais, previsto para ser divulgado em 1º de abril. Esse documento pode servir como base para uma nova rodada de tarifas.

Impacto no mercado e na economia

Bandeira dos EUA hasteada
Imagem: logoboom/Shutterstock.com

Como a economia dos EUA pode ser afetada?

A incerteza causada pelas políticas tarifárias tem potencial para desacelerar o crescimento econômico. O JPMorgan alertou que, embora não tenha revisado sua projeção de crescimento para 2025, os riscos estão aumentando.

No curto prazo, a economia dos EUA segue resiliente. Em janeiro, foram criadas 143 mil novas vagas de emprego, levando a taxa de desemprego a 4%, o menor nível desde maio de 2024. Além disso, os salários também cresceram 0,5% no mês.

No entanto, caso as tensões comerciais se agravem, as empresas podem reduzir investimentos e adiar decisões estratégicas. Isso representaria um risco para os gastos de capital e o crescimento sustentado da economia americana.

Reação do mercado

Os mercados financeiros estão atentos aos desdobramentos dessas medidas.

  • O setor de tecnologia, fortemente dependente da China, pode ser um dos mais impactados por tarifas adicionais.
  • Empresas exportadoras, como Boeing e Caterpillar, também podem sofrer com barreiras comerciais impostas por outros países em retaliação.
  • O setor de commodities está sob pressão, pois as tarifas podem afetar os fluxos de importação e exportação de metais e produtos agrícolas.

O que esperar nos próximos meses?

Medidas tarifárias futuras

No último domingo, Trump anunciou que tarifas recíprocas serão divulgadas nesta semana. O governo já havia imposto uma tarifa generalizada de 25% sobre importações de aço e alumínio, medida que gerou críticas de países aliados.

Expectativas para a política monetária

O Federal Reserve segue monitorando os efeitos das tarifas sobre a inflação e o crescimento. O JPMorgan projeta um aumento de 0,2% no núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na próxima semana. Apesar dos possíveis impactos tarifários, a instituição acredita que o Fed manterá sua política monetária inalterada no curto prazo.

Considerações finais

As previsões do JPMorgan indicam que as tensões comerciais devem continuar impactando os mercados nos próximos meses. Embora a economia dos Estados Unidos esteja resiliente, as incertezas tarifárias podem afetar o crescimento e as decisões de investimento. O mercado segue atento aos próximos passos do governo americano e à possibilidade de novas tarifas serem implementadas ainda neste trimestre.

Imagem: Evan El-Amin/shutterstock.com

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