Volvo lidera mercado de caminhões pesados e semipesados em 2024

Marca alcança crescimento de 18% e amplia serviços, mas prevê retração do setor em 2025

A Volvo consolidou sua liderança no mercado brasileiro de caminhões semipesados e pesados em 2024, alcançando 23.185 emplacamentos, um crescimento de 18% em relação ao ano anterior. Com esse desempenho, a montadora sueca obteve uma participação de mercado de 23,7%. A adesão aos Planos de Serviços também cresceu, atingindo nove em cada dez caminhões entregues. Para 2025, no entanto, a empresa projeta uma retração no mercado de caminhões no Brasil.

O grande destaque de vendas foi o modelo FH 540, que pela sexta vez consecutiva foi o caminhão mais comercializado do Brasil, com 7.765 unidades emplacadas. O FH 460 garantiu a segunda posição entre os pesados, com 4.956 licenciamentos. No segmento de pesados, a Volvo comercializou 18.838 unidades, ampliando sua participação de mercado para 30% e registrando um crescimento de 20% sobre o ano anterior.

No segmento de semipesados, o Volvo VM também se destacou, com 7.462 unidades vendidas. O modelo VM 290 liderou as vendas da categoria, com 4.026 unidades. “Nossa liderança de muitos anos na soma dos segmentos de pesados e semipesados atesta a confiança dos transportadores na marca Volvo, em nossos caminhões e na estrutura de serviços de nossa rede de concessionárias”, afirma Wilson Lirmann, presidente da Volvo na América Latina.

Destaque entre vocacionais

A Volvo também manteve sua liderança no segmento de caminhões vocacionais, destinados a aplicações severas como mineração e setor florestal. A montadora alcançou uma fatia de 61% do mercado florestal, 44% no setor de mineração e 29% no segmento de cana-de-açúcar. “Além disso, o VMX, versão off-road deste modelo, conquistou muito espaço. Foram 3.000 emplacamentos no ano passado, o que corresponde a 40% do volume da linha VM”, destaca Alcides Cavalcanti, diretor-executivo da Volvo Caminhões.

Expansão dos Planos de Serviços

A adesão aos Planos de Serviços Volvo cresceu significativamente em 2024. Atualmente, a montadora possui mais de 50 mil contratos ativos, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Esses planos são fundamentais para reduzir custos operacionais dos transportadores, oferecendo suporte completo à gestão e manutenção da frota. “Os Planos de Serviços não param de crescer. Pela primeira vez na história, atingimos essa marca de cobertura equivalente a 90% dos emplacamentos”, comemora Cavalcanti.

Condução Inteligente em alta

Outro destaque foi o aumento de 40% na adesão ao serviço Condução Inteligente Volvo (CIV), uma consultoria especializada na gestão de combustível. O sistema utiliza Inteligência Artificial para analisar o desempenho dos caminhões e oferecer relatórios personalizados aos transportadores, permitindo redução de consumo e emissões.

Exportação para o México

Em 2025, a Volvo dará início às exportações de caminhões do Brasil para o México, que passa a integrar o mercado sob responsabilidade do Grupo Volvo América Latina. Serão enviados os modelos FH e VM em diversas configurações. “O mercado do México está gradativamente mudando para caminhões de cabine avançada. Com isso, vemos boas oportunidades para os modelos que produzimos no Brasil”, analisa Wilson Lirmann. Os primeiros embarques estão programados para fevereiro.

Crescimento na América Latina

Além da expansão para o México, a Volvo também registrou avanços em outros países latino-americanos. No Peru, foram entregues 2.064 caminhões, mantendo a liderança de mercado com 24% de share. No Chile, a marca alcançou 1.260 unidades vendidas, garantindo 17% de participação. No total, a Volvo entregou 27.111 caminhões na região, um crescimento de 15% em relação ao ano anterior.

Perspectivas para 2025

Apesar dos bons resultados de 2024, a Volvo prevê um mercado menor para caminhões no Brasil neste ano. “Desde o último trimestre do ano passado estamos vendo cautela dos transportadores em novas aquisições. Mesmo com indicadores positivos sobre safra e PIB, as elevadas taxas de juros, reflexo de questões fiscais, têm freado os negócios na indústria de caminhões no País. Mas esse é um mercado cíclico, com altas e baixas ao longo dos anos”, conclui Lirmann.

Foto principal | Marlos Ney Vidal/Autos Segredos

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