Terceirizados da Educação municipal de BH ameaçam entrar em greve a partir do dia 24

Funcionários terceirizados Educação municipal, da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, devem iniciar uma paralisação a partir do próximo dia 24 de fevereiro. O indicativo de greve foi definido durante assembleia realizada pela categoria na manhã desta quarta-feira (12), na Praça Afonso Arinos, na região Centro-Sul da capital mineira.

Na prática, o grupo definiu a data de início da eventual paralisação e alinhou que haverá uma nova reunião na quinta-feira (20) para deliberar sobre o assunto. “Caso a prefeitura não atende as propostas, vamos iniciar a grave”, explicou Vanessa Portugal, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-RedeBH).

A primeira demanda da categoria é de um reajuste salarial de 14,8%, contra os 7% oferecidos pelo município. A segunda é de benefícios para funcionários, com a liberação para acompanhamento de filhos menores de idade em consultas médicas, já que a maioria dos funcionários são mulheres, e mais informações sobre os descontos em folha. O grupo também levantou a bandeira do fim da jornada de trabalho 6×1.

“O salário dos terceirizados é muito baixo. Essa atualização que pedimos é o necessário para que se equipare com o de outras pessoas que exercem a mesma função na cidade”, detalha Vanessa Portagal.

Segundo o SindRede-BH, a capital mineira tem cerca de 8.000 trabalhadores terceirizados na educação. O sindicato estima que a assembleia desta manhã reuniu quase 4.000 pessoas. “Se a greve continuar, a escola não vai funcionar porque vai ficar sem cantineiras, faxineiras, pessoas que acompanham alunos deficientes, monitores da escola integrada e porteiros”, exemplificou Vanessa sobre o impacto da possível paralisação.

A reportagem procurou a Prefeitura de BH para comentar sobre as demandas e aguarda retorno.

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